A Bíblia é o Livro dos livros; santo, verdadeiro, autêntico, esclarecedor, trazendo em si a maior revelação da humanidade – o Plano de Deus, que consiste na salvação do homem: “Deus … o qual deseja que todos os homens se salvem…”(I Tm.2:3,4). O mesmo Paulo, que em sua carta a Timóteo fala do propósito de Deus, fala e esclarece também a artimanha do diabo, mostrando que no fim dos tempos o inimigo usaria “doutores” e “mestres”, que teriam a missão de espalhar as doutrinas do grande enganador – Satanás: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças, como que sentido coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (II Tm.4:3,4). O texto nos deixa esclarecidos de que o inimigo trabalhará muito nesses últimos dias. A cruz foi o lugar mais terrível para o diabo e seus anjos, pois lá Jesus Cristo os venceu totalmente: “E despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl.2:15). Satanás sabia que “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Dt.21:23) e, se Jesus ocupasse o lugar do homem na cruz, o remiria e pagaria o escrito de dívida (a Lei) que era contra nós (Cl.2:14). No decorrer do NT o diabo em várias vezes tentou acabar com a vida do nosso Senhor por outros meios: a) – Jogando-o do pináculo do templo (Mt.4:5); b) – Jogando-o de um alto monte (Lc.4:29); c) tentando apedrejá-lo (Jo.10:32, Jo.11:8), enfim, de vários modos o diabo tentou ceifar a vida do nosso Senhor, mas a Palavra sempre afirmava: “… ainda não era chegada a sua hora…” (Jo.7:30). A hora de Cristo seria cumprida na cruz do calvário: “…é chegada a hora, e o filho do homem está sendo entregue…” (Mt.26:45). Quando o Senhor parte em direção a Jerusalém, em direção a Cruz do calvário, o diabo arma uma última cilada e tenta impedi-lo de chegar ao seu alvo. Em João capítulo 12 “uns gregos” queriam vê-lo e assim, impedi-lo assim de chegar à Cruz, mas o Senhor dá uma resposta firme e mostra que o projeto de Salvação não seria impedido, pois havia hora e momento que estavam arquitetados antes da fundação do mundo: “É chegada a hora em que o filho do homem há de ser glorificado” (Jo.12:23). O diabo falhou no seu intento de impedi-lo de chegar ao Gólgota. De cima da cruz, ante ao último suspiro, Jesus Cristo brada: “ESTÁ CONSUMADO”(Jo.19:30) . Ali o Senhor selava a redenção, a libertação de todos aqueles que se chegarem até Ele (Jo.1:12,13), por isso podemos crer em nossa salvação: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação”(Jo.5:24). “Quem nele crê não é julgado”(Jo.3:18). “Estas cousas escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna”(I Jo.5:13). “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna”(I Jo.5:11). Por esses e muitos outros textos podemos ter certeza, de que aquele que está em Cristo (II Cor.5:17), é salvo pela graça de Deus (Ef.2:8,9).
Como disse o Apóstolo Paulo, nos últimos dias, e acreditamos que estamos nesses dias (I Cor.10:11), apareceriam pessoas para negar a Palavra de Deus. Têm um grupo de pessoas, que sorrateiramente, tem se infiltrado no meio evangélico e espalhado uma doutrina, no mínimo, exótica. Eles afirmam que Jesus, a partir do ano de 1844, começou a investigar quem será salvo ou não. Ou seja, ter certeza da salvação é, para eles, algo obsoleto e um sentimento que não é bíblico. O engodo começou quando G. Miller marcou o advento da volta de Cristo para o ano citado, como nada aconteceu esse grupo começou a tecer uma doutrina que viria a ser chamada de “Juízo Investigativo”, “Doutrina da Purificação do Santuário” ou, como nós chamamos, “a salvação incompleta”, pois para os Adventistas só “agora Jesus estaria obtendo a redenção eterna” (leia: Hb.9:12). Eles surrupiaram um texto fora do contexto, que é o de Daniel c.8 vr.14 que diz: “…Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”, transformaram esses dias em anos e assim, partindo da data 457 a.C. (que é uma data questionável), chegaram no ano que nada aconteceu – 22 de outubro de 1844 – o ano que Jesus, na concepção dessa seita, deveria ter voltado a Terra. Como nada aconteceu inventaram que o santuário celeste é literal e idêntico ao terreno feito por Moisés e neste caso, Jesus teria saído no dia 22 de outubro de 1844, do “santo lugar” e entrado no “santíssimo” (ou santo dos santos) no ano referido para terminar a sua obra ou fazer esse tal “Juízo Investigativo”.
Como percebemos, nos textos dos evangelhos, o diabo fez de tudo para interromper a vida de Cristo antes de chegar a Cruz, como não conseguiu, tenta agora bloquear a graça de Deus na vida das pessoas e deturpar a obra salvífica, dizendo que Jesus veio terminar a sua obra só séculos depois, no ano de 1844. Confesso que tenho pena desta seita que, para cobrir um erro (pois eles esperavam a volta física de Jesus a terra), inventaram uma blasfêmia de ordem satânica.
Antes de prosseguirmos em nossas explicações, vamos entender sobre o que a Bíblia nos revela a cerca do Templo, pois os Adventistas inventaram tal engodo pelo fato de no ano de 1844 não haver templo algum para ser purificado na Terra. Os próprios crentes no advento que deveria ter ocorrido em 1844 esperavam que Jesus purificasse o Templo terrestre (afirma isso a Sra. White em seu livro “O Conflito dos Séculos” p.247-249 – Ed 1935, Casa Publicadora). Como em 1844 não havia templo para ser purificado em Jerusalém (Dn. 8:14) nasce a maior contradição do século, na qual Jesus voltou, mas essa volta seria a sua saída do “santo lugar” para entrar no “santíssimo”, onde até hoje está fazendo um “Juízo Investigativo” para ver quem será salvo. Por isso, vamos entender um pouco da relação entre o Templo judaico e a volta de Jesus. Segue abaixo um estudo extraído do livro “O Templo dos Últimos Dias – Ice, Deny”:
O Que é o Templo dos Últimos Dias?
Em 1989, a revista Time publicou um artigo intitulado “Tempo para um Novo Templo?” Em que relatava o desejo crescente de muitos judeus devotos de verem um novo templo construído no Monte do Templo em Jerusalém. O correspondente começou escrevendo: “Que a Tua vontade seja a rápida reconstrução do Templo em nossos dias…” Esse pedido a Deus, recitado três vezes ao dia nas orações judaicas, expressam um desejo que faz do Monte do Templo em Jerusalém os 35 acres potencialmente mais instáveis do mundo.
Nos anos que se seguiram a esse artigo, nada diminuiu o desejo de reconstruir o templo. Na verdade, a expectativa e os preparativos continuam a crescer. O apoio do público israelense para a reconstrução do templo, antes fraco, está aumentando gradativamente. A tensão no Oriente Médio continua alta e os problemas religiosos e políticos da região continuam nas manchetes em todo o mundo. Mas, mesmo nestes tempos turbulentos, os ativistas do Movimento do Templo continuam a intensificar seus esforços.
Os esforços da política, da diplomacia, da religião e da cultura convergem todos para o Monte do Templo – provavelmente o terreno mais disputado da terra. Uma das tensões mais importantes entre judeus e muçulmanos é a de que uma mesquita muçulmana, o Domo da Rocha, foi construída no local do templo em Jerusalém. O ativismo em torno do templo tem provocado preocupação e conflito internacional e continua sendo um pavio curto que pode detonar a próxima guerra mundial. Não existem soluções fáceis ou simples nesse complexo drama internacional e há muita retórica.
O líder dos Fiéis do Monte do Templo, Dr. Gershon Salomon, que é um dos defensores mais conhecidos e declarados de um templo reconstruído, afirma:
Eu creio que essa é a vontade de Deus. Ele [o Domo da Rocha] deve ser retirado. Devemos, como sabem, removê-lo. E hoje temos todo o equipamento para fazer isso, pedra por pedra, cuidadosamente, embalando-o e enviando-o de volta para Meca, o lugar de onde veio.
Afirmações tais como essas estão carregadas de emoção e são defendidas com convicção. Qualquer atividade relativa ao Monte do Templo certamente criará o caos e trará reprovação de uma ou mais entidades religiosas ou políticas envolvidas.
No entanto, o sonho de reconstruir o templo é realista e biblicamente correto; um dia ele se realizará. A Bíblia ensina explicitamente que a reconstrução se tornará realidade. Mas a alegria será passageira e a adoração será interrompida. Como veremos através de alguns tópicos da história e da Bíblia, o novo templo não será nem o primeiro nem o último a ser erguido. Sua construção é certa, mas os dias turbulentos que a acompanharão também.
Quantos templos são mencionados na Bíblia?
