Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho”. (João 4.35-38)
A colheita
Numa safra seja ela de cana ou de grãos é fundamental que se planeje antecipadamente os rumos da colheita. Ao fazer o planejamento da colheita, separa-se a área que será colhida primeiro, para isso deve-se observar se os frutos que serão colhidos já amadureceram o suficiente para ser apanhados.
Após ser feita a demarcação do território a ser colhido monta-se uma frente para fazer esse serviço. Uma frente é uma equipe devidamente coordenada e supervisionada. As máquinas são trazidas para o campo e então se dá início ao serviço. As máquinas não trabalham de modo aleatório no meio da lavoura. Não. Elas devem obedecer à regra de talhões ou lotes. Um talhão ou lote é um espaço devidamente demarcado onde há um plantio estratégico. É como se fosse um lote urbano, isto é, um quarteirão.
Todo o talhão ou lote deve ser exaurido, planta a planta é colhida. Nada pode ficar para trás. Quando colhida, a cana ou sementes, são depositadas dentro de caminhões equipados para aquele fim, quando alguma parte do que foi colhido cai, não fica para trás. Há uma pessoa cuja função é recolher tudo o que caiu e cuidar para que o que caiu fora do transbordo tenha o mesmo fim que todo o resto que foi colhido sem qualquer problema.
O plano
Esse cenário de produção e colheita nos conduz a uma reflexão sobre o serviço do Reino de Deus. Podemos usar a metáfora da colheita e dizer que os líderes cristãos, os plantadores de igrejas e os crentes em geral que se envolvem na obra da evangelização do mundo são na verdade colhedoras. Que devem colher casa por casa, rua por rua e cidade por cidade em todo o mundo.
Então aprendemos com esta metáfora que precisamos nos planejar para que a nossa evangelização seja estratégica, precisa e proposital. A evangelização não pode ser um ato feito às cegas. Precisamos desenvolver o evangelismo com rigor e propósito para que tenhamos resultados positivos e que somarão na expansão do Reino de Deus. Com muita oração e perseverança devemos nos preparar para alcançar as cidades do estado e os estados do país.
Mas não é de qualquer jeito que faremos isso com êxito, precisamos ter disciplina, perseverança e estratégias. É sábio que nos debrucemos sobre o mapa da cidade, do estado ou do país e aí tracemos (torno a dizer com muita oração) planos e metas mensais, anuais e bienais para alcançarmos cada território.
Cada pessoa no mundo, seja homem ou mulher, adulto ou criança é uma planta semeada por Deus no mundo, mas que deve ser colhida pela igreja. Jesus disse: “Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa”. Quando chega o tempo da colheita e os frutos não são colhidos, antes são deixados nos campos algumas coisas ruins podem ocorrer a lavoura:
As pragas devoram
Quando chega o tempo da colheita, é necessário que uma mobilização seja feita a fim de que tudo o que foi plantado seja colhido. Há pragas diversas que sentem o aroma das plantas e são atraídas com o intuito de consumir toda a lavoura. Da mesma forma, caso a igreja negligencie a obra da colheita evangelizadora do mundo, Satanás se utilizará de parasitas como as seitas, o mundanismo e o pecado para devorarem toda a lavoura de Deus que são as vidas por Ele plantadas no mundo. Jesus disse que o campo é o mundo. Cada um de nós somos individualmente colhedoras de Deus, máquinas de colheita criadas por Deus para ceifarmos as almas.
A igreja tem negligenciado tanto a obra da evangelização que a palavra “ceifar” que significa colher quando é usada geralmente o é para designar a obra do diabo. As pessoas falam “almas estão sendo ceifadas pelo Diabo todos os dias”. Em outras palavras admitimos que o Diabo tem sido melhor colhedor do que nós. Permaneceremos inertes e admitiremos que continue sendo assim?
Os frutos apodrecem
Quando passa do tempo de ser colhido, o fruto vai, aos poucos secando, murchando e apodrecendo. Um fruto podre para nada serve. Quando falo em frutos podres estou me referindo àquelas pessoas que morrem sem jamais terem sido alcançadas pela pregação do evangelho. Pessoas preciosas para Deus que pereceram iludidas pelas mentiras que seus pais e avós lhes contaram. Dentro e fora do Brasil há vidas que carecem de Deus tanto quanto o mar precisa da água e a vida precisa do ar. Como ouvirão sobre Jesus se há quem pregue? E como pregarão se a igreja não enviar os que Deus já chamou e vocacionou? Até quando as igrejas assistirão passivamente o apodrecimento dos frutos maduros? Os campos estão prontos, já estão brancos para a colheita, mas quem ceifará?
