É comum ouvir das pessoas contrárias à contribuição financeira na igreja, palavras argumentando que os líderes religiosos querem dinheiro para gastarem com os seus deleites. Mas é fácil falar, pronunciar palavras é simples, mas mostrar a sua realidade é que é difícil.
A essas pessoas pergunto: Se o dinheiro é gasto, como afirma, para comprar bens para pastores, então como os templos são mantidos em suas múltiplas despesas e programas de rádio e televisão são pagos e outros templos são abertos?
Esses inimigos do evangelho não veem no quê o dinheiro é usado, nem pensam que sem ele tais coisas não podem ser realizadas. A eles pergunto: Vocês veem a Igreja Católica realizar sequer a metade do que realizamos com o dinheiro que ela recebe? E outras religiões o fazem igualmente? Não, não realizam, e o pouco que realizam não é para Deus.
As pessoas estragam sua saúde com cigarros e bebidas, e gastam horrores com despachos e obrigações para as entidades; por que não gastar o mesmo com a Obra de Deus? Haverá algo de mais valioso do que contribuir para a salvação de almas?
Afirma-se também que os crentes são obrigados a dar dízimos e ofertas, que nós vendemos a salvação. Isso é uma mentira. Membro nenhum de igreja é excluído por não dar o dízimo ou ofertar, ele dá porque é fiel a Deus, porque a Bíblia fala no dízimo e nas ofertas, e o crente, como servo, obedece. Mas não é uma simples questão de obediência à Palavra de Deus, é uma questão, sobretudo, de amor, de se darem àquilo em que acreditam, e com isso são muito mais abençoados.
É que o verdadeiro cristão não é egoísta, não quer a verdade só para si, mas deseja que ela seja levada a todos, e não se importa o quanto isso vá custar. Cristianismo é renúncia em benefício da salvação da humanidade. Onde já se viu um cristão sovina, que retém o seu dinheiro apenas em benefício próprio? Como se pode ser cristão sem pensar nos outros? Se o cristão tem que negar a si mesmo, para seguir ao seu Mestre, como pode pensar apenas em si mesmo? (E quanto aos que nos criticam, nos achando bobos por darmos dízimos e ofertas, digo que ele apenas provam o quanto a fé deles é falsa, pois não estão dispostos a investir nela nem seu dinheiro nem sua vida, nós estamos).
O cristão não pode ser um sanguessuga, que recebe, e nada dá. No entanto, há gente que vai à igreja, assiste aos cultos, entra e sai muito satisfeita, bastante alimentada espiritualmente. Sente-se ofendida quando se fala em ofertas, dizem que estamos vendendo a salvação. Ora, não estamos vendendo nada. Acontece apenas que o banco onde ela sentou custou dinheiro, o microfone através do qual ela pôde ouvir a mensagem custou dinheiro, a luz que permite que ela veja o que se passa ao seu redor custa dinheiro, o banheiro, que precisa ser limpo, custa dinheiro, assim como custam dinheiro os folhetos que distribuímos, os eventos que realizamos, quer sejam em praças públicas ou em rádio ou televisão. Como sugere o amigo que essas coisas sejam pagas? Mas dirá – isso tem que ser dado. Dado por quem? Por eles, ora. Mas quem são eles? Eles são você, amigo. Ou você quer ser parasita, que recebe, recebe, e nada dá? Quer que trabalhem para você, sem nada receberem? Quer que todos sejam seus escravos? Quer que satisfaçam todos os seus caprichos, e se em algum momento alguém não concorda contigo e não aceita ser sugado assim, você se levanta contra ele e diz que ele não está sendo cristão e muito menos agindo com amor. Mas e você? Não tinha que ser cristão também? Ou é apenas um aproveitador, que quer sugar, sugar, e nada dar?
É preciso que aprendamos que o cristão é aquele que dá, e não apenas o seu dinheiro, mas a si mesmo. Um verdadeiro cristão fará de cada fôlego seu, de cada pensamento seu, instrumentos para a Obra de Deus. E ele sempre dirá ao Senhor de todas as coisas: Eis-me aqui. Sim, aqui, seja em que questão for, financeira ou não.
Portanto, estejamos sempre prontos a nos dedicar a Deus, pois tudo, quer nosso dinheiro, quer nosso trabalho, conhecimentos ou talentos pertencem a Ele. Saibamos usá-los então para á Sua glória.
Pr. Carlos Villar
ainda bem que cada autor é responsável pelo artigo publicado.
O problema é que em alguns lugares há líderes vivendo nababescamente e constrangimentos no modo de receber dízimos e ofertas. Mas não se pode generalizar.
Quem condena o dizimo no minimo é um avarento.