A Bíblia usa o termo templo de várias maneiras. A palavra templo é derivada do latim, templum, que é uma tradução do substantivo hebraico hêkal, que significa “casa grande”. No Velho Testamento, templo quase sempre se refere ao templo em Jerusalém. Quando entramos no Novo Testamento, o uso principal do termo templo (santuário) contínua sendo o templo de Jerusalém. Mas Cristo comparou o Seu corpo a esse templo (veja Mateus 26.61; Marcos 14.58; 15.29; João 2.19). O apóstolo Paulo fala sobre o “corpo de Cristo” como um templo espiritual (Efésios 2.21-22); e o corpo do crente como um “templo do Espírito Santo”: “Não sabeis que sois santuário (templo) de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3.16; veja também 6.19).
Em algumas ocasiões, a Bíblia também faz referência a um templo celestial em linguagem figurativa: Isaías foi levado ao céu e descreve um cenário que pode ser o templo celestial (Isaías 6). João, o autor do Apocalipse, depois de ser levado ao céu, fala especificamente de um templo celestial de onde Deus supervisiona os juízos da Tribulação e envia Seus anjos (Apocalipse 7.15; 11.19; 14.15,17; 15.5,6,8; 16.1,17). O templo celestial, de certa forma, serve de modelo para as várias habitações terrenas de Deus (i.e., tabernáculo, templo e templo espiritual). É claro que todas as vezes que a Bíblia se refere ao Templo celestial é uma forma figurativa de expressão, pois seria impossíveis termos um Templo literal no céu e inadmissível imaginar, como no templo terrestre, um lugar mais santo que o outro no céu, isso seria insustentável. Aliás, o Senhor Jesus Cristo se identificou como sendo este templo no Céu – “Nela não vi santuário, porque o seu [santuário] é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro” (Ap.21:22; Pr. JFM).
Em relação ao templo em Jerusalém – a Bíblia fala de quatro templos:
Quatro templos em Jerusalém são mencionados na Bíblia. Dois (de Salomão e de Herodes) já passaram, mas outros dois (o templo da Tribulação e o do Milênio) serão construídos no futuro de acordo com as profecias. O último templo (do Milênio) será construído pelo próprio Senhor Jesus Cristo quando Ele estabelecer o reino messiânico… Mas o templo da Tribulação deve vir primeiro.
Como o tabernáculo preparou Israel para o templo?
O tabernáculo pode ser visto como um “templo móvel” – um templo transitório para um povo em transição. “O tabernáculo era uma estrutura temporária, levada para todo lugar até que os israelitas estivessem unificados política e espiritualmente”. Como precursor do templo de Salomão, o tabernáculo teve muita das mesmas funções e propósitos. Israel tomou-se uma nação com a libertação da escravidão no Egito. Nessa época, a presença de Deus era manifesta através de uma nuvem de dia e de uma coluna de fogo à noite. Quando os israelitas ficaram livres da perseguição de Faraó, o Senhor deu ordens para a construção do tabernáculo:
“E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis” (Êxodo 25.8,9). “E consagrarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei Ano e seus filhos, para que me oficiem como sacerdotes. E habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus. E saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, que os tirou da terra do Egito, para habitar no meio deles; eu sou o Senhor seu Deus” (Êxodo 29.44-46).
Mesmo durante a peregrinação de Israel no deserto, Deus fez preparativos para o futuro, quando o tabernáculo se transformasse em templo: “Mas buscareis o lugar que o Senhor, vosso Deus, escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o seu nome, e sua habitação; e para lá ireis… Mas passareis o Jordão e habítareis na terra que vos fará herdar o Senhor, vosso Deus; e vos dará descanso de todos os vossos inimigos em redor, e morareis seguros. Então, haverá um lugar que escolherá o Senhor, vosso Deus, para ali fazer habitar o seu nome; a esse lugar fareis chegar tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e toda escolha dos vossos votos, fritos ao Senhor” (Deuteronômio 12.5,10,11).
Depois da nação entrar na Terra Prometida, e de Davi tomar-se rei, Deus lhe falou sobre a construção do templo. O sonho de Davi tomou-se a realidade de Salomão. Quando o templo foi consagrado, a presença visível de Deus passou do tabernáculo para o templo. “Porque escolhi e santifiquei esta casa, para que nela esteja o meu nome perpetuamente; nela, estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias” (2 Crônicas 7.16). O tabernáculo temporário preparou o caminho para o templo permanente ao estabelecer o padrão e o propósito da adoração de Israel ao Senhor. Quando Israel passou do tabernáculo para o templo, o local da presença de Deus se tomou fixo e consagrado para o resto da história.
Qual é o propósito do templo de Israel?
O templo de Israel dava ao povo de Deus um símbolo visível da Sua presença invisível e servia para ensinar muitas lições aos judeus. Apesar de Israel ser [aparentemente] como os gentios pelo fato de todos terem templos relacionados a deuses, o templo de Israel era diferente de várias maneiras: Em todo o antigo Oriente Médio, templos eram construídos como residências reais para os deuses do povo. A obrigação do homem era suprir as necessidades físicas dos deuses: comida, água, vestimentas e inúmeras cortesias. Em troca desses serviços, esperava-se que os deuses suprissem as necessidades humanas.
A adoração israelita era o contrário desse conceito pagão de deus e templo. O Deus israelita não era um deus local, nem podia ser limitado a um local. Ele era o Deus transcendente, cujo Ser não podia ser limitado a qualquer estrutura física e que não precisava de abrigo nem proteção. Além disso, o Deus israelita não precisava de suprimentos humanos. Era Ele quem supria as necessidades humanas a partir de um suprimento divino infinito… A presença de Deus não habitava no templo israelita da mesma forma que um deus estava presente em todos os outros templos pagãos do mundo. Por isso o Deus de Israel não podia ser representado na forma de ídolo (Êxodo 20.4; Deuteronômio 4.15-19) nem colocado num templo (Ezequiel 8.2-12) conforme a prática da religião de Canaã.
O templo israelita, ao invés de ser um lugar onde as necessidades de Deus eram supridas, era um lugar onde Deus supria as necessidades do Seu povo.
Desde o Jardim do Éden, Deus queria ter comunhão com Seu povo e estar presente entre ele. A gramática hebraica em Gênesis 3.8 sugere que antes da queda o Jardim do Éden era um santuário onde Deus se encontrava com Adão e Eva para ter comunhão. “Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.”
Depois da entrada do pecado no mundo, o Deus santo não podia mais se encontrar face a face com a humanidade pecaminosa. Desse modo, a expulsão do santuário e o envio de guardas angelicais foram necessários (Gênesis 3.22-24).
Para Deus restabelecer a presença e o relacionamento santos com a humanidade num mundo pecador, um lugar sagrado devia ser construído. O tabernáculo de Israel, e mais tarde o templo supriram essa necessidade.
Apesar do propósito geral de Deus estabelecer Sua presença e de mostrar seu favor a Seu Povo Escolhido, muitas outras razões também podem ser percebidas: o templo era uma recordação diária de que Deus era um Deus santo e Israel uma nação escolhida; o sacerdócio e os rituais diários demonstravam que para pecadores poderem chegar à presença de Deus, é necessário um meio de aproximação; a obra de Cristo na cruz era prevista nos sacrifícios diários; e isso também ensinava que Israel devia viver uma vida separada e santa a cada dia. O templo oferecia um local físico e visível para a santidade do céu habitar no meio da criação pecadora.
Onde a Bíblia fala sobre o templo dos últimos dias?
A Bíblia fala sobre dois templos no futuro de Israel. Os dois primeiros templos já passaram, os dois últimos ainda aparecerão. O templo da Tribulação (o terceiro templo) será o próximo, o templo do Milênio (o quarto templo) aparecerá depois que Jesus, o Messias, voltar ao planeta Terra e o construir para ser usado durante Seu reinado messiânico.
O Templo da Tribulação
Não existem versículos na Bíblia que dizem: “Haverá um terceiro templo.” Mas o fato de que haverá um templo judeu em Jerusalém no mínimo até a metade da Tribulação de sete anos é apoiado por pelo menos quatro passagens bíblicas: o Daniel 9.2 7: “Ele [o Anticristo] fará firme aliança com muitos [a nação de Israel], por uma semana [sete anos]; na metade da semana [três anos e meio], [o Anticristo] fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações [profanação do altar no tem-pio] virá o assolador [o Anticristo], até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele [o Anticristo].” Essa passagem prevê um período futuro de sete anos, durante o qual o Anticristo profanará o templo de Israel com um ato maligno na metade do período. Para que isso aconteça, deve haver um templo em Jerusalém. Portanto, podemos concluir por esse evento futuro que o terceiro templo deve estar pronto e funcionando nessa época.
