“No qual também foi e pregou aos espíritos em prisão…” I Pe. 3.19
porque, por isto, foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens, na carne, mas vivessem segundo Deus, em espírito. 1 Pe 4.6
Qual é o sentido de IPe. 3.19, que se refere à pregação de Cristo aos espíritos em prisão no Hades? Pregou Cristo a eles, dando-lhes a oportunidade de salvar-se, após terem morrido? Se examinarmos essa sentença cuidadosamente, em seu escopo total, descobriremos que a passagem não ensina tal coisa — pois contrariaria Hb 9.27 – “… aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”.
Na versão NASB, IPe. 3.18-20 foi traduzido assim: Porque Cristo morreu pelos pecados, de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus, tendo sido sentenciado à morte na carne, mas vivificado no espírito; no qual ele foi também e fez proclamação aos espíritos agora na prisão, que outrora foram desobedientes, quando a paciência de Deus esperou nos dias de Noé, durante a construção da arca, pela qual uns poucos, isto é, oito pessoas, se salvaram das águas.
Observamos, pela tradução acima, que o verbo que se traduz por PREGOU em King James Version não equivale ao grego euangelizomai (“pregar ou levar boas-novas”), que certamente significaria que depois de sua crucificação Cristo realmente levou uma mensagem de salvação às almas perdidas no Hades; antes, o verbo é ekëryxen, derivado de kërysso (“proclamar uma mensagem”, da parte de um rei ou potentado). O que o v. 19 diz na verdade é que “Cristo fez uma proclamação às almas que estavam aprisionadas no Sheol ou Hades”.
Há duas possibilidades para o conteúdo dessa proclamação:
1º) a proclamação feita pelo Cristo crucificado no Hades a todas as almas dos mortos pode ter sido essa: o preço do pecado havia sido pago, e todos os que haviam morrido na fé deveriam aprontar-se para subir ao céu, o que ocorreria logo, no domingo da ressurreição (Ef 4.8-10).
2º) a proclamação poderia dizer respeito àquela urgente advertência que Noé havia feito à sua própria geração, no sentido que se refugiassem na arca, antes que o grande dilúvio destruísse toda a raça humana.
Dessas duas opções, a primeira diz respeito a uma ocorrência real (cf. Ef. 4.8); essa proclamação teria sido feita a todos os habitantes do Hades, em geral, ou então só aos redimidos, em particular. Mas a segunda, significa que Cristo, mediante o Espírito Santo solenemente advertiu os contemporâneos de Noé, por meio do próprio Noé (conforme descrição em IIPe. 2:5) como pregador ou arauto da justiça. Portanto, parece-nos muito evidente que a passagem discutida nos assegura que até mesmo naqueles tempos antigos, nos dias de Noé, quando o Senhor estava em estado de pré-encarnação, o Verbo estava interessado na salvação dos pecadores. Assim é que o ato pelo qual a família de Noé se salvou mediante a arca foi um evento profético, apontando para a provisão graciosa de Deus pela expiação substitutiva numa cruz de madeira — à semelhança do instrumento de livramento, a arca, que salvou Noé do julgamento divino sobre a humanidade culpada. Em ambos os casos apenas os que pela fé se refugiam no meio de salvação proposta por Deus podem livrar-se da destruição.
Esse relacionamento entre tipo/antítipo é equacionado com clareza em IPe. 3.21 – “a qual, figurando [ARA traduz assim antitypon] o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação [epërótëma] de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo”. Em outras palavras, o arrependimento do pecado e a confiança só em Cristo, para a salvação com base em sua expiação e ressurreição, são os elementos que suprem o livramento do pecador culpado e tornam possível que esse obtenha “uma boa consciência”, com base na convicção de que todos os seus pecados foram pagos completamente pelo sangue de Jesus.
Diante das conjecturas podemos pressupor que:
1º) Jesus desceu ao Hades e proclamou a sua vitória ou 2º) Podemos concluir também que a proclamação a que se refere o v. 19 ocorreu, não quando Cristo desceu ao Hades, após sua morte no Calvário, mas em Espírito, o qual falou pela boca de Noé, durante aqueles anos em que a arca era construída (v. 20).
Portanto, uma coisa é certa, o v. 19 nenhuma esperança oferece de uma “segunda oportunidade” para aqueles que rejeitaram Cristo durante sua vida aqui na Terra.
