Gharqad é o nome árabe de várias espécies de Lycium. De acordo com a tradição islâmica, esta será a única árvore que não “delatará” os judeus para seus algozes muçulmanos.
No texto muçulmano Sahih Muslim, Livro 041, número 6985, Maomé disse: “A hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por mata-los e mesmo que os judeus se abriguem por detrás de árvores e pedras, cada árvore e cada pedra gritará: Oh! Muçulmanos, Oh! Servos de Alá, há um judeu por detrás de mim, venha e mate-o, exceto se se tratar da árvore Gharqad, porque ela é uma árvore dos judeus.”
Na literatura rabínica, a árvore é chamada “rimin” (Mishna, Demai, 1:1, Kilayim, 1:4), e no Talmud é chamado “kanari” (Bab Talmud, Baba Bathra, 48b); que foi chamado assim porque é difundido em torno do lago Kinneret – no mar da Galiléia.
O Lycium cresce em muitas partes do mundo, mas as espécies que crescem no Oriente Médio (L. shawii) tendem a ser as referidas como Gharqad. Trata-se de um gênero botânico pertencente à família Solanaceae (Ordem Solanales – Clado angiospérmicas, eudicotiledóneas, asterídeas). São espinhosos e que crescem de 1 a 4 metros de altura. As folhas são pequenas, estreitas e carnudas, e são dispostas alternadamente, às vezes em fascículos.
O Lycium tem sido conhecido por herbalistas europeus desde os tempos antigos, e as espécies foram negociadas do Extremo Oriente para a Europa pelos romanos, por exemplo, via Ariaca e porto de Barbarikon perto Karachi hoje, como mencionado no Périplo do Mar Eritreu (escrito em grego do século I e II d.C. que descreve a navegação e comércio dos portos romano-egípcios). Em sua História Natural (em latim: Naturalis Historia; uma enciclopédia escrita durante muitos anos e que foi publicada entre os anos 77 d.C. e 79 d.C.), Plínio o Velho descreve Lycium como uma planta medicinal recomendada como um tratamento para os olhos doloridos e inflamação. Na medicina tradicional chinesa, é utilizada para tratar condições como infertilidade masculina. Tornou-se popular nas culturas ocidentais por sua suposta colaboração na longevidade em geral.
Ali Gomaa é um estudioso de renome mundial da lei islâmica. Trata-se de um Mufti (em árabe: مفتي – é um acadêmico islâmico a quem é reconhecida a capacidade de interpretar a lei islâmica Sharia). Em 23 de dezembro de 2014, ele revelou ao canal de televisão egípcio CBC que os judeus têm plantando árvores Gharqad em toda a Cisjordânia para que eles possam se esconder dos muçulmanos no dia do Juízo Final. Segundo o Mufti, um dia a profecia de Maomé se cumprirá (sobre árvores e pedras delatarem os judeus aos muçulmanos), quando os palestinos e todos os muçulmanos lutarão contra os judeus até que pedras e árvores falem, exceto o Ghardaq. Ali Gomaa disse que no Egito compreendem Ghardaq como “Ghardaqa” (nome de uma cidade egípcia). A cidade de Ghardaqa recebeu esse nome após muitas árvores Gharqad serem plantadas lá. Ele conclui dizendo que algumas pessoas questionam a confiabilidade desta interpretação, mas é 100% confiável e se tornará realidade. Ele ainda adverte que muitos judeus estão plantando árvores Gharqad em toda a Cisjordânia pois sabem que os protegerá quando se esconderem atrás dele. Muitos judeus acreditam nesses textos sagrados do islã, enquanto alguns muçulmanos duvidam deles.
Curiosamente (ou não), alguns exploradores e estudiosos identificaram essa a árvore como o arbusto de espinhos com o qual Jesus foi coroado antes de sua crucificação (Mateus 27:28-29, João 19:5, Marcos 15:17). A árvore é rara nas proximidades de Jerusalém, mas Henry Baker Tristram (clérigo, especialista na bíblia, explorador e ornitólogo britânico, falecido em 1906) escreveu que identificou essas árvores no vale do Cédron, fora da cidade, embora sob a forma de um pequeno arbusto. Tristram deu o nome árabe e o nome científico ao achado. Assim, presumivelmente, ele estava intimamente familiarizado com a espécie.
Lycium (hebraico אטד ‘ aTaD) é mencionado em Provérbios 22:5 “No caminho do perverso há espinhos e armadilhas; quem quer proteger a própria vida mantém-se longe dele”. Também é mencionado em Jó 40:21-24: “Deita-se debaixo das árvores sombrias, no esconderijo das canas e da lama. As árvores sombrias o cobrem, com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam. Quando o rio se enfurece, ele não se abala; mesmo que o Jordão encrespe as ondas contra a sua boca, ele se mantém calmo. Poderá alguém capturá-lo pelos olhos, ou prendê-lo em armadilha e enganchá-lo pelo nariz?”; e em Juízes 9:14-15 “Finalmente todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Venha ser o nosso rei’! O espinheiro disse às árvores: ‘Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano’”!
Considerações finais:
Há fortes evidências de que Gharqad é a mesma árvore que teve seus galhos espinhosos utilizados para a confecção da coroa de Jesus em sua crucificação. Mais uma vez, somos direcionados ao sacrifício de Jesus que abre as portas para a salvação de todo aquele que crer, reconhece-lo como Rei e descansar em Sua sombra.
Referências:
[1] The ethnobotany of Christ’s Thorn Jujube (Ziziphus spina-christi) in Israel – 10.1186/1746-4269-1-8 / PMCID: PMC1277088 – Amots Dafni, Shay Levy and Efraim Lev
[2] MEMRI TV – Clip #4694
Mateus Costa
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