Da mesma forma, Daniel 11.31 fala sobre um evento futuro, quando “o sacrifício diário” será abolido e “a abominação desoladora será estabelecida no terceiro templo. O Dr. John Walvoord, professor de profecia bíblica, afirma que o “templo do futuro (terceiro templo ou templo da Tribulação) será profanado assim como Antíoco profanou o templo em sua época no segundo século a.C., fazendo cessar os sacrifícios e submetendo o templo a uso pagão.” Daniel 12.11 também está relacionado a essa profanação: “Depois do tempo em que o sacrifício diário for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias.” o Mateus 24.15-16: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê, entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes.” Quando Jesus fala do “abominável da desolação… no lugar santo”, ele está se referindo ao mesmo evento a que Daniel se refere em Daniel 9.27. O “lugar santo” é uma referência ao compartimento mais sagrado do templo de Israel (o Santo dos Santos). Que templo? O terceiro templo, já que esse é um evento futuro. O Dr. um LaHaye nos diz que “Mateus 24.15 revela o “abominável da desolação”, quando o Anticristo profanar o templo reconstruído em Jerusalém.” E acrescenta: “Certamente ele deve ser reconstruído para poder ser profanado.” o 2 Tessalonicenses 2.3-4: “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha à apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”. Nessa passagem vemos, pela terceira vez, uma descrição do “abominável da desolação.” Dessa vez ele é mencionado como o evento em que o Anticristo “se assenta no santuário (templo) de Deus.” Mais uma vez, que templo? A resposta clara é: o terceiro templo futuro, O Dr. Charles Ryrie nos diz: “na metade da Tribulação o Anticristo profanará o recém-reconstruido templo dos judeus em Jerusalém colocando-se ali para ser adorado.” Esse ato de auto-deificação é o abominável da desolação. Apocalipse 11.1-2: “Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que nele adoram; mas deixa de parte o átrio exterior do santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por quarenta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa.” Visto que a parte de Apocalipse em que essa passagem aparece acontece durante a Tribulação, trata-se de uma referência ao terceiro templo de Israel em Jerusalém.
O Templo do Milênio
A Bíblia ensina em Ezequiel 40-48 que haverá um quarto templo. Esse último templo será o centro da adoração a Jesus Cristo durante o Milênio. “Filho do homem, este é o lugar do meu trono, e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de Israel para sempre; os da casa de Israel não contaminarão mais meu nome santo, nem eles nem os seus reis, com as suas prostituições e com os cadáveres dos seus reis, nos seus monumentos” (Ezequiel 43.7). “Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de Israel este templo, para que ela se envergonhe das suas iniquidades; e meça o modelo” (Ezequiel 43.10). O Antigo Testamento também se refere aos sacrifícios que acontecerão no templo do Milênio (esses sacrifícios terão uma outra conotação, pois pelo pecado da vida humana Jesus já fez todo sacrifício – Hb.10) nas seguintes passagens: Isaías 56.7; 60.7,13; 66.20-23; Jeremias 33.15-22; Zacarias 14.16-21.
O DIA EM QUE O ENGANO COMEÇOU
Sobre o início dessa controvérsia adventista comenta o Pr. Nataniel Rinaldi: A história dos adventistas está ligada a William ou Guilherme Miller, que desempenhou papel proeminente no início do Movimento do Advento na América, o qual fixou a data de 23 de março de 1843 para a vinda de Cristo a Terra, estabelecendo a seguinte doutrina: a) – Que Cristo voltaria de maneira pessoal e visível nas nuvens do céu; b) – que os justos ressuscitariam incorruptíveis e os vivos seriam transformados para imortalidade, sendo levados para reinar com Cristo na nova terra; c) – Que a Terra seria destruída pelo fogo; d) – Que os ímpios seriam destruídos, e seus espíritos, conservados em prisão até sua ressurreição e condenação; e) – Que o milênio ensinado na Bíblia eram os mil anos que se seguiriam à ressurreição. Nada aconteceu no dia marcado (23/03/1843), mudou-se a data para 22/10/1844 (veja livro adventista – Fundadores da Mensagem, p.39). A segunda data também passou e a volta de Cristo não aconteceu. Ora, é possível imaginar o escárnio generalizado para com os seguidores de Miller diante do escandaloso fracasso profético, mesmo porque não há necessidade de um conhecimento profundo da Bíblia para saber que o dia da volta de Cristo não foi e não será revelado a ninguém (Mt.24:36; Mc.13:31; At.1:7)”. Como Miller chegou à data de 23/03/1843? (posteriormente Samuel Snow, um seguidor de Miller, mudou a data para 22/10/1844). Tudo foi baseado em Dn. 8:14, num estudo realizado de forma errônea desde o princípio e que levou à seguinte e posterior interpretação: 1) – o santuário era a Terra; 2) – a purificação se faz pelo fogo; logo, a terra seria purificada pelo fogo da vinda de Jesus (II Pe. 3:9-10); 3) – As 2300 tardes e manhãs foram interpretadas como dias (não dias literais, mas proféticos) valendo cada dia um ano; 4) – O ponto de partida era o ano de 457 a.C. (com base em Dn.9:25 e Ed.7:11-26); 5) – Quando não se deu a volta de Jesus em 1843, aumentou-se um ano, considerando que tinha ocorrido apenas 2299 anos de 457 a.C. até 1843, ficado para 22/10/1844 como a data definitiva”. (Livro: “Desmascarando as Seitas, CPAD, P.10,11)”.
O Ano de 457 a.C. E Sua Importância Para Os Adventistas.
Afirma um renomado teólogo Adventista: “Foi esta a primeira parte do grande decreto para a restauração e reconstrução de Jerusalém (Esdras 6:14), que se completou no sétimo ano do reinado de Artarxerxes, em 457 a.C. e assinalou, como se demonstrará mais tarde, o início dos 2300 dias de Daniel capítulo 8, o mais longo e mais importante período profético mencionado na Bíblia (Daniel 9:25)” (Livro: As Profecias de Daniel, Uriah Smith, p.36).
Para os Adventistas a data mencionada acima é de grande relevância para a existência da seita, pois ela começou a existir depois desse cálculo da volta de Jesus Cristo, volta essa que até hoje não ocorreu. O ano 457 é o início dessa controvérsia. Eles afirmam que Jesus Cristo voltou em 22 de outubro de 1.844, que está efetuando um “juízo investigativo” para ver quem será salvo. Para tal cômputo, acreditam que as 2300 tardes e manhãs são dias, extraído do texto de Dn.8:14, que partindo do ano da suposta reconstrução de Jerusalém e seu templo(457 a.C.) chegam a data determinada, transformando em anos as 2300 tardes e manhãs.