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Fonte: Livro Céu e Inferno, Martinez, CACP
O contexto de 1 Pedro 3 – ele reforça os conceitos já sabidos, inclusive o padecer fazendo o bem como Cristo fez, a partir do v.v.18 é citado três vezes a palavra “também” dando outros exemplos como foi o caso de Nóe “pregoeiro da justiça” que falava com os incrédulos da época. v.v.21
O espírito de Cristo falava aos incrédulos desde Abel até João Batista. tanto que o “rico” no inferno não havia escape, e foi lhe dito “que seus irmãos[vivos na terra] ouçam Moisés e Elias” e se arrependessem assim evitariam de vir ao lugar de tormento. Lc 16 : 31,
Hb. 9:27 – “… aos homens[desde Adão até agora] está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”. Lucas 23,39-43 // 23:46. Jesus e o malfeitor como eram salvos, suas almas e espíritos foram para Deus no mesmo dia como prometeu, “hoje estarás comigo no paraíso”.
Na sua ressurreição depois de três dias, Jesus manifestava-se diferente de como antes da sua morte, Ele entrava num cômodo mesmo estando trancados. Jo 20:19 e no v.v 27 mesmo vivo tem mãos, pés e lado transpassados, e reconhecido por Tomé como Deus. v.v.28
Agora Ele tinha ação ilimitada, tempo e espaço não era problema e ninguém podia prende-lo ou mata-lo novamente, Porém Jesus ressurreto [alma,corpo e espírito] ainda não havia subido ao Pai João 20:17 para se cumprir “Por entre aclamações Deus se elevou o Senhor subiu..” Sl 46:2
Nos 40 dias, até a ascensão, “Jesus fez ainda muitas outras coisas” Jo 21:25.
S.Paulo narra em Efésios 4:8-9 Por isso foi dito: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto – ele subiu – que é, senão que também desceu as partes mais baixas da terra?
(Lucas 11:21-22) Jesus “o homem mais valente” saqueou os bens do “valente” [diabo]. desceu até ao inimigo e tomou-lhe as chaves da morte e do inferno. Apoc 1:18
E os mortos do A.T (Seio de Abraão Lc.16:23) tiveram toda ciência sobre Cristo. vide 1 Pedro 4:6
o texto de Ap 1.18 não diz tomou as chaves – diz tem as chaves.
o diabo não tinha chave alguma para ser tomada.
Jesus sempre teve as chaves da morte e do inferno.
E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.
faz sentido?
2- O motivo dessa pregação, dessa sentencia era receber as chaves da morte e do inferno “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Apocalipse 1:18)
A segunda hipótese eu considero como a mais correta, Acho q foi pela boca de noe q Jesus pregou
É uma passagem problemática que serviu ao surgimento de várias heresias. A que mais se conforma com o bom senso é a explicação de que o Espírito Santo agiu conforme o ministério de Cristo na pessoa de Noé, anunciando a salvação as pessoas do pré-diluvio.
concordo …que o mesmo espirito santo que estava em cristo estava em noé para pregar aos antediluvianos,ou entraríamos numa contradição histórica.mortos sofrendo antes do juizo de Deus,
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A alma de Jesus pregou aos espíritos em prisão, foi a alma imortal dEle pois o texto diz ” espíritos em prisão” uma condição de limitação pois o compartimento dos justos do Antigo Testamento era limitado
Perdoem-me, mas este estudo, parece-me nitidamente um sofisma, tentando refutar a clareza das palavras de Pedro; se Cristo por justiça apregoou aos espíritos em prisão à aqueles dos dias de nóe, é porque ainda não havia as leis de Moisés. Pela lei,vem o conhecimento do pecado.( Rom 3:20).
” … como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? Gênesis 39:9
José não tinha a “Lei de Moisés” contudo aqui sabia antes que Adultério é pecado.
Você está tão preocupado em xingar os outros que esqueceu de ler Romanos 2:15 (lei do coração).
Cristo proclamou, sua vitória sobre a morte e o inferno, mostrou que ele era aquele de quem os profetas falaram, e levou consigo os justos para o paraíso.
acho que é um assunto bastante complexo que não dá pra resumir assim tão fácil, inclusive deveria ver os pensamentos históricos dos pais da igreja, principalmente até o quarto século.
isso não bate com os textos das escrituras. Como Deus da sentença antes mesmo de falar com Noé e Jesus revoga.Os espíritos em prisões só tem um texto que indica quem são. Judas 1.6
O contexto aqui é a descida do Senhor Jesus ao hades por ocasião da sua morte na cruz. Em Espírito o Senhor Jesus foi ao Hades e apregoou sua vitória sobre o Satã, sobre o pecado e a própria morte. O mistério é entender porque o texto insere os antediluvianos rebeldes. Só Deus sabe…