Em Israel havia seis cidades livíticas destinada a servir de refúgio àqueles que acidentalmente cometiam homicídio, a fim de escaparem à vingança do sangue derramado, Nm. 35:9-14; Ex. 21:13. Moisés designou três ao oriente do Jordão: Bezer, no território de Rúben; Ramote de Galaade, no território de Gade; e Golã, em Basã, no território de Manassés, Dt. 4: 41-13. Depois da conquista de Canaã, Josué e os chefes das tribos, designaram as outras três cidades a oeste do rio: Quedes, no território de Naftali; Siquém, em Efraim e Quiriate-Arba, que é em Hebrom, nas montanhas de Judá, Js. 20:7. Nenhuma parte da Palestina está longe demais de uma cidade de refúgio. O homicida refugiava-se na que lhe estava mais perto. Poderia ser alcançado e morto pelo vingador, mas se conseguisse chegar a uma cidade refúgio, era ali acolhido e tinha o direito a defesa. Se no julgamento ficasse provado que o homicídio foi voluntário, era entregue à morte. Se, porém, ficasse provado que matou em legítima defesa, ou por acidente, então a cidade lhe oferecia asilo. Se ele deixasse a cidade, antes do falecimento do sumo pontífice, o risco corria por sua conta. Depois da morte do sumo pontífice, era lhe facultado regressar à sua casa sob a proteção das autoridades, Nm. 35; Dt. 19; Js. 20. Como fosse uma questão Judicial entre o homem e Deus, a morte do sumo pontífice que representava o povo perante Deus, ficava encerrado o período da vida teocrática.
Fonte: J. Davis