QUANTO MAIOR O ESTADO, MAIOR A CORRUPÇÃO
Em junho de 2013, o Brasil viu eclodir nas ruas grandes manifestações contra a corrupção. O estopim foi o aumento de R$0,20 nas passagens de ônibus de São Paulo. Começaram com protestos do MPL – Movimento Passe Livre, e acabou tomando proporções que saíram do controle de seus idealizadores. Isso tudo aconteceu em meio à disputa da Copa das Confederações, pois enxergando o contraste entre os caríssimos e luxuosos estádios que o Governo construiu para a Copa do Mundo e a má qualidade dos serviços públicos, o povo saiu revoltado às ruas para exigir os seus “direitos”.
Porém, naqueles dias, foi curioso acompanhar os vários pedidos desordenados que apareciam: “mais saúde”, “mais educação”, “mais transporte público”, “mais isso”, “mais aquilo”… Sem perceber, todos estavam pedindo mais daquilo que era a grande fonte dos problemas: o Estado, com toda sua corrupção e ineficiência. Criaram um interessante paradoxo ao pedirem uma dose ainda maior daquilo contra o qual estavam protestando.
De lá para cá, com a descoberta dos desvios e fraudes na Petrobrás, no Carf, nos fundos de pensão do Correio, no programa Minha Casa Minha Vida (apenas para citar alguns), temos a percepção de que há hoje uma epidemia de corrupção no Brasil. O resultado disso é que alguns setores da sociedade civil estão começando a repensar a necessidade de o Estado estar operando em tantas áreas diversas.
O brasileiro está compreendendo melhor que a corrupção é proporcional ao tamanho do Estado, gerador natural de oportunidades para os agentes políticos e servidores públicos se desvirtuarem em benefício próprio. Em outras palavras, quanto maior o Estado, maior a corrupção.
A Petrobrás, que tem se tornado símbolo de um governo corrupto, pode ser considerada o exemplo mais didático para demonstrar que um Estado gigante, inevitavelmente, se transformará em uma fonte igualmente gigantesca de apropriação indevida do erário. Na iniciativa privada, as próprias empresas pagam pelas consequências de seus erros. Por isso, nunca veremos um gestor deixar sua empresa ser roubada por dez anos com a alegação de que não demitiu ninguém porque nada percebeu, tal qual aconteceu na petrolífera estatal. A Petrobrás é a prova de que esse tipo de absurdo só acontece no Estado e nos negócios geridos por ele, pois, sendo o prejuízo da má gestão pago pelo povo, e não pelo agente administrativo, o cuidado sobre sua gestão tende a ser mais relapso e menos comprometido.
Como defensores da liberdade e da responsabilidade individuais, não podemos deixar de destacar que a corrupção não pode ser encarada com um fenômeno abstrato, vez que ela é executada por pessoas. Destarte, a única maneira de se combater a corrupção já praticada é punir o corrupto. Por outro lado, a maneira mais eficiente de se preveni-la é diminuir o tamanho do Estado.
O Estado mínimo sempre será mais barato para o povo: exigirá menos cobrança de impostos, e a chance de o cidadão comum ter de pagar por erros políticos reduz-se drasticamente.
Estamos em uma época muito oportuna para expressarmos nossas ideais de um Estado pequeno, que não atua onde a sociedade civil pode atuar, e que deve se preocupar apenas em garantir segurança para a população poder trabalhar e produzir em paz.
Extraído do link http://www.vistadireita.com.br/blog/quanto-maior-o-estado-maior-a-corrupcao/ em 17/04/2015