DEUS CONVIDA TODOS, DE TODOS OS TERMOS DA TERRA, PARA SEREM SALVOS
Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. (Is 45.22 ACF)
Se palavras significam alguma coisa, este convite divino universal significa que Deus deseja ansiosamente salvar todos os homens e todos os homens podem ser salvos, e isto estava escrito durante a dispensação do Antigo Testamento, antes da vinda de Cristo.
DEUS CONVIDA TODOS QUE ESTÃO SEDENTOS PARA VIREM E BEBEREM LIVREMENTE
Oh vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi. (Is 55.1-3 ACF).
Como em todas as outras passagens onde um convite geral é dado aos homens para serem salvos, os calvinistas tentam limitar esta passagem aos eleitos, mas é impossível fazê-lo. Este convite particular é para “todos que têm sede“. O convite é estendido não meramente pelo Deus de Israel, mas pelo Deus do Universo, o Deus que “fez a terra e criou o homem sobre ela” (Is 45.12), o mesmo Deus que disse num verso anterior: “Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra: porque Eu sou Deus e não há outro” (Is 45.22 ACF).
Deus promete fazer uma aliança permanente com aqueles que vêm para Ele e promete dar a tais “as verdadeiras misericórdias de Davi”. Isto não limita o convite só a Israel. A aliança de Deus com Davi é cumprida pelo Seu Grande Filho, o Messias e todos os salvos participam da aliança de um modo ou de outro (At 13.34-38).
DEUS AMA O MUNDO INTEIRO E DEU SEU FILHO PARA QUE TODO E QUALQUER POSSA SER SALVA
E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (Jo 3.14-18 ACF)
Arthur Pink (calvinista radical) é típico ao afirmar que o mundo, nesta passagem: “não significa toda a família humana”, mas que é “é usado de modo geral” e ela “deve, em última análise, se referir ao mundo do povo de Deus” (A Soberania de Deus, págs 203-204).
Ao contrário, sabemos que o “mundo” (Jo 3.16) aqui significa todos os homens.
Primeiro, a universalidade desta passagem é clara pela expressão “para que todo aquele que” [uma só palavra, em grego], que é usada duas vezes no contexto. Se o termo “mundo” é usado para significar algo diferente que todo o mundo dos homens, o termo “para que todo aquele que” se torna sem sentido. Se “todo aquele que” não significa “todo aquele que”, então as palavras da Bíblia não têm significado certo e tudo é lançado à confusão. Os calvinistas dizem que só aqueles que são soberanamente eleitos crerão, mas a Bíblia diz quem quer que creia será salvo e é, portanto, eleito.
Segundo, a universalidade do “mundo” nesta passagem é clara pela tipologia que é usada. A serpente de bronze que foi levantada por Moisés no deserto foi suficiente para a salvação de todos os judeus que foram picados pelas cobras, mas só aqueles que olharam para ela [a serpente de bronze] pela fé foram salvos. Da mesma forma, a salvação que Jesus comprou no Calvário é suficiente para salvar qualquer pecador, mas só aqueles que creem são salvos.
—————-
David Cloud, Fundamental Baptist Information Service