Vejam o esquema abaixo extraído do Livro “O Grande Conflito” da Sra. E. G. White, p.211, edição condensada, Ed. Casa – ano 1992:
A questão é: Isso têm fundamento? Sabemos que praticando um “estica e puxa” podemos inventar a doutrina que quisermos. Precisamos ser sensatos quando partimos para fazer afirmações audaciosas. A coisa fica pior quando, para entendermos a Bíblia, precisamos usar a história secular (para se entender o Livro de Daniel temos que usar a história Universal, por isso precisamos ser humildes em nossas afirmações, pois assim como a história é falha as hipóteses também podem ser). Sabemos, por vários motivos, que a história secular é cheia de falhas em suas datas e cronologias, nos deixando assim em certas dificuldades. A “História do Brasil” não consegue definir se o nosso país foi descoberto por acaso ou premeditadamente, isso ocorreu há 500 anos atrás. Então como definir com exatidão fatos que ocorreram antes de Cristo, visto que cada historiador tem uma visão diferente dos fatos e datas? Mais os “entendidos” Adventistas calculam “sem erro” ou margem de erro e afirmam a grande “revelação”, como sendo a “VERDADE”. Essa seita usufruí da ignorância dos povos e com livros cheios de “cronologias” e embustes forçam até chegarem a onde querem. Suas afirmações não são modestas, excluindo qualquer possibilidade de estarem errados. Como toda seita, eles estão “certos”. Não temos nada haver com a maneira das pessoas acreditarem em Deus, mas quando a maneira dos outros invadem o nosso espaço somos obrigados a entrar em ação. Para você compreender o que estamos dizendo você vai precisar ler o Livro de Daniel. Recomendamos também os seguintes livros seculares: “Manual de Estudos Profético, Ed. Vida; Daniel e Apocalipse, CPAD; O Drama dos Séculos, CPAD”. A Seguir Segue Uma Cronologia Histórica Idêntica A Dos Adventistas: “Ciro chegou a ser rei da Babilônia em 536 a.C. e morreu em 528 a.C. Dário chegou a ser rei em 521 a.C. e reinou 36 anos, morrendo em 485 a.C. Artaxerxes (chamado Longimanus, porque tinha uma das mãos mais cumprida do que a outra), começou a reinar em 465 a.C. e morreu, ou em dezembro de 425 ou janeiro de 424” (extraído da Bíblia Explicada, p.155, CPAD). Na concepção Adventista o ano de 457a.C foi à consumação da reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém após os cativos de Babilônia terem sido libertos. O fato é que a data citada é questionável. Vejamos porque. Esdras registra o cumprimento da promessa divina de restaurar Israel à sua terra depois dos 70 anos de cativeiro em Babilônia (Jr.25:11). Isto foi conseguido através da ajuda de três monarcas persas (Ciro, Dário e Artarxerxes), bem como de líderes judeus como Zorababel, Josué, Ageu, Zacarias, Esdras e Neemias. Ciro conquistou Babilônia em 539 a.C. e, de acordo com sua política de estimular os povos subjugados a retornarem às suas terras de origem, promulgou em 538 a.C. um decreto autorizando os Judeus a fazerem o mesmo (Esdras 1). Cerca de 50.000 pessoas retornaram sob a liderança de Zorababel, lançando em pouco tempo os alicerces do templo, que, no entanto (por uma interrupção movida pelo inimigo), só viria a ser concluído em 515 a.C. no reinado de Dario (veja cronologia acima); leiamos: “Acabou-se esta casa (o templo) no dia terceiro do mês de adar (12 março), no sexto ano do reinado do rei Dario” (parêntese nosso). O rei Dario começou a reinar no ano 521, a Bíblia nos diz que o templo foi terminado no sexto ano desse rei, então o templo foi concluído no ano 515 e não no ano 457 a.C. como afirma o escritor Adventista. Nem a reconstrução da cidade ocorreu nesse ano, pois a mesma começou no ano de 445 com Neemias. Ele não saiu para reconstrução da cidade e suas muralhas até o vigésimo ano de Artaxerxes, isto é, 445 a.C., leiamos: “…no ano vigésimo do rei Artaxerxes”(Ne.2:1) . O Reinado de Artaxerxes começou no ano 465 a.C. e terminou em 425/4 a.C., portanto o ano vigésimo desse rei, do qual Neemias pediu autorização para reconstrução da cidade e seu muro (e recebeu decreto favorável), foi no ano de 445 a.C. Portanto, o Templo foi reconstruído do ano 538 a.C. (decreto de Ciro, Ed.1) à 515 a. C.(sexto ano de Dario, Esd.6:15) e a cidade e seu muro deu-se início a reconstrução no ano de 445 a.C. e término no ano 396 a.C. Esses fatos podem ser ligados a Dn.9:25 que diz: “…desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas: as praças e as circunvalações se reedificarão…”. Vejam que, o texto diz “desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém” (deve-se começar daí a contagem das 70 semanas de Daniel. Obs. Este é outro estudo que se o leitor não tiver noção deverá adquiri-la lendo os livros indicados), esse fato ocorreu com o decreto dado a Neemias pelo rei Artaxerxes (Ne. 2), que reconstruiu a cidade e seus muros. Nem Zorababel, nem Esdras foram incumbidos de tal missão, embora ajudaram na mesma. Sobre o decreto que foi dado a Neemias e o decreto dado a Esdras, diz o Pr. Antônio Gilberto: “Houve um(decreto) em 457 a.C., de embelezamento do templo e restauração do culto, a cargo de Esdras(Ed.7:27). O outro foi o da reconstrução dos muros e portanto da cidade, a cargo de Neemias. É deste que estamos tratando; o que foi baixado em 445 a.C. A partir daí, começaria a contagem das setenta semanas proféticas”. Por que estamos explicando tudo isso? O motivo é para dissolver a confusão adventista que, pega Dn. 9:25 e mistura com Dn. 8:14 acresce Lv. 16 formando uma grande heresia. Pois bem, no ano 457 a.C. Esdras iniciou seu ministério, mas esse fato, se é que se pode contar anos para marcar a volta de Jesus Cristo, deveria ser o ano de 445 a.C., ano que marca o início da reconstrução da cidade; “e para edificar Jerusalém”. O fato é que o fazendeiro leigo G. Miller errou, mas como admitir esse erro na suposta contagem resultaria em maior confusão, os Adventistas fazem de tudo para defender o leigo G. Miller. Eu sugeriria que os Adventistas recalculassem a data e, quem sabe, mudar o ano da volta de Cristo, para 1856d.C., pois pelo menos seria “menos errado”. A minha ironia é pelo fato da falta de coerência desse cálculo que coloca a palavra de Jesus como uma inverdade, leiamos: “Então os que estavam reunidos lhe perguntavam: Senhor, será este o tempo que restaures o reino de Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer os tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade”(At.1:6,7). Que bom seria se os Adventistas se contentassem com a simplicidade do evangelho, do qual satanás os tirou (II Cor.11:2,3). Jesus deixa claro que as datas dos fins dos tempos Deus reservou exclusivamente para ele, mas se nós estivermos vivendo o vrs.8 de Atos 1 estaremos prontos para encontrarmos com o nosso Deus. Meu amigo, não fique preocupado com balelas, mas encha a sua vida do Espírito Santo que é a coisa mais importante disso tudo que estamos ensinando. Fique com o que está revelado e fuja das suposições. Leiamos: “As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e nossos filhos para sempre”(Dt.29:29), ou seja, há coisas que não nos compete saber para o momento, mas se formos bons filhos o nosso Pai, lá na sua glória, nos revelará. Em síntese, a data do regresso de Esdras (457 a.C.), para exercer seu ministério, não se encaixa em Dn.9:25, pois a reconstrução de Jerusalém foi feita por Neemias e deu-se o seu início no ano 445 a.C. que, segundo alguns historiadores, terminou no ano 396 a.C. cumprindo-se a primeira etapa de 7 semanas (49 anos).
Explicando Daniel 8.14
“Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”.
Sempre quando analisamos um texto é preciso entender o seu contexto, ainda mais nesse caso que o texto, em supra, virou alvo de uma doutrina tão escorregadia que sai da simplicidade das palavras de Cristo; “Mas a respeito daquele dia e hora (da sua vinda) ninguém sabe, nem o filho, senão somente o Pai” (Mt. 24:36, parênteses nosso). O contexto em que se encontra o vrs. 14 do capítulo 8 é o seguinte: Na visão do carneiro que tinha dois chifres, descrito aqui por Daniel, um dos chifres cresce mais alto que o outro. Isto representa os reis da Média e da Pérsia. A Pérsia destacou-se mais que a Média e, desta maneira, cumpriu-se à visão de Daniel. A visão do bode simboliza o império Grego. Sabemos isso pela revelação dada a Daniel no Cap. 8:21. O chifre notável foi Alexandre Magno, que conquistou com grande velocidade (sem tocar o chão) o mundo conhecido em seus dias. Também o leopardo com quatro asas representa o império Grego e a velocidade com que conquistava os povos. Com relação ao grande chifre, Daniel diz que foi quebrado. Neste particular Daniel fala profeticamente da morte prematura de Alexandre, em Babilônia, no ano 323 a.C. Ao encontrar-se no auge de sua carreira militar (33anos), sua vida foi cortada. Esta profecia de ascensão e queda de Alexandre cumpriu-se literalmente duzentos anos depois de ser profetizada através da visão de Daniel. De um dos quatro chifres, que apareceu em lugar do grande chifre (que é a divisão do império grego em quatro, pois com a morte de Alexandre os seus generais, que eram quatro, dividiram a administração do império), saiu um pequeno chifre. A este, se identifica à pessoa de Antíoco Epifânio. Antíoco tornou-se conhecido pela grande perseguição que realizou contra o povo de Deus. Foi notório o seu ódio contra os escolhidos. No ano de 168 a.C., Epifânio tentou invadir o Egito (Ele teve o domínio sobre o Egito por um certo tempo e até conseguiu extrair grandes riquezas). Entretanto, seu domínio não durou muito tempo, sendo que houve a intervenção dos Romanos, e cheio de ira, Epifânio quis recompensar-se conquistando o reino de Jerusalém. Milhares de Judeus foram decapitados. Epifânio profanou o templo. Realizou oferta de um porco sobre o altar. Acabou com os postos do sacerdócio e vendeu centenas de judeus à escravidão. (nota) O pequeno chifre de Dn.7:8,24 fala do próprio anticristo, Dn.8:9 fala de Antíoco Epifânio, que tipifica o anticristo. As 2300 tardes e manhãs cumpriram-se no reinado de Antíoco Epifânio. O texto original de Daniel não indica 2300dias, mas, sim, 2300 tardes e manhãs, que seriam apenas 1150dias (que se cumpriram do ano168 – invasão de Jerusalém a 165 a.C. ano da purificação do templo por Judas Macabeus)” (Adaptado de Nigh). Acima você tem a visão geral dos fatos históricos ocorrido. Vejam que os versos de 11 a 13 nos dizem: “…dele tirou o sacrifício costumado e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício costumado, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou…Até quando durará a visão do costumado sacrifício, e da transgressão assoladora, visão na qual era entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados?” A pergunta dos textos acima está condicionada ao vrs.14 e, na resposta dada, percebemos a preocupação de Daniel; “Até quando durará a visão do costumado sacrifício?”, ou seja, a sua mente estava voltada para o sacrifício costumado no templo em Jerusalém. A prova disso é a citação do próprio teólogo Adventista: “Daniel orou a Deus para que fizesse resplandecer o Seu rosto sobre o Seu santuário, que estava assolado. Pela palavra santuário Daniel evidentemente entendia o templo em Jerusalém” (As Profecias de Daniel, U. Smith, p.133, ed.1994). Daniel queria saber quanto tempo o sacrifício, de acordo com a visão, demoraria a tornar a ser executado no santuário (ou templo) em Jerusalém. Ele estava preocupado se o sacrifício e o templo seriam restituídos, já que ele virá a sua destruição saindo do império grego (de um dos quatro chifres). A resposta deve ser entendida dentro do seu contexto e da preocupação do profeta, pois seria incoerência de Deus responder outra coisa a uma resposta tão objetiva feita pelo profeta. Daniel não estava preocupado com o céu, pois lá o império Grego não tinha como profanar. (veremos isso mais adiante). Vejam o que nos diz certo comentarista sobre este assunto: “O vrs.9 identifica um agressor, um “chifre pequeno” ou uma “pequena ponta”. Os vrs.10-12 nos mostram que este inimigo e agressor atacará o Templo ou Santuário. O vrs.13, como já vimos, pergunta: “Até quando durará esse levante e profanação do santuário? Até quando vamos ficar sem o sacrifício costumado? E o vrs.14 responde: Até 2300 tardes e manhãs; e o santuário será purificado (ou como diz a Bíblia de Jerusalém – “Será feita justiça, justificado ou feito justo”, o que ocorreu através de Judas Macabeus). É lógico que o vrs.13 faz uma pergunta que é elucidada no vrs.14. Desvincular Dn. 8:14 deste clamor “Até quando?”(do vrs.13) significa estar exegeticamente falando um grande impropério. Não podemos ter ao mesmo tempo o contexto e a interpretação adventista. Portanto, alusivo ao “Juízo Investigativo” e a “doutrina do Santuário”, a Igreja Adventista teve de fazer uma escolha – Aceitar o contexto de Dn.8:14 de acordo com a Bíblia ou as doutrinas de E.G. White, e infelizmente eles escolheram a “pior parte” dessa teologia”.
