“Em 2Co. 12, Paulo teve um arrebatamento de sentidos, como outros registrados em Atos 10:10; 11:5; Apoc. 1:10. Nada além disso. O mais é intriga da oposição religiosa” (Subtilezas do Erro, p. 267).
Refutação: Confirmando o que temos afirmado, Paulo teve uma experiência maravilhosa num momento muito difícil da sua vida: o dia em que foi dado como morto e abandonado como tal, descrito em At. 14:19: “sobreviveram, porém, uns judeus de Antioquia e de Icônio, que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo, e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto”. É assim que ele se reporta ao evento ocorrido: “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu” (2Co. 12:2).
O que demonstra isso? Demonstra que sabia que em seu corpo habitava um espírito e alma, que, como o verdadeiro “eu” pessoal sem necessidade do ser corpo podia ser arrebatado ao Paraíso (ou terceiro céu) e ouvir e entender. Que o espírito (e alma) é um ser consciente que constitui a verdadeira personalidade se vê claramente pelas frases de 2Co. 5:6-8 “enquanto estamos no corpo” e “desejamos antes deixar este corpo”. Acaso não atribui ao espírito e alma faculdades próprias de um ser humano? Quando Pedro teve um arrebatamento (At. 10:10; 11:5) pôde ouvir e ver algo que mais tarde pode relatar ocorrências obtidas fora do corpo? Quando em Ap. 1:10 João foi arrebatado em espírito, fora do corpo naturalmente, pode ouvir e ver acontecimentos que mais tarde foram escritos por ordem de Deus (Ap. 1:11-12)? Logo, o corpo é um acessório, a habitação, ou morada, ou tabernáculo onde habita o nosso verdadeiro “eu”, a verdadeira personalidade do ser humano.