Quando foi fechada a porta do Reino dos Céus para as TJs?
Nos seus primeiros anos de atividade, a Sociedade Torre de Vigia ensinava que Cristo havia retornado invisivelmente em 1874: “Quando C. T. Russell começou a publicar em julho de 1879 uma nova revista religiosa, ela foi chamada de “Torre de Vigia de Sião”e “Arauto da Presença de Cristo”. Proclamava a presença de Cristo com tendo começado em 1874”. A Sentinela, 15/02/1975, p. 123.
Ensinava, também, que Cristo gastaria os próximos sete anos, a partir de 1874, para selecionar aqueles que seriam unidos a Ele no céu como membros da noiva do Cordeiro. Em 2 de outubro de 1881 a oportunidade terminaria e Cristo então fecharia a porta do céu:
As pessoas que se associaram às Testemunhas de Jeová depois de fechada a porta do céu, em 1881, não mais faziam parte do “pequeno rebanho” destinado ao céu como noiva de Cristo, mas passariam a integrar a “grande companhia” que estava excluída do reino:
Como se tornou costumeiro, esse ensino foi depois abandonado e a porta do céu continuou aberta depois de 1881. Por alguma razão, o fundador da Sociedade Torre de Yigia – Charles Taze Russell- se provou incapaz de fechar a oportunidade de uma chamada celestial até 1881. Por falta de controle da Sociedade Torre de Vigia, ou porque Russell se mostrou um falso profeta com relação a outras profecias, o certo é que as pessoas que se associaram com as Testemunhas de Jeová após 1881 ainda-se consideravam membros da noiva do Cordeiro com esperança celestial.
Finalmente, chegou aquele dia — 1º de outubro de 1914. Os Tempos dos Gentios terminaram, mas a esperada glorificação celestial da igreja não ocorreu. De fato, nem havia ocorrido até o tempo em que o próprio Russell faleceu, em 31 de outubro de 1916. A Sentinela, 15/02/1975, p.123.
De fato, a maioria das Testemunhas de Jeová hoje viva desconhece a importância de 1881. Depois, o ensino passou a ser que a data para uma chamada celestial terminou em 1931:
Tendo Deus fixado um tempo próprio para todo o propósito (Eclesiastes 3:1), o seu tempo de dar às criaturas terrenas a oportunidade de se alinharem para um prêmio celestial é contado desde 29 E.C, até, principalmente, 1931, chamado “o dia da salvação” (2Coríntios 6.2). Seja Deus Verdadeiro, p. 296.
Com a revisão do livro Seja Deus Verdadeiro – edição de 1952 – foi eliminada a data de 1931:
Tendo Deus fixado um tempo próprio para todo o propósito (Eclesiastes 3:1), o seu tempo de dar às criaturas terrenas a oportunidade de se alinharem para um prêmio celestial é contado desde 29 E.C, e foi chamado “o dia da salvação” (2Coríntios 6.2). Seja Deus Verdadeiro, p. 292.
Não foi ainda desta vez que o segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia conseguiu fechar a porta do céu, e assim resolveu acrescentar mais quatro anos para definitivamente fechar a porta do céu: Quando consideramos o que realmente tem acontecido, parece evidente que a chamada celestial, em geral, foi completada por volta do ano 1935 EC, quando se passou a discernir claramente a esperança terrestre da “grande multidão”. Desde então, milhões de adoradores de Jeová, que sinceramente esperam viver para sempre aqui mesmo na terra, foram associados com os comparativamente poucos milhares remanescentes da classe celestial. Unidos na Adoração do Único Deus Verdadeiro, p. 112.
Baseadas na suposta “revelação” de Joseph F. Rutherford (o segundo presidente), a Sociedade Torre de Vigia redefiniu sua teologia sobre a esperança celestial e de novo declarou que a porta do céu estava fechada a partir de 1935. O que a maior!das Testemunhas de Jeová de hoje ignoram, com relação a esse profeta revelador – Rutherford – é que ele, antes dessa “revelação”, fizera uma profecia que se não cumprira dentre outras: tratava-se da ressurreição corporal visível dos “príncipes” que deveriam reinar na terra sob o governo celestial em 1925:
Desde que outras escripturas definitivamente estabelecem o fato de que Abrahão, Isac e Jacob ressuscitarão e outros fieis antigos, e que estes seriam os primeiros favorecidos, podemos esperar em 1925 a volta desses homens fieis de Israel, ressurgindo da morte e completamente restituídos à perfeição humana, os quais serão visíveis e reais representantes da nova ordem das coisas na terra. Milhões que Agora Vivem Jamais Morrerão, p. 110.