2300 DIAS OU 2300 SACRIFÍCIOS?
O vrs.14 não fala 2300 dias, mas 2300 tardes e manhãs, que estão relacionados, pelo contexto, com sacrifício diário do templo. Leiamos então alguns textos para entendermos o que Daniel quis dizer:
“Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro, ao pôr do sol” (Êx.29:39); “Dá ordem aos filhos de Israel, e dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as minhas ofertas queimadas, de aroma agradável, tereis cuidado, para mas trazer a seu tempo determinado. Dir-lhes-ás: Esta é a oferta queimada que oferecereis ao Senhor, dia após dia: dois cordeiros de um ano, sem defeito, em contínuo holocausto: um cordeiro oferecerás pela manhã, e outro ao crepúsculo da tarde…E o outro cordeiro oferecerás no crepúsculo da tarde; como oferta de manjares da manhã”(Nm.28:2-4,8); “…ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, de manhã e à tarde”(Ed.3:3); “…porém eu permaneci assentado atônico até ao sacrifício da tarde. Na hora do sacrifício da tarde…”(Ed.9:4,5). O que Daniel tinha na cabeça eram 2300 sacrifícios e não 2300 dias como querem alguns. O próprio Daniel mostra isso no seguinte texto: “…e me tocou à hora do sacrifício da tarde”(Dn.9:21); “Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado, estabelecendo a abominação desoladora”(Dn.11:31); ou seja, o período de tempo de que envolve o vrs.14 é 1150 dias que corresponde a 2300 tardes e manhãs ou 2300 sacrifícios. O Dr. Nigh (Editora Vida) corrobora com minha afirmativa de que são 1150 não 2300 dias.
O Cumprimento de Daniel 8:14
Já mencionamos acima que o Santuário foi profanado no ano de 168 a.C. na pessoa de Antíoco Epifanes, que sacrificou um porco no altar do holocausto. Entretanto, a história secular e o livro histórico de Macabeus, nos mostram que o Santuário foi purificado no ano de 165 a.C. com a liderança de Judas Macabeus. Vejam o que nos fala o Pr. Abraão de Almeida, em seu livro “As Visões Proféticas de Daniel”, sobre esta profecia e seu cumprimento: “Entre esta e aquela data, a Judéia passou por muitas vicissitudes, destacando-se a opressão sob Antíoco Epifânio(ou Epífanes)…Ele governou a Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Sua crueldade e intolerância religiosa fizeram dele um tipo do futuro Anticristo. O relato Bíblico que trata desse rei está em Daniel, capítulos 8 e 11. No capítulo 11, o mesmo Antíoco Epifânio é descrito como ‘homem vil’ que não tinha quaisquer direitos à dignidade real, por ser filho menor de Atíoco, o grande, mas obteve a coroa usando-se de lisonjas. É viva, no primeiro capítulo apócrifo dos Macabeus, a descrição que se faz dos males ocasionados na Judéia pelos judeus infiéis, do saque de Jerusalém e da introdução do culto pagão em toda a Palestina: ‘O seu santuário ficou desolado como um ermo, os seus dias de festa se mudaram em pranto, os seus sábados em opróbrio, as suas honras em nada. À proporção da sua glória se multiplicou a sua ignomínia: E a sua alta elevação foi mudada em luto… E o rei (Antíoco Epifânio) dirigiu cartas suas, por mãos de mensageiros , a Jerusalém, e a todas as cidades de Judá: Mandando-lhes que seguissem as leis das nações da terra. E proibisse que o Templo de Deus se fizessem holocaustos, sacrifícios, e oferta em expiação pelo pecado. E proibissem os lugares santos, e o santo povo de Israel. Outrossim, mandou que se edificassem altares, e templos, e que se levantassem ídolos, e sacrificassem carne de porco. E reses imundas…'(Cap.1, vrs.41,41,46-50 de 1Macabeus). Os registros históricos confirmam as sombrias características de Antíoco Epifânio. Ele foi considerado um louco sanguinário pelos historiadores gregos e um fomentador de intrigas entre o seu reino e o do Egito. Sua vida em relação ao judaísmo foi uma blasfêmia contra o próprio Deus( levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes – Dn.8:25) e sua morte por desgosto, em razão do fracasso contra os romanos, mostra que ele foi ‘quebrado sem esforço de mãos humanas’. Scofield e outros estudiosos do assunto entendem que a ponta pequena do capítulo 8 é Antíoco Epifânio (Dn.8:9), oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C. Intolerante em religião, intentou destruir a religião dos judeus pela força. Ordenou que os judeus demonstrassem publicamente seu repúdio à religião de seus pais, violando as leis e as práticas legadas a ela: que profanasse o Sábado, as festividades e o santuário, construindo altares e templos aos ídolos pagãos; que sacrificassem carne de porco nos altares do templo e não circuncidassem seus filhos. O judeu que desobedece à palavra do rei seria morto. A pressão de Antíoco sobre os Judeus, cada vez mais cruel, culminou no décimo quinto mês de quisleu (dezembro), do ano 168 a.C., quando uma gigantesca estátua de Zeus Olímpio foi colocada atrás do altar de sacrifício, e os pátios do Templo transformados em lugares de lúbricos bacanais(festas de orgias). Os que se recusaram a obedecer aos decretos reais fugiram ou morreram, Milhares foram sacrificados, e nessa conjuntura irrompeu a revolta dos Macabeus, repleta de atos heróicos. Os atos de bravura dos Macabeus acabaram por vencer, no final de 165 a.C., definitivamente, as bem equipadas e esplendidamente treinadas tropas Selêucidas. Antíoco, logo ao receber a notícia de que seus exércitos haviam sido irremediavelmente batidos, morreu de desgosto entre Elimaís e Babilônia. No vigésimo quinto dia de quisleu, de 165 a.C., Judas, o Macabeu, depois de purificar o templo (ou santuário), reconsagrou-o acendendo as lâmpadas do candelabro sagrado, oferecendo incenso no altar de ouro, levou oferendas ao altar dos sacrifícios e decretou que todos os anos o evento fosse comemorado, nascendo assim a ‘CHANUKAH’, festa da Dedicação – João 10:22”.