Pessoas com más intenções invadem e danificam a plantação
Não é raro vê plantações ardendo em fogo. Na maioria das vezes esse fogo não é fruto do calor extremo ou da baixa umidade. Pessoas ruins costumam incendiar canaviais e lavouras apenas pelo prazer de vê o dono da plantação sofrendo perdas. No mundo, quando a igreja não colhe as lavouras de Deus, outros invadem e danificam. O fogo do pecado, do mundo e do Diabo tem ardido diariamente e assolado numa velocidade cruel e avassaladora os campos brancos. Os escândalos dos falsos ministros, o charlatanismo de homens do Diabo que se autodenominam homens de Deus tem feito o mundo arder mesmo sem ter sido colhido. É necessário que a verdadeira igreja e os verdadeiros ministros se apressem, os campos brancos correm sérios perigos, por isso têm pressa. Se nosso amor pelos perdidos não arder agora, esses perdidos arderão nas chamas eternas!
A vontade do agricultor não se realiza quando pessoas erradas fazem a colheita
O desejo de Deus é que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade (I Timóteo 2.3,4). Deus sonha com o dia em que a terra será cheia do conhecimento da sua glória na mesma proporção em que as águas cobrem o mar (Habacuque 2.14). Quando aqueles a quem é de direito colher não colhem, outros colhem, mas não com as mesmas intenções.
O diabo colhe e leva para o celeiro do inferno, o mundo colhe e armazena as vidas por quem Jesus morreu nos depósitos da depressão, do homossexualismo, do prazer momentâneo. Sempre haverá alguém para colher, mas nem sempre colherão para o bem da lavoura. Não podemos cruzar os braços enquanto as tropas malignas das falsas religiões usadas pelo Diabo avançam invictas pelos campos de Deus. Eis a hora de levantarmos os pendões e seguirmos avançando enquanto declaramos que por Deus e pelo evangelho nós não nos calaremos.
Em Atos 1.8 Jesus disse que os cristãos receberiam poder para se tornarem suas testemunhas, em outras palavras, ao receber o Espírito Santo, cada crente ou ministro se torna uma máquina de colheita nas mãos de Deus. Mas se cada ministro ou cristão é uma colhedora, porque há tão poucos colhendo, embora a vastidão do mundo não alcançado seja tão larga? A resposta para essa questão pode ser dada por meio de uma observação feita no próprio cenário do campo.
O que leva uma colhedora a estagnar
Num campo de colheita por vezes é possível perceber máquinas de colheita paradas, estagnadas e improdutivas. Olhando para o cenário campestre e entendendo o que leva uma máquina de colheita a parar mesmo diante da vastidão dos campos aptos para a colheita, podemos compreender também o que nos leva a parar quando temos do Senhor da seara a ordem de avançar. Há algumas razões especificas pelas quais as máquinas param, precisamos identificá-las e depois focar na solução desses problemas. Toda parada é motivada por alguma razão, nenhuma estagnação é sem motivo. Se esses problemas não forem identificados, eles jamais poderão ser solucionados.
Manutenção mecânica
Quando uma máquina de colheita quebra, obrigatoriamente ela precisa parar e receber manutenção. Peças precisam ser repostas, substituídas. A manutenção é fundamental porque sem ela a máquina perde toda a sua utilidade. Uma colhedora quebrada por muito tempo, pouco a pouco perde sua funcionalidade e acaba se tornando um amontoado de ferro velho ocupando espaço inutilmente. Sem manutenção, por mais cara que tenha sido a máquina de colheita ela perde todo o seu valor.
Semelhantemente, muitos cristãos foram atraídos a Cristo, imergidos em seu Espírito e capacitados para cumprir a missão da evangelização mundial e hoje estão parados, sem exercer qualquer função no Reino de Deus. Temos alguns exemplos disso na Bíblia.
A primeira pessoa que nos serve de exemplo disso é o rei Saul. Esse homem foi ungido por Deus para uma missão especial. Cabia a Saul governar o povo de Deus, zelar pelo bem da nação, ser o pastor da nação judaica, mas aos poucos o coração de Saul foi traindo sua fé em Deus. Ele cedeu à hipocrisia espiritual e ministerial e chegou a um ponto em que Deus o reprovou totalmente.
Em outras palavras Saul quebrou e quando um ministro quebra, ele é obrigado a parar, ele não consegue avançar ainda que queira. Assim também nos dias atuais muitos servos de Deus estagnaram porque aborreceram ao Senhor, obedeceram mais aos seus corações do que ao Senhor.