Mesmo não se dando a ressurreição de Abraão,Isaque ,Jacó e outros, foi comprada uma casa para recebê-los:
Se a “revelação” de Rutherford ocorrida em 31/05/1935 tiver tanta validade quanto teve sua profecia sobre o Armagedom em 1925, e a ressurreição física dos “príncipes”, então podemos estar certos de que a porta do céu não se fechou definitivamente em 1935, mas ainda continua aberta. Logo, podemos afirmar que Rutherford era um falso profeta (Deuteronômio 18.20-22) e sua revelação é ensino de homens (Mateus 15.9):
Em 7 de dezembro de 1941, Rutherford estava de cama no litoral do Pacífico, quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial. Dois homens do restante ungido (um desde 1913 e outro desde 1922), e um das “outras ovelhas” (desde 1934), foram chamados da sede em Brooklyn à cabeceira do acamado Rutherford, num lugar chamado'”Beth-sarim”, em San Diego, Califórnia. Em 24 de dezembro de 1941 ele deu aos três as suas instruções finais.
Por anos ele tinha esperado ver os profetas, inclusive Elias e Eliseu, ressuscitados dos mortos e instalados no Reino como”príncipes por toda a terra”, no novo mundo de Deus (Salmo 45.16). Mas, em 8 de janeiro de 1942, Rutheford morreu com 72 anos de idade, sendo fiel Testemunha de Jeová, e completamente dedicado aos interesses do reino de Deus. Foi destemido em apoiar o lado de Jeová na questão toda-importante do domínio universal. Santificado Seja o Teu Nome, p. 336.
Como se lê acima “Por anos ele tinha esperado ver os profetas, inclusive Elias e Eliseu, ressuscitados dos mortos e instalados no Reino como “príncipes por toda a terra”, no novo mundo de Deus”. Embora morrendo como fiel testemunha de Jeová, sua profecia não se cumpriu, o que torna Rutherford um falso profeta, com base em Deuteronômio 18.20-22 e com a regra reconhecida pela própria Sociedade Torre de Vigia: O que os profetas verdadeiros predizem acontece, mas podem não entender exatamente quando e como sucederá. Raciocínios à Base das Escrituras, p. 160.
Examinemos agora, detidamente, a divisão das DUAS CLASSES DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ: QUEM SÃO AS “OUTRAS OVELHAS”?
A expressão “outras ovelhas” é tirada de João 10.16: “Ainda tenho outras ovelhas que não aão deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um pastor”.
Deve-se observar em primeiro lugar o tempo do verbo ter – tenho – Jesus fala no tempo presente, para os seus dias e dias que se seguiriam à sua partida para o Pai (Atos 1.9-11). Fala no tempo presente porque as “outras ovelhas” já existiam naqueles dias – os gentios. Ao iniciar seu ministério de pregação, declarou Jesus aos seus discípulos, quando os mandou pregar: “Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade do samaritanos. Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10.5.6).
Quando a mulher siro-fenícia lhe pediu ajuda para sua filha, ele disse: “Eu não fui enviado senão as ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 15.14).
Mas os judeus o rejeitaram e o acusaram de quebrantar o sábado e de blasfêmia por se declarar filho de Deus e igual a Deus (João 5.16-18). Daí porque João afirmou: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1.11).
Rejeitado pelos judeus, morto, sepultado e ressuscitado corporalmente ao 3º dia (1Coríntios 15.1-6), mandou que se pregasse o evangelho a toda a criatura (Marcos 16.15-16; Mateus 28.19-20). E então entrou em vigor o novo pacto, por ele mesmo inaugurado com o seu sangue (Mateus 26.26-28; 1Coríntios 11.23-26). Confrontando os dois pactos, verificamos as seguintes distinções:
0 1º pacto tinha como mediador – Moisés. Jesus é o mediador do novo pacto prometido por Deus (Jeremias 31.31-34 comparado com Hebreus 8.6-13; 10.7-9 e 2 Coríntios 3.6-14).