Vejam o que nos informa o dicionário Bíblico de J. Davis, sobre a festa da Dedicação: “Nome de uma festa anual, instituída por Judas Macabeu no ano 165 a.C. para comemorar a purificação e restauração do templo, três anos depois que havia sido profanado (aproximadamente 1150 dias, Dn.8:14) pela idolatria grega introduzida por Antíoco Epifanes, 1Macabeus 4:52-59)… Jesus compareceu a esta solenidade, pelo menos uma vez, quando pronunciou um discurso ao povo que concorria a Jerusalém, João 10:22. Os Judeus ainda celebram a festa da dedicação. O que podemos afirmar, com todas as convicções possíveis, é que o texto de Daniel sobre as 2300 tardes e manhãs, que correspondem a 2300 sacrifícios (Ed.3:3) ou há 1150 dias, se cumpriram literalmente na pessoa Judas Macabeus e na restauração do templo no ano de 165 a.C. Sobre Antíoco Epífanes, ninguém tem duvidas, dele ter sido um carrasco ao povo de Deus e um tipo de anticristo. Sabemos que o mesmo espírito que operou em Antíoco, operou em Hitler, Sadan Husen e operará no próprio líder mundial que se levantará para governar as nações. Sobre o uso desses supostos 2300 dias para calcular a volta de Jesus, os Adventistas foram extremamente infelizes, pois não acreditaram na Palavra de Cristo. Queremos deixar os seguintes textos a todos os que se atreveram e se atreverão a calcular a volta de Jesus Cristo: “Então os que estavam reunidos lhe perguntavam: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino de Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusividade”.(Atos 1:6,7); “As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus”(Dt.29:29).
A PONTA PEQUENA DO LIVRO DE DANIEL CAP.8 VRS.9
Talvez alguém possa se indagar sobre qual a importância de se saber qual ou quem era a ponta pequena de Dn. 8:9 que diz: “Ainda de um deles saiu um chifre pequeno, o qual cresceu muito para o meio dia, e para o oriente, e para a terra formosa” (ARC)? É claro que para qualquer cristão isso não é de tão crucial importância, mas para a Igreja Adventista sim, pois partindo do Cap. 8 de Daniel eles desenrolam uma teoria na qual chegam ao ano de 1844, dia que, segundo eles, Jesus Cristo mudou de lugar no céu e hoje está terminando a obra de salvação realizando o que eles chamam de “Juízo Investigativo” para ver quem será salvo. Por isso esse pequeno detalhe é muito importante para os adventistas, sendo que se a ponta pequena de Dn. 8 tem que ser o Império Romano para que a teoria adventista se encaixe. É uma pena que essa teoria seja tão frágil a exegese e aos estudos históricos, pois caso queiram sustentar essa tese os adventistas terão que fazer uma afirmativa não histórica afirmando que do império Grego-Macedônio surgiu o império Romano e isso não é fato nem bíblico e nem histórico.
O Chifre Pequeno:
Diz-nos o texto: “Ainda de um deles saiu um chifre pequeno, o qual cresceu muito para o meio dia, e para o oriente, e para a terra formosa” (dN.8:9 – ARC). Isso significa que de uma das ramificações do reino grego-macedônio deveria se levantar uma ponta ou um rei que se voltaria contra a “TERRA FORMOSA” ou Jerusalém. Todos os teólogos e historiadores que estudam Daniel são praticamente unânimes nessa questão ao admitirem ser essa ponta pequena o rei Antíoco Epifânio, embora a maioria acredita que Antíoco é um tipo de anticristo que ainda virá.
Poderia Roma ter emergido da Grécia?
A problemática de que essa ponta possa ser Roma é muito grande, pois teríamos de admitir que Roma emergiu da Grécia, o que seria uma inverdade absoluta. Isso é tão complicado que, ainda que inconsciente, é admito até pelo teólogo adventista que diz: “… O Chifre pequeno saiu de um dos Chifres do bode (Grécia). Como se pode dizer isso de Roma?”. Realmente não se pode dizer isso de Roma, pois não há evidência alguma de tal fato. Veja o que nos diz certo professor de história: “Na realidade, há evidências de que o Império Romano não saiu do Império Grego; a origem dos imperadores romanos é totalmente independente da cultura grega” (Prof. Wilson A. Ribeiro). Ou seja, isso derruba qualquer tese que se possa querer fazer sobre essa questão. Isso é tão verdade que o historiador renomado Flávio Josefo, escritor do famoso livro “História dos Hebreus”, relata o seguinte dessa ponta pequena e da profanação do templo judaico pelas mãos de A. Epifânio: “… Como o profeta Daniel tinha predito, quatrocentos e oito anos antes, dizendo clara e distintamente que o templo seria profanado pelos macedônios” (Livro História dos Hebreus; Ed. CPAD; pg. 291- grifo meu). O autor achou tão precisa a evidência que disse ser clara e distintamente. É obvio que Josefo, que viveu na época dos apóstolos sabia bem melhor do que nós o que estava afirmando. Talvez ele tivesse em mãos evidências que hoje não existam mais com relação a Antíoco Epifânio, pois ele faz uma afirmação muito convicta. Além disso, há críticos do Livro de Daniel querendo ridicularizar a obra escrita pelo profeta de Deus. E sabe por que? Pelo fato de se encaixar tão perfeitamente na história secular e pelos seus acontecimentos previsto tantos séculos antes dos fatos. Muitos, por isso, acreditam que o autor do livro de Daniel seja um pseudo Daniel e não o profeta bíblico (veja livro: Daniel na Cova dos Críticos – Mcdowell).
O Dr. Archer, professor de línguas antigas e judeu convertido ao cristianismo diz: “… O leopardo de quatro asas dos capítulo 7 corresponde claramente ao bode de quatro chifres do capítulo 8; isto é, ambos representam o império grego que foi dividido em quatro depois da morte de Alexandre. A única dedução razoável a ser tirada é que existe dois pequenos chifres envolvidos nas visões simbólicas de Daniel. Um deles emerge do terceiro império e outro deverá emergir do quarto. Ao que parece, a relação é de tipo (Antíoco IV do terceiro reino)e antítipo (o anticristo que deverá surgir de forma moderna do quarto império). Esta é a única explicação que satisfaz todos os dados e que lança luz sobre Dn. 11:40ss, onde a figura do Antíoco histórico repentinamente se funde com a figura de um anticristo que virá no fim dos tempos”. Diz mais o Dr. Mcdowell: “O pequeno chifre do capítulo 7 derivou dos dez chifres do animal terrível representando o quarto império. Este pequeno chifre arranca três dos dez chifres. Em contraste, o pequeno chifre do bode foi quebrado e substituído por quatro outros. Essas são, evidentemente, representações diferentes, não pretendendo de maneira alguma reproduzir o primeiro reino, rei ou situação. Só as idéias preconcebidas mais obstinadas e praticamente ilógicas capacitam os críticos a equipararem esses dois pequenos chifres” (Daniel na Cova dos Críticos, pg. 34 – Ed. Candeia).
O QUE FEZ ANTÍOCO EPIFÂNIO?
Será que Antíoco se encaixa nas profecias do capítulo oito de Daniel? Vejamos:
- – É dito que essa ponta peque emergiria do império Grego ou de uma das divisões do império de Alexandre. Então, ela emergiu do império Grego? – Sim, Antíoco foi o oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C.
- – Ele se levantou contra o Egito, pois se diz que essa ponta também se levantaria para o sul? (vrs.9). Também esse fato foi registrado. Diz-nos Flávio Josefo: “A profunda paz (leia Dn.8:25) que Antíoco gozava e o desprezo que ele tinha pela pouca idade dos filhos de Ptolomeu, que os tornava incapaz de tomar conhecimento das coisas, fê-lo conceber a idéia de conquistar o Egito. Declarou guerra, e entrou no país com um poderoso exército; foi diretamente a Pelusa, enganou o rei Filopator, tomou Mênfiz e marchou para Alexandria, para se apoderar da cidade e da pessoa do rei. Mas os romanos declararam-lhe que lhe faria guerra… ele foi obrigado a abandonar essa empresa…” (História dos Hebreus, pág. 286 – CPAD – parênteses do autor). A profecia se encaixa em Antíoco apesar dele não ter mantido sua conquista por muito tempo. Alguns argumentam que ele teria de ter “…prosperado no que lhe aprouver…”(vrs.24). Entretanto, devemos notar que a ênfase não era o Egisto, mas a “Terra Formosa”.
