A Bíblia Sagrada traz várias doutrinada importantíssimas para a compreensão do que ela é, ou seja, ela testemunha sobre ela mesma. Uma dessas doutrinas é a doutrina da infalibilidade ou inerrância da Bíblia Sagrada, essa doutrina afirma que não há erros na Bíblia Sagrada por serem inspiradas por Deus. Sua inerrância é plena, tanto nas informações que nos transmite como nos propósitos que expõe suas reivindicações. Muitas pessoas já se dispuseram em pesquisar sobre religião e a Bíblia Sagrada, entretanto “O resultado final de quatro mil anos de investigação humana e pesquisa filosófica tem se desesperado desacordo e confusão na área inteira da religião, exceto na própria Bíblia Sagrada” (ACHER JR. 2008, p.15). E isso testemunha: Que livro pode trazer tal reivindicação? Ou ainda poderíamos corroborar com o que o Pastor e Teólogo Claudinor de Andrade disse:
Que outro livro trouxe tanta mudança à humanidade como a Bíblia Sagrada? Homero, Aristóteles, Camões, Karl Marx? O Capital de Marx, por exemplo, embora considerado a “bíblia” do comunismo, é tão seco e árido que dificilmente alguém consegue lê-lo do início ao fim. A Escritura, porém, vem sendo lida de geração em geração com mais vivo interesse. […] Qual a diferença entre ela e os demais livros? Sem dúvida, a sua inspiração.” (GILBERTO, Antônio; ANDRADE, Claudionor de; ZIBORDI, Ciro Sanches; CABRAL, Elienai; et al., 2008, p.31).
Mas, alguém pode argumentar, o Alcorão também afirma ser a Palavra de Deus! É verdade que os muçulmanos afirmam categoricamente de que o Alcorão é a Palavra de Deus assim como a Bíblia Sagrada, entretanto falta-lhe uma evidência interna que comprove essa reivindicação.
A Bíblia afirma de si mesmo que é a Palavra de Deus, sendo a Bíblia a Palavra de Deus, logo, deve ser isenta de erros, pois não pode haver falhas em Deus, a mesma premissa e conclusão deve ser considerada em relação ao Alcorão, se um dos dois contêm erros, logo, serão um livro comum como qualquer outro, então vamos aos fatos:
Existem inúmeros textos que a própria Bíblia testemunha sobre a inspiração divina (Mt 5.18; Jo 10.35; 2Tm 3.16; Hb 1.1,2; 1Pe 1.10,11; 2Pe 1.21). A Inspiração plenária e verbal divina da Bíblia Sagrada não eliminou a participação dos autores humanos, mas foram preservados traços pessoais, experiências e estilos literários, isso quer dizer que as pessoalidades dos autores não foram violadas.
Já concernente à revelação do Alcorão, o que pode-se até se verificar que o próprio profeta Maomé tinha dúvidas em afirmar que seria realmente havia sido iluminado por Alá e que ele estivesse revelando o Alcorão para ele, que no início acreditava estar sendo possuído por algum demônio o que lhe causava medo ao perceber que estava prestes a receber uma “revelação”.
H. Haykal, biógrafo muçulmano, escreveu vividamente do terrível medo de Maomé de estar possuído pelo demônio: ‘Tomado pelo pânico, Maomé levantou e se perguntou: O que eu vi? A possessão demoníaca que tanto temia aconteceu? Maomé olhou para a direita, olhou para a esquerda e nada viu. Por um tempo ele permaneceu tremendo de medo e apavorado. Temia que a caverna fosse assombrada e ele foi capaz de correr, mas não foi capaz de explicar o que viu. (ZACHARIAS/GEISLER, 2014, p.162)
Já podemos constatar que há uma grande diferença entre a compreensão do que é inspiração Bíblia e inspiração Alcorânica. Além disso há declarações incertas quanto à sua inspiração, como podemos constatar que o próprio Maomé não sabia se estava recebendo uma revelação divina ou se era uma revelação falsa vinda de Satanás (Sura 22.52). Não há nada parecido na Bíblia Sagrada. Além disso o Alcorão mostra muitos erros históricos, científicos e contradições, o que o torna um livro como outro qualquer, pois, se um livro pode conter erros históricos e científicos porque não aceitar que há também erros doutrinários? Portanto, conclui-se que o Alcorão não pode ser a Palavra de Deus.
A Bíblia Sagrada vem sendo “testada” ao longo de anos e até hoje podemos concluir apenas uma coisa: A Bíblia é infalível, e isso está ligada diretamente ao caráter de Deus que A inspirou.
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Por Rafael Félix.