O 1º pacto foi feito entre Israel e Deus (Êxodo 19.1-8; Deuteronômio 4.12-13).
O novo pacto é universal, conforme a ordem de Jesus de pregar o Evangelho a toda criatura (1Pedro 2.9-10) e dele fazem parte todos os que recebem a Cristo como Salvador único e pessoal, e não apenas 144 mil: “Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito” (Gálatas 3.14).
A promessa do recebimento do Espírito Santo não foi restrita apenas a 144 mil, mas a todos os que cressem: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, aos vossos filhos, e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” (Atos 2.39).
Quem estava longe de Deus senão nós os gentios? E nós, gentios, pelo sangue de Cristo, chegamos perto e agora integramos as outras ovelhas com os judeus, formando um só povo com esperança celestial. “Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, chamados incircuncisos pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mãos dos homens; vós, que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já agora pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e derribando a parede da separação que estava no meio, pela sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz” (Efésios 2.11-15).
Como participantes do novo pacto, nós, os gentios, ou as “outras ovelhas” temos uma vocação celestial, diferente do judeu natural que tinha uma esperança terrena – Canaã: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; senão fosse assim eu vô-lo teria dito: vou preparar-vos lugar; e, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14.2).
Foi essa a promessa que Jesus fez aos seguidores de então, e prorrogada pelas Testemunhas de Jeová para 1891, 1931 ou 1935? Não! Jesus incluiu todos os seguidores seus de todos os tempos até o arrebatamento da Igreja (1Coríntios 15.51-54; 1Tessalonicenses 4.16-17) e também João 17.20,24: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da fundação do mundo”.
E o escritor do livro de Hebreus contrasta a esperança dos judeus naturais, participantes do antigo pacto, com a esperança dos cristãos sob o novo pacto: “Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial,considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hebreus 3.1).
Com esse arranjo de duas classes, as Testemunhas de Jeová pertencem a uma casta de pessoas com posição inferior, semelhante às castas hinduístas, existentes na Índia, e assim são denominadas de “outras ovelhas”. Isto posto, perdem os seguintes privilégios exarados na Bíblia, e passivamente permitem que o intitulado “escravo fiel e discreto” que é o Corpo Governante, lhes roube:
- A condição de filhos de Deus: Aceitam o título pejorativo de “prospectivos filhos de Deus”, isto é, futuramente se tornarão filhos e não já:
A fim de ajudar atualmente, nesta época crítica, a tais prospectivos filhos de Deus, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, de Pensilvânia, EUA, publicou agora um novo livro intitulado “Vida Eterna – Na Liberdade dos Filhos de Deus”. Podemos recomendar de todo o coração que o leia, estude-o junto com a Bíblia Sagrada, e assim salvaguarde sua inestimável liberdade que é a dádiva de Deus mediante Cristo. A Sentinela, 01/07/1967, p. 405.
Perguntamos: Por que não possuirmos agora o direito de sermos chamados filhos de Deus, com base em João 1.12 e 1João 5.1? Como podem as Testemunhas de Jeová, que pertencem à classe das “outras ovelhas”, orar com a oração modelo de Mateus 6.9 “Pai nosso, que estás no céu”, se Deus não é seu Pai, por não serem elas seus filhos?
Esta condição de filhos só se tornará efetiva depois da prova cabal pela qual passarão as “outras ovelhas”, ocasião na qual serão adotados como filhos de Deus:
Por isso, Jeová Deus, antes de adotá-los como seus filhos, livres mediante Jesus Cristo, sujeitará todas estas criaturas humanas aperfeiçoadas a uma prova cabal, para todo o sempre.
Vida Eterna —Na Liberdade dos Filhos de Deus, p. 398.
Perguntamos: Por que não podemos hoje ser adotados na família de Deus, se a Bíblia nos oferece essa oportunidade? (Romanos 8.14-16; Gálatas 4.4-6).