- Teria Antioco prosperado no intento contra a Terra Formosa? Teria prosperado no engano? Teria ele profanado o Templo? – Infelizmente sim. Esse tipo do anticristo fez coisas terríveis contra os pobres Judeus. A História nos conta fatos terríveis e muito triste e doloroso. Flávio Josefo diz: Dois anos depois, no vigésimo quinto dia do mês que os hebreus chamam de Casleu e os macedônios, Apeleu, na centésima qüinquagésima terceira Olimpíada, ele voltou a Jerusalém e não perdoou nem mesmo aos que o receberam na esperança de que ele não faria nenhum ato de hostilidade. Sua insaciável avareza fez com que ele não temesse violar também a sua fé para Despojar o templo de tantas riquezas de que sabia estava ele cheio. Tomou os vasos consagrados a Deus, os candelabros de ouro, a mesa sobre a qual se punham os pães da proposição e os turíbulos. Levou mesmo as tapeçarias de escarlate e os linhos finos, pilhou os tesouros, que tinham ficado escondidos por muito tempo; afinal, nada lá deixou. E para cúmulo de maldade proibiu aos judeus de oferecer a Deus os sacrifícios ordinários, segundo sua lei a isso os obrigava. Depois de ter assim saqueado toda a cidade, mandou matar um a parte dos habitantes e fez levar dez mil escravos com suas mulheres e filhos, mandou queimar os mais belos edifícios, destruiu as muralhas, e construiu, na cidade baixa, uma fortaleza com grandes torres, que dominavam o templo e lá colocou uma guarnição de macedônios, entre os quais estavam vários judeus maus e tão ímpios, que não havia males que eles não infligissem aos habitantes. Mandou também construir um altar no templo e lá fez sacrificar porcos, o que era uma e das coisas mais contrárias à nossa religião. Obrigou então os judeus a renunciarem ao culto do verdadeiro Deus, para adorar seus ídolos, ordenaram que se lhes a construíssem templos em todas as cidades e determinou que não se passasse um dia, que lá não a se imolassem porcos. Proibiu também aos judeus, sob penas graves, que circuncidassem seus filhos e nomeou fiscais para vigiarem se eles observavam suas determinações, as leis que ele impunha, e obrigá-los a isso, se recusassem. A maior parte o do povo obedeceu-lhe, fê-lo voluntariamente ou de medo; mas essas ameaças não puderam impedir aos que tinham virtude e generosidade, de observar as leis de seus pais; o cruel príncipe os fazia morrer, por vários tormentos. Depois de os ter feito retalhar a golpes de chicote, sua horrível desumanidade não se contentava de faze-los crucificar, mas enquanto respiravam, ainda fazia enforcar e estrangular, perto deles, suas mulheres e os filhos que tinham sido circuncidados. Mandava queimar todos os livros das Sagradas Escrituras e não perdoava a um só de todos aqueles em cujas casas os encontrava. (História dos Hebreus, pág. 287 – CPAD).
Vejam o que nos diz certo comentarista sobre este assunto: “O vrs.9 identifica um agressor, um “chifre pequeno” ou uma “pequena ponta”. Os vrs.10-12 nos mostram que este inimigo e agressor atacará o Templo ou Santuário. O vrs.13, como já vimos, pergunta: “Até quando durará esse levante e profanação do santuário? Até quando vamos ficar sem o sacrifício costumado? E o vrs.14 responde: Até 2300 tardes e manhãs; e o santuário será purificado (ou como diz a Bíblia de Jerusalém – “Será feita justiça, justificado ou feito justo”, o que ocorreu através de Judas Macabeus). É lógico que o vrs.13 faz uma pergunta que é elucidada no vrs.14. Desvincular Dn. 8:14 deste clamor “Até quando?”(do vrs.13) significa estar exegeticamente falando um grande impropério. Não podemos ter ao mesmo tempo o contexto e a interpretação adventista. Portanto, alusivo ao “Juízo Investigativo” e a “doutrina do Santuário”, a Igreja Adventista teve de fazer uma escolha – Aceitar o contexto de Dn.8:14 de acordo com a Bíblia ou as doutrinas de E.G. White, e infelizmente eles escolheram a “pior parte” dessa teologia”. Por isso é muito mais seguro entender esta profecia como um fato ocorrido, mas que de alguma maneira se repetirá na pessoa do anticristo que virá sobre o mundo.
- Ele se engrandeceu até o exército dos céus?(vrs. 10). Sim, pois como já dissemos acima ele invadiu Jerusalém e atacou os judeus e seus exércitos. Diz nos o seguinte sobre isso o Dr. Antônio Gilberto: “Essa passagem parece ser uma referência aos sacerdotes e levitas, se compararmos o conteúdo dos vv.10 a 13. Sobre as estrelas, comenta a Bíblia de Jerusalém: “As estrelas são o povo de Deus – (Veja: Dn.12:3; Mt. 13:43; I Cor. 15:41).
- E) Ele se engrandeceu contra o príncipe dos exércitos?(Vrs.11) Também esse fato é ocorrido, pois isso é decorrente a invasão de Jerusalém. Veja o que nos diz o Dr. Baldwin em seu livro sobre Daniel: “Observe a expressão, ‘se engrandecia'(4), ‘se engrandeceu sobremaneira'(8), até que o orgulho mostrou o seu propósito último ao desafiar o príncipe tanto das estrelas como dos monarcas, o seu Criador e Deus. Este desafio tomou a forma de um ataque sacrílego ao Templo, tal como o que já uma vez havia tido lugar sob Nabudonosor. O sacrifício costumado (heb. Tãmîd): “o contínuo” é um termo técnico que se refere aos sacrifícios diários, da manhã e da tarde, prescritos em Ex. 29:38-42. Por esta única palavra todos sistema sacrificial é implicado. O lugar do seu santuário foi deitado abaixo representa uma boa tradução do estilo enigmático do escritor, com seus pronomes e preposições ambíguos. A palavra – lugar (mãkôm) – é reservada para habitação de Deus (cf. I Rs. 8:30 – o céu, lugar da tua habitação – II Cr. 6:2 – O TEMPLO). Um ataque ao local reservado para o culto a Deus equivale a um ataque ao próprio Deus. Ou seja, Epifânio afrontou o grande Jeová Sabaot (Senhor dos Exércitos).
- F) Epifânio foi especialista em intrigas? Sobre isso comenta o seguinte o Dr. Walvoord em seu livro “Todas as Profecias da Bíblia” Ed. Vida: “Daniel descreveu o governante nesta profecia como um rei feroz catadura e especialista em intrigas (vrs.23). Ele afirmou: Grande é o seu poder, mas não por sua própria força (fato que não se pode dizer de Roma que era grande e poderosa por si mesma)… A descrição aqui apresentada deste ímpio governante é muito semelhante ao que a história e a Bíblia registram com respeito a A. Epifânio. Ele teve grande poder sobre a Terra Santa e a Síria e, por algum tempo, exerceu sua autoridade sobre o Egito, até que foi obrigado a retirar-se de lá… Profanou Jerusalém e devastou o culto dos hebreus…”. Diz ainda o Dr. Stamps: “Usurpou o trono que por direito pertencia a Demétrio… Assassinou o sumo sacerdote Onias em 170 a.C… Seus tratados com outras nações eram eivados de intriga e engano. Apoiou Ptolomeu Filométor contra Ptolomeu Evérgetes por motivos egoístas. Atacava de improviso cidades ricas em tempo de paz. Seus ataques ao Egito foram bem sucedidos por que os que deviam ajudar o Egito não o fizeram, e Antíoco regressou à Síria com grandes riquezas”.
- G) Ele foi quebrado sem mão?
Sim, esse maligno monarca morreu de tanta infelicidade e tristeza. Diz Flavio Josefo: “O rei Antíoco morre de tristeza por ter sido obrigado a levantar vergonhosamente o cerco da cidade de Elimaida, na Pérsia, onde ele queria saquear um templo consagrado a Diana e a derrota de seus generais, pelos Judeus”. (História dos Hebreus; Pág.292 – CPAD).
- H) Ele se envolveu com adivinhações (vrs. 23)?
Na verdade A. Epifânio nasceu no mais absoluto marasmo religioso pagão e não só em adivinhações, mas em todos os tipos de rituais pagãos de sua época. Ele foi um absoluto anticristo ou anti-Deus do V. T. É por isso que sua figura é tão parecida com o do vindouro Anti-Cristo apocalíptico.
POR QUE ROMA NÃO PODERIA SER ESSA PONTA DE DN.8:9?
- Como já dissemos o Império Grego nada tem haver com o Império Romano (Como dizem os Adventistas) e não se pode dizer de forma alguma que o império Romano saiu do Grego. Quem argumenta isso o faz sem base histórica e, por conseguinte diz uma inverdade.
- E dito que essa ponta “se fortalecerá, mas não pelo seu próprio poder”. Já Roma é conhecida pelo seu grandessíssimo poder militar e tudo que Roma conquistou foi com forças próprias.
- A ponta de Dn.8:9 se refere a uma pessoa e não a um império.
HÁ CONEXÃO ENTRE DANIEL CAP.8 COM AS 70 SEMANAS PROFÉTICAS DO CAP.9?
