Primeiro queremos alertar que este grupo não deve ser levado a sério, pois seus ensinos continuam sofrendo constantes mudanças de opinião, desde seu início (veja revista Defesa da Fé, n° 9 pg. 29). Por exemplo, outrora participavam das Forças Armadas (A Sentinela, em inglês, 1 de agosto de 1898 e 15 de abril de 1903) mas depois, na década de 40 proibiram o alistamento militar (A Sentinela 1 de abril de 1951).
Contudo, recentemente (1996), mudaram novamente de ideia, e seus jovens agora podem servir às Forças Armadas, embora sejam orientados a não votarem! Isso custou muitas vidas em diversos países, e não foi diferente em outras questões.
Em 1931 proibiram as vacinas, depois declinaram desta posição (1962); também proibiram transplantes de órgãos (1968), mas mudaram de ideia em 1980. Nessa mesma ocasião tentaram proibir o tratamento de hemodiálise, porém não consumaram esta proibição.
Lamentavelmente, em todas estas mudanças usaram versículos isolados, embalados em suas divagações, dizendo que era “luz progressiva de Jeová”! Por outro lado, os fatos demonstram que essa organização não é progressiva, e sim confusa. Sobre a questão do sangue, a revista “Consolação” (Despertai), em holandês, de setembro de 1945 pg.29 disse: “Deus nunca justificou determinações que proíbam o uso de medicinas, injeções ou transfusões de sangue.
E uma invenção de homens que, iguais aos fariseus, deixam fora de consideração a misericórdia e o amor de Jeová. Servir a Jeová com toda nossa mente significa não excluir nosso entendimento, especialmente tratando-se de uma vida humana que está dedicada a Jeová, e, por isso, é santa ”.
Tal declaração pareceu ser bem sóbria, no entanto, poucos dias depois o Corpo Governante (liderança máxima das TJs) proibiram a transfusão de sangue! Ironicamente, faz apenas vinte anos que conseguiram proibir o uso do cigarro! Consideremos Atos 15:20,2. Essa passagem está falando acerca de restrição quanto a comer sangue.
Mas, quando alimentamos, tal alimento é digerido – o que não ocorre na transfusão, pois o sangue permanece com suas características no organismo, circulando e desempenhando sua função. O mesmo se verifica quando se faz transplante de órgãos. É lícito ao cristão doar sangue? E uma grande oportunidade de demonstrar amor. Sabemos que Deus não quer sacrifício à custa de misericórdia (Mt. 12:1-8). Finalmente, o Senhor disse: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros ameis…ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. ” (Jo 13.34; 15.13). Não é pecado fazer transfusão de sangue, antes é caridade, isto é, amor (1 Jo. 3.16).
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REVISTA DEFESA DA FÉ – ANO 3 N°17