- Só têm perdão dos recados herdados e não o perdão dos pecados pessoais:
Unicamente os pecados herdados são perdoados pelo sacrifício de Jesus
1 João 2:1,2. So “Filhinhos meus, eu vos escrevo estas coisas para que não pequeis. Mas, se algum pecar, temos um advorado junto do Pai, Jesus Cristo justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados; e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
Certificai-vos de Todas as Coisas, p. 266.
Perguntamos: Por que esperar pelo futuro reino de Cristo de mil anos para obter o perdão dos pecados pessoais se Cristo o faz hoje? (1João 1.7-9 e 2.12)? Por que os “ungidos” recebem o perdão de pecados pessoais e não o recebem os da classe das “outras ovelhas”?
- Não estão ligados à videira verdadeira, mas estão unidos aos “ungidos”:
Assim como os ramos “ungidos” da “verdadeira videira”, precisam permanecer em união com Cristo, assim os das “outras ovelhas” precisam permanecer em união íntima com o “escravo fiel e discreto”, os irmãos “ungidos” de Cristo. Só assim podem esperar herdar o Reino preparado para eles desde a fundação do mundo — Mateus 25:31-40. A Sentinela, 15/02/1984, p. 23.
Perguntamos: Devemos permanecer unidos à videira verdadeira ou “aos ungidos” que são os ramos da videira? O que acontece com aqueles não estão unidos à videira (Jesus – João 15-6)? Dependemos de Jesus (Jo 15.7) ou dependemos do “escravo fiel e discreto” da classe dos “ungidos”? O “escravo fiel e discreto” ou Corpo Governante não seria o anticristo (1João 2.18)?
- Não participam da “refeição noturna” do Senhor:
Depois do congresso de 1935, alguns que antes participavam dos emblemáticos pão e vinho nas observâncias da Refeição Noturna do Senhor deixaram de participar deles. Por que? Não devido à infidelidade, mas porque compreendiam então que suas esperanças eram terrestres e não celestes. E, ao passo que as publicações da Sociedade dos anos anteriores visavam principalmente os seguidores ungidos de Jesus, de 1935 em diante. A Sentinela, e outras publicações cristãs, forneceram alimento espiritual para beneficiar tanto a classe ungida como seus companheiros com perspectivas terrestres. Anuário das Testemunhas de Jeová de 1976, p. 157.
Perguntamos: Por que só os da classe dos “ungidos” participam dos emblemas, se Jesus disse que todos os seguidores tomassem do pão e o comessem, e tomassem do cálice e o bebessem (Mateus 26.26-28, João 6.53-56 e 1Coríntios 11.23-25)? A quem obedecem as Testemunhas da classe das “outras ovelhas”? Ao “escravo fiel e discreto”, que as impediu de comerem e beberem os emblemas a partir de 1935, por “revelação” falsa de Rutheford, ou obedecem a Jesus?
- Não têm Jesus como seu Mediador:
Será que Jesus é mediador só dos cristãos ungidos? O termo “mediador” ocorre apenas seis vezes nas Escriutras Gregas Cristãs, e biblicamente é sempre usado com respeito a um pacto formal. O apóstolo Paulo escreveu que Cristo era “um só Mediador entre Deus e os homens” (1Tim. 2:5). Paulo usou aqui razoavelmente a palavra “mediador” da mesma maneira como fez nas outras cinco vezes, que ocorreram antes de escrever 1 Timóteo 2:5, referindo-se aos que então estavam sendo aceitos no novo pacto, do qual Cristo é “mediador”. De modo que, em estrito sentido bíblico, Jesus é o mediador apenas dos cristãos ungidos. A Sentinela, 15/09/1979, p. 32.
Perguntamos: Se Jesus é mediador exclusivo dos 144 mil, como ficam os das “outras ovelhas”. Não toma o “escravo fiel e discreto”, ou-Corpo Governante, o lugar de Jesus desde que a TNM aponta os “ungidos” como “substitutos de Cristo” em 2Coríntos 5.20? Não seria o Corpo Governante o homem que se assenta como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus (2Tessalonicenses 2.4)?