– Afirma o escritor adventista: “Que visão é (veja Dn.9:21 – …na minha visão ao princípio), não há dificuldade em determinar. Natural e obviamente se refere à visão que não foi plenamente explicada a Daniel e para a qual Gabriel chama sua atenção no versículo anterior, a visão do cap.8″(As Profecias de Daniel, U. Smith, p.158, parênteses nosso). Aqui percebemos a preocupação do Sr. Smith em fazer uma conexão mirabolante entre as visões do capítulo 8 e 9 de Daniel e assim fundamentar a doutrina adventista, mas observe o vrs.21 que diz: “…o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio”. A questão é: Quando se iniciaram as visões de Daniel? A resposta está no cap.7, onde Daniel teve a sua grande visão. Nessa grande visão Daniel ficou com muitas duvidas; “Cheguei-me a um dos que estavam pertos, e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isto. E ele (provavelmente Gabriel) me disse, e fez-me saber a interpretação das coisas” (Dn. 7:16, parêntese nosso). Apesar de Daniel haver dito que “o ser” lhe fez saber a interpretação, no contexto é nos mostrado que ele não tinha assimila tudo muito bem e que ainda havia dúvidas no seu coração. “Aqui findou a visão. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me espantavam, e mudou-se em mim o meu semblante; mas guardei estas coisas no meu coração” (Dn.7:28). O cap.8 de Daniel é o mais claro de todos nesse livro profético, pois é citado claramente as interpretações, tais como; O Carneiro com duas pontas – Os reis da Media e da Pérsia, O Bode e sua ponta notável – O rei da Grécia (Alexandre – O Grande). O cap.8 é de fácil entendimento e se encaixa perfeitamente na história secular. Agora, se o vrs.14 se refere ao santuário celeste (como afirmam os adventistas), onde entra os impérios citados? E Antíoco, o rei que perseguiu e profanou o templo no ano 168 a.C.? Como vemos um erro necessita de outro e um abismo chama outro. O fato é que as profecias de Daniel cap.9 se encaixam perfeitamente no cap.7, onde o anticristo(7:8) é descrito claramente e na última semana de Daniel(9:27), que na escatologia bíblica (Dn.9:27 compare Mt.24:15) ainda ocorrerá, tentará fazer uma aliança com os Judeus e restituirá os costumes judaicos, mas depois de três anos e meio desfará os seus acordos e eliminará novamente o sacrifício e a oferta de manjares (O Livro de Daniel é escrito fora de ordem cronológica). O que queremos deixar claro com a explicação acima é: 1) – O texto de Dn.8:14 não poderá ser entendido fora do seu contexto, o qual foi bem esclarecido pelo próprio profeta; 2) – A visão do cap.7 é um grande mistério e para os tempos do fim, quando tudo for consumado e os santos possuírem o reino para sempre (7:22); 3) – As 70 semanas de Anos devem ser contadas a partir do decreto de Artarxerxes (445 a.C.) dado a Neemias para reconstrução dos muros e término da cidade em duas etapas: a) sete semanas – a reconstrução da cidade(Dn.9:25), b) – sessenta e duas semanas – será tirado o messias(a morte de Cristo na Cruz) – (Dn.9:26), c) – a última semana (Dn.9:27) – fala de um acordo ou concerto entre os judeus e o anticristo, que findará com o rompimento e a profanação do templo e perseguição ao judeus(isso ocorrerá após o arrebatamento da Igreja). (Para se entender melhor este assunto leia o livro: “Daniel e Apocalipse” A.Gilberto, Ed. CPAD).
O Juízo Investigativo
Talvez o leitor se indague: “o que é Juízo Investigativo”? E essa indagação é correta, pois tal doutrina não é bíblica e menos ainda a frase “Juízo Investigativo”. A verdade sobre essa doutrina é, que os Adventistas antigos, para suster a doutrina da pseudovolta de Cristo, que não aconteceu, inventaram tal doutrina. O Adventista Hiram Edson afirmou, após o dia 22 de outubro de 1844, que Jesus havia voltado mesmo, mas não como G. Miller havia afirmado, mas que Ele tinha mudado de compartimento no “Templo celeste”, ou seja, saído do “santo lugar” e entrado no “santíssimo”. A verdade é que essa doutrina é um paliativo, uma desculpa esfarrapada para justificar o dia que nada acontece – o dia 22 outubro de 1844.
Para encerrarmos o assunto, vejamos agora o que dizem o Dr. Paulo Romero e o Pr. Nataniel Rinaldi:
Vejam a afirmação adventista: “Antes que se complete a obra de Cristo parra a redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de sua solene obra – purificar o santuário”(Livro Adventista: O Conflito do Século, p.421). “Destarte os que seguiram a luz da palavra profética viram que, em vez de Cristo vir à terra, ao terminarem em 1844 os 2300 dias, entrou ele então no lugar santíssimo do santuário celeste, a fim de levar a efeito a obra final da expiação, preparatória à sua vinda”(Ibid.,p.421).
Refutação:
Até onde a Bíblia permite, constata-se que os Adventistas estão errados em pelo menos três pontos: o tempo, o lugar e a obra de redenção.
- tempo: Mesmo seguindo sua forma de interpretar a profecia, a data mais provável para o início de contagem dos (supostos) 2300 ano de Daniel 8:13-14 seria 445 a.C.(Cf. Ne.2:1-8; Dn.9:25), e não 457 a.C. (Meditação Matinais, 1970, p.165; cf. Ed.7:11-26).
- Lugar: Jesus adentrou o santuário celestial, isso inclusive o lugar santíssimo, quarenta dias após a sua ressurreição(At.1:3), e não em 22 de outubro de 1844. A epístola aos Hebreus, escrita por volta de 63 a.C., já declarava ter Cristo entrado no santo dos santos, vejamos: “a qual temos por âncora da alma, segura e firme, e que penetra além do véu, aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb.6:19,20). “não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no santo dos santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção” (Hb.9:12). “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mão, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus”(Hb.9:24). Leia também: Hb.7:23-28; 8:1,2; 9:1-14; 10:19,20; compare com Êx.26:33; Lv.16:2; Nm.7:89; I Sm.4:4; II Rs.19:15)
- Redenção: A obra de redenção foi realizada de uma vez por todas na cruz; não ficou incompleta. Quando Cristo subiu ao céu ela estava definitivamente terminada(Hb.1:3; 7:25; 9:24-28;). Disse Jesus em um forte brado: “Esta consumado”(Jo.19:30).(Obs: houve alguns acréscimos nessa observação).
Esperamos que as verdades aqui contidas possam lhe ajudar de maneira a elucidar as suas dúvidas. Que a graça de Deus repouse sobre a sua vida e que você cresça na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo,
BIBLIOGRAFIA
· Revista Defesa da Fé – ICP.
· Desmascarando as Seitas Natanael Rinaldo e Paulo Romero – CPAD.
· Heresiologia – EETAD.
· Daniel e Apocalipse – EETAD.
· O Templo dos Últimos Dias – Ed. Chamada da Meia Noite.
· Todas as Profecias da Bíblia – J. Walvoord – Ed. Vida.
· Um Novo Mundo – Balbach – Ed. Verdade Presente (Livro Adventista).
· O Grande Conflito – EGW – Ed. Casa (Livro Adventista).
· As Profecias de Daniel – U. Smith – Ed. Vida Plena (Livro Adventista).
· O terceiro Milênio – Alejandro Bullón – Ed. Casa (Livro Adventista).
· Estudos Bíblicos – Doutrinas Fundamentais – Ed. Casa (Livro Adventista).
· A Um Passo do Armagedom – EGW – Ed. Vida Plena (Livro Adventista).
· O Futuro Decifrado – EGW – Ed. Verdade Presente (Livro Adventista).
depois deste “migué” no povo em 1844, um amigão de eg-white, um tal de Pr. Israel Dammon (milerita) foi processado pelo estado do Maine EUA por estas atividades fanaticas.
https://en.wikipedia.org/wiki/Israel_Dammon_trial
[EG-White] …Fui a suas reuniões. Havia excitação, com ruído e confusão. Não se podia distinguir uma coisa da outra … Outros pulavam, dançavam e gritavam. (Mensagens Escolhidas , vol. II, p. 34).
uma charge da epoca mostrando a tal de reunião depois da “grande decepção” onde se entregaram a uma histeria coletiva de grupo. vejam ao fundo do salão, saiu até “beijocas”.
http://4.bp.blogspot.com/-1HgHGjITI6c/UBQg_HlBN9I/AAAAAAAAItk/B5QQyKqVgPk/s1600/JULGAMENTO+DE+ISRAEL+DAMMON.jpg
A associação de EG-WHITE com Israel Dammon e enquanto a maioria Millerites havia rejeitado sua experiência passada, ele estava entre um punhado de líderes que ainda acreditava que a profecia bíblica tinha sido cumprida em 1844 – um dos os poucos que iria continuar na visão.
Cada absurdo…
esses adventistas na minha opinião eles são patéticos
Não fale assim, somos seus irmãos em Cristo. Se temos uma visão microscópica dos acontecimentos vindouros, não é para nossa glória mas para a glória de Jesus. Ele virá! e Eu já posso ouvir as trombetas. Nosso mestre vem nos buscar. Alguns textos. Mateus 24:27; João 14:1-3. Mateus 24:30.