- Não precisam nascer de novo:
Visto que o renascimento espiritual é uma experiência apenas para os que vão para o céu, os cristãos que não são dessa classe não nascem de novo. Precisa nascer de novo? Não, se for um dentre a humanidade cuja esperança é viver na terra sob a regência do reino celeste de Deus. Todavia, precisa estudar diligentemente a Palavra de Deus, buscar a orientação do espírito santo de Deus, e demonstrar os frutos dele em sua vida. — João 17:3. Despertai!, 22/02/1975, p. 28.
Perguntamos: Em que parte da Bíblia se diz que a partir de 1935 os da classe das “outras ovelhas” não precisam nascer de novo? Como podem ir os da classe das “outras ovelhas” de porta em porta com a mensagem “Anunciando o Reino” se não podem sequer vê-lo (João 3.3)? Nem podem entrar nele (João 3.5)? Como fica o imperativo de Jesus “importa-vos nascer de novo” (João 3.7)?
- Não podem entrar pela porta das ovelhas, que é Jesus:
O ARRANJO DE JEOVÁ PARA SUAS OVELHAS
Perguntamos: Como fica a classe das “outras ovelhas” que não entra pela porta no curral das ovelhas (João 10.9 – nº 5)? Jesus disse que que não entra pela porta é ladrão e salteador (João 10.1). Só se salva quem entra pela porta (João 10.9). A classe das “outras ovelhas” fica fora (nº 7) fica de fora (Apocalipse 22.15).
- A Bíblia não lhes pertence, pois não foi escrita para eles:
É também aos cristãos ungidos pelo espírito, que governarão naquele reino, que se dirige a maior parte das Escrituras Gregas Cristãs, inclusive as promessas de vida eterna. A Sentinela, 15/12/1974, p. 732.
Perguntamos: Se as Escrituras Hebraicas (Velho Testamento) foram escritas para os judeus; se as Escrituras Gregas (Novo Testamento) foram escritas para os “ungidos”, com que parte da Bíblia ficam os das “outras ovelhas”?
- Não são justificados pela fé:
Jeová Deus justificará, declarará justos, à base de seu próprio mérito, todos os humanos aperfeiçoados que passaram pela prova final, decisiva, da humanidade.
Onde se enquadram nisso hoje a maioria dos verdadeiros cristãos, visto que não foram declarados justos para a vida, nem ungidos com o espírito santo? Há motivo bíblico para se procurar uma libertação deles em grande escala como parte do jubileu cristão. A Sentinela, 01/01/1987 p.22.
Perguntamos: Por que os da classe das “outras ovelhas” só serão justificados ou declarados justos depois da última prova daqui para mais de mil anos? Como fica Romanos 5.1 e 8.1. Por que não ser hoje justificado pela fé, se a justificação é gratuita para todos (Efésios 2.8-10; 1Timóteo 1.15-16)?
10. Não pertencem a Cristo:
Quem são os que pertencem a Cristo? – Os que pertencem a Cristo são os 144.000 discípulos fiéis escolhidos para dominarem com ele no Reino.
Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 172.
Perguntamos: A Bíblia diz que mais de 144 mil pertencem a Cristo (1Coríntios 1.2). Se alguém não pertence a Cristo é reprovado (2Coríntios 13.5-6).
11. Dependem dos 144 mil -para receber perdão dos seus pecados futuramente:
O LIVRAMENTO DO PECADO TRAZ SAÚDE E VIDA – O programa inicial do Reino abrangerá um período de mil anos. Durante este tempo, Jesus Cristo e os membros de seu governo celestial não só servirão como reis, mas também como sacerdotes de Deus a favor de todos os seus súditos humanos (Apocalipse 20:6). Por que? Porque todas as pessoas na terra precisarão ser libertas “da escravização à corrupção”, a fim de ter ”a liberdade gloriosa dos filhos de Deus” (Romanos 8:21). Eles terão um poder que até agora tem faltado a todos os governantes humanos: o poder de purificar as pessoas do pecado e da imperfeição. A Verdade que Conduz à Vida Eterna, p.106.
Como se lê acima, os da classe das “outras ovelhas” precisam do trabalho sacerdotal dos 144 mil para obter o perdão dos seus pecados durante o reinado milenial de Cristo no futuro.
Perguntamos: Esse ensino de que o perdão dos pecados da classe das “outras o velhas”, pelo trabalho sacerdotal dos 144 mil ungidos, não se assemelha ao ensino Católico da intercessão dos santos hoje no céu? Precisa Cristo de auxiliares para conceder perdão de pecados (Hebreus 7.25 e 10.10-12; 1João 1.7-9 e 2.12; Apocalipse 1.5).
12. Precisam vencer quatro provas para a vitória final:
As Testemunhas de Jeová, da classe das “outras ovelhas”, têm quatro provas para poderem finalmente viver na terra para sempre:
O JUÍZO FINAL DA HUMANIDADE – Então, o que aprendemos a respeito do juízo? Aprendemos que a pessoa pode desviar-se e ser julgada desfavoravelmente quer agora, quer no Armagedon, quer durante os mil anos do reinado de Cristo, quer no fim da prova final. Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado, p. 241.
1ª prova – agora, enquanto com vida física;
2ª prova – se estiverem vivas, durante o Armagedom;
3ª prova – se morrerem antes do Armagedom, durante o reinado de mil anos;
4ª prova – depois que Satanás for solto – prova final.
Perguntamos: Por que os da classe dos “ungidos” ao morrer agora já ressuscitam espiritualmente e vão direto para o céu, enquanto os demais das “outras ovelhas” irão passar por 4 provas? Jesus não morreu por todos (João 3.16-18; 5.24 e 6.47)? A salvação que Cristo trouxe do céu não é igual para todos (Tito 2.11-13; Apocalipse 1.5 e 22.14)?
Resumindo, a classe das “outras ovelhas” é uma classe inferior pelas razões já expostas, que são:
- Não são filhos de Deus;
- Só têm perdão de pecados herdados e não pecados pessoais;
- Não estão ligados à videira verdadeira, mas à classe dos ungidos;
- Não participam da Refeição Noturna do Senhor;
- Não têm Jesus como mediador;
- Não precisam nascer de novo;
- Não podem entrar pela porta das ovelhas, que é Jesus;
- A Bíblia não lhes pertence, porque não foi escrita para eles;
- Não são justificados pela fé;
- Não pertencem a Cristo;
- Dependem dos 144 mil para receber perdão de pecados durante o reinado de Cristo de mil anos
- Precisam vencer 4 provas para alcançar a vitória final.
IRÁ PARA O CÉU A “GRANDE MULTIDÃO” OU HABITARÁ NA TERRA PARA SEMPRE?
Já foi ensino pela Sociedade Torre de Vigia, por muitos anos, que a “grande multidão”, outro título da classe das “outras ovelhas” iria para o céu:
Quem É Esta Grande Multidão? Isto foi por muito tempo um mistério. Bem no primeiro ano em que se publicou a revista A Torre de Vigia de Sião (em inglês), trouxe-se à atenção dos leitores esta “grande multidão” (Rev. 7:9). Mas, julgava-se que fosse uma classe espiritual de cristãos com destino celestial. A Sentinela, 15/08/1966, p. 499.
E, na verdade, é isto o que o texto bíblico afirma:
Apocalipse 7.9: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações e tribos, e povos e línguas que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos”.
O texto acima aponta que a “grande multidão” estava diante do trono. Não foi vista abaixo do trono. Continuando a leitura vemos:
Apocalipse 7.15: “Por isso estão diante do trono de Deus; e o servem de dia e de noite no seu templo”.
Surge agora a pergunta: Onde fica esse templo no qual a “grande multidão” presta esse serviço? A resposta está em Apocalipse 11.19: “E abriu-se no céu o templo de Deus…”
Ora, se o templo de Deus fica no céu, e a grande multidão o serve dia e noite nesse templo, por que as Testemunhas de Jeová ensinam que a “grande multidão” não vai para o céu?
A “verdade” bíblica que todas os ovelhas atuais amam tão fortemente tem muito a dizer sobre a esperança do Paraíso para a constantemente crescente “grande multidão” das “outras ovelhas” do Pastor. Portanto, visto que amam a “verdade” total da Palavra de Deus, os do restante espiritual não são invejosos, retendo algo que seja de proveito para essas “outras ovelhas”, mas têm publicado amorosamente em todo o mundo essa grandiosa esperança terrestre, especialmente desde o ano de 1935.
Até meados do primeiro semestre de 1935, as testemunhas dedicadas e batizadas de Jeová de boa fé haviam tido a “uma só esperança” que lhes é apresentada em Efésios 4:4-6, como segue: “Há um só corpo e um só espirito, assim como também fostes chamados em uma só esperança”. A Sentinela, 15/03/1983, p. 19.
Perguntamos: O que preferem as Testemunhas de Jeová aceitar: a palavra do “escravo fiel e discreto” ou a Palavra de Deus em Efésios 4.4 ”…uma só esperança…?”
Ademais, lemos que a mesma “grande multidão” foi vista por João no céu:
Apocalipse 19.1: “E, depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão que dizia: Aleluia; Salvação, e Glória e Honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus”.
QUEM SÃO OS 144 MIL OU A CLASSE DOS UNGIDOS?
A classe dos “ungidos” composta de 144 mil pessoas levam os seguintes outros títulos:
A Bíblia refere-se também a esta congregação de 144.000 membros com termos tais como a “noiva, a esposa do Cordeiro”, o “corpo do Cristo”, “o templo de Deus”, “o Israel de Deus” e “a Nova Jerusalém”. — Revelação 21:9; Efésios 4:12; 1Coríntios 3:17; Gálatas 6:16; Revelação 21:2.
São também chamados de “congregação dos primogênitos que foram alistados nos céus” (Hebreus 12:23). De modo que esta “congregação de Deus” é constituída de todos os cristãos na terra que têm esperança de vida celestial. Ao todo, apenas 144.000 pessoas constituirão, finalmente, a “congregação de Deus”. Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, p. 126.
Enquanto hoje as Testemunhas de Jeová ensinam que a classe dos “ungidos” é a única que integra o novo pacto, anteriormente ensinavam que novo pacto era integrado apenas pelos judeus naturais:
Nesse tempo, os Estudantes da Bíblia pensavam que o novo pacto, segundo predito em Jeremias 31:31-34 não se aplicava aos 144.000 israelitas espirituais, mas que seria feito com os judeus naturais, depois da batalha do Armagedon.
Foram proferidos discursos perante grandes assistências públicas sobre “O Retorno dos Judeus à Palestina, e em outubro de 1925 publicou-se o livro “Conforto Para os Judeus” (em inglês). Debaixo do subtítulo “O Novo Pacto”, ás paginas 97-103 consideravam este pacto e o preservavam para os judeus naturais reajuntados na Palestina. A Sentinela, 15/08/1966, p. 501.
Como ainda o novo pacto mediado por Jesus pertencia aos judeus naturais, sua cidade sagrada, a Jerusalém terrestre, seria a capital do mundo milenial:
Deus prometeu a terra da Palestina a Abraão, Isaque e Jacó. É pois indispensável que sejam ressuscitados para que neles se cumpra essa promessa de Deus. Jesus declarou que eles estariam no Reino com os Seus representantes na Terra. (Mat. 8:11,12). As Escrituras garantem que por fim Jerusalém será a cidade de primeira e maior importância sobre a Terra. Há multo tempo já aprouve a Deus colocar ali o Seu Nome. Quando Ele tiver restituído os Seus fiéis, da antiguidade, que sempre Ihe foram leais (e verazes), conduzindo-os à terra da Palestina, será das coisas mais razoáveis e lógicas que Jerusalém se torne a sede central e terrestre do Governo. A Sentinela, 15/08/1966, p. 501.
O livro acima é o intitulado VIDA, como se lê:
“Mais tarde, a matéria de Conforto Para os Judeus foi incorporada num grande livro encadernado, intitulado “Vida”, e, em 15 de julho de 1929, este livro foi lançado para nós, para ser di fundido principalmente entre os judeus. A Sentinela, 15/03/1966, p. 501.
E, na verdade, os 144 mil de Apocalipse 7.4-6 são isralelitas naturais que se converterão a Cristo, depois do arrebatamento da Igreja formada por todos os cristãos que tenham a experiência do novo nascimento (João 3.3-5 e 2Coríntios 5.17) desde o dia de Pentecostes (Atos 2.1-4, 37-39). Os judeus naturais rejeitaram a Cristo, pedindo sua crucificação, porém estarão dispostos a recebê-lo quando da sua segunda vinda:
“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos), que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o libertador, e desviará de Jacó as impiedades” (Romanos 11.25-26).
“Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até mesmos os que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém” (Apocalipse 1.7).
Os que traspassaram a Jesus foram os judeus que o rejeitaram, e agora, por ocasião da sua segunda vinda, recebê-lo-ão:
“E sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zacarias 12.10).
Esse grupo de 144 mil judeus (12.000 de cada uma das 12 tribos de Israel) atuarão na terra depois do arrebatamento da Igreja, e por meio de sua atuação é que a grande multidão se salvará (Apocalipse 7.9). Haverá três grupos no céu:
- A Igreja arrebatada (1Coríntios 15.51-54 e 1Tessalonicenses 4.16-17);
- A grande multidão das “outras ovelhas” (Apocalipse 7.9,15; 11.19 e 19.1-6);
- Os 144 mil dos judeus (Apocalipse 14.1-3).
FECHOU-SE REALMENTE A PORTA DO CÉU EM 1881, 1931 OU 1935?
É lamentável, mas erra quem não conhece a Bíblia (Mateus 22.29), pois Jesus preveniu que alguns líderes religiosos repetiriam o erro dos fariseus: “Mas ai de vós, escribas e fariseus hipócritas; pois que fechais aos homens o reino dos céus, e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mateus 23.13).
Milhões de pessoas pertencentes à classe das “outras ovelhas” ou da “grande multidão” tiveram o céu fechado pelo ensino do “escravo fiel e discreto”, que não passa de ensino de homens. E as próprias Testemunhas de Jeová nos aconselham em ocasiões como essas, informando como agir:
Toda doutrina que o homem ensine contradizendo a Palavra do Deus Onipotente é mentira, e essa outrina ou mentira emana do adversário, o Diabo e seus demônios associados. Religião, p.52.
Confronte o leitor as seguintes passagens:
“E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte de Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil…” (Apocalipse 14.1).
“Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente, segundo o seu coração” (Apocalipse 22.15).
Quem ficará fora do céu? (SaImo 15.1-2).
“E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro” (Apocalipse 21.2.7).
“Ficarão de fora os cães, e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Apocalipse 22.15).
Seria o caso da maioria das Testemunhas de Jeová, que pertencem à classe das “outras ovelhas”?
O que nos move escrever sobre as Testemunhas de Jeová? Elas dirão: Perseguição religiosa.
Dizemos, em resposta: Não! Apenas seguimos seu exemplo neste particular, pois nem tudo que procede de Satanás é coisa repelente:
É a exposição de falsas religiões uma perseguição aos seus aderentes? É isso intolerância anticristã?”
A resposta foi: “Não; de outro modo Jesus Cristo teria sido perseguidor intolerante dos judeus, e todos os profetas de Jeová (incluindo Jeremias), nos tempos antigos antes de Jesus, teriam sido perseguidores e intolerantes, pois todos eles expunham a falsa religião dos judeus apóstatas”.
A Sentinela, 01/04/1988.
Pr. Natanael Rinaldi, Estudo elaborado em janeiro de 1991, Adaptado do Texto “Comentários Entre Amigos” do Pr. David Reed
os 144.000 mil são explicitamente ditos como “de Israel” sendo estes 12.000 mil homens castos de cada clã de Jacob ou Israel. os TJ entendem o apocalipse quase todo metaforicamente, e agora neste trecho entendem literal para eles só ? trabalham em grande erro.
os 144.000 mil são explicitamente ditos como “de Israel” sendo estes 12.000 mil homens castos de cada clã de Jacob ou Israel. TJ entendem o apocalipse quase todo metaforicamente, e agora neste trecho entendem literal para eles somente ? trabalham em grande erro.