Preferiram ser influenciados pelas coisas erradas, pelas pessoas erradas. Estão quebradas, estacionadas e sem perspectiva de mudança ou avanço. Deus ainda deseja usar essas pessoas, mas não sem antes tratá-las, consertá-las e trocar peças danificadas como coração insubmisso, vã glória ou caráter maculado. Outro personagem bíblico que pode ser comparado a uma máquina de colheita quebrada é Judas Iscariotes, ele foi escolhido com os outros onze, teve experiências com eles, curou enfermos, expeliu demônios e andou lado a lado com o Senhor Jesus, mas em algum momento da sua caminhada, ele quebrou. Ao quebrar deixou de produzir frutos no Reino e deixou de cooperar com a glória de Deus.
Infelizmente Judas Iscariotes se tornou um símbolo de todas aquelas máquinas de colheita de Deus que depois de quebradas, optam por não serem consertadas e acabam enferrujando e sendo jogadas no lixo do ferro velho.
Um dia Jesus contou uma parábola acerca de uma figueira que mesmo tendo sido plantada num bom solo, jamais produziu nada senão folhas.
Essa figueira trouxe grande indignação ao dono da terra que já por alguns anos vinha a ela procurar frutos, sem nunca achar. Ele sugeriu que ela fosse cortada, mas o jardineiro sugeriu que mais um tempo fosse dado, uma nova oportunidade fosse dada aquela árvore. E assim foi feito. Essa figueira somos nós e só saberemos se ela produziu ou não fruto quando Jesus voltar. Se em nossas mãos houverem frutos, teremos honrado ao Senhor e terá valido a pena sua nova chance. Na metáfora da Videira Verdadeira, Jesus disse que seu Pai é glorificado quando os ramos Nele contidos dão muitos frutos.
Que todos nós possamos render muitos frutos no Reino de Deus. O cristianismo é feito por gente frutífera: temos que produzir frutos dignos de arrependimento, o fruto do Espírito e frutos com abundância. Jesus disse que os autênticos servos de Deus são conhecidos pelos frutos que produz. Se você está quebrado, improdutivo no Reino de Deus, Ele te faz saber hoje o quanto Ele quer trazer concerto e restauração para sua vida, para sua fé e para o seu ministério.
Aceite a manutenção que Deus quer fazer em sua vida. Abra mão das peças velhas, quebradas e enferrujadas e receba as peças novas que Deus tem para repor em você. Você pode ter feito muita coisa no passado e pode está parado, inútil aos interesses de Deus, mas esse não é o plano de Deus para você, Ele quer que você produza em seu Reino até mesmo na sua velhice. Não importa quão sucateado você ou o seu ministério esteja, Deus tem peças novas que farão de você uma colhedora nova, apta para produzir com abundancia no Reino de Deus.
Falta de operador
Nos campos, colhedoras também ficam estagnadas e improdutivas pela ausência de operador que possa assumir o controle da máquina de colheita. Mesmo com toda a tecnologia e a agilidade típicas das máquinas de colheita, o fator humano ainda é de capital importância, sem este recurso humano as máquinas ficam paradas e improdutivas por melhores, mais evoluídas e novas que sejam. As máquinas não são autônomas, elas dependem do fator humano. Sozinhas elas são inúteis e incapazes de produzir qualquer colheita.
No mundo missionário as coisas seguem o mesmo caminho. Muitas pessoas têm desejo de fazer algo relevante dentro do Reino de Deus, elas têm talentos, dons, chamada ministerial, só lhes falta uma coisa: ter Jesus na direção de suas vidas. Jesus não é o operador daquelas pessoas cheias de si mesmas. Pessoas ensimesmadas, controladas pelo próprio ego não podem ser operadas pelo Senhor.
Pessoas operadas pelo pecado, pelo mundo e pelo diabo também não podem ser operadas por Jesus. Nossa vida tem uma cabine única com um único painel de controle, não uma cabine dupla com dois comandos. Infelizmente as igrejas evangélicas estão repletas de pessoas desse tipo. São pessoas que conhecem a verdade de Deus, mas por alguma razão não querem fazer de Jesus seu Senhor. Estão encostadas, estagnadas e improdutivas porque lhes falta o OPERADOR JESUS. Sem Jesus é impossível fazer missões.
Se qualquer obreiro alcançar sucesso em sua missão mesmo sem está totalmente rendido a Cristo, tenha certeza de que a missão que ele fez não foi para Deus! Ele pode ter feito à missão da denominação, da igreja local ou da agencia que lhe enviou, mas não a missão de Cristo. Jesus enfatizou claramente esta verdade ao afirmar: “sem mim, nadas podeis fazer “. Precisamos de Jesus para fazer a vontade do Pai. O mesmo Senhor Jesus nos disse: “Aprendei de mim”.
Só alcançaremos o sucesso que Jesus alcançou se nos dispusermos a tê-lo como o condutor das nossas vidas e ministérios. Sendo Ele o operador dessa colhedora que sou eu e que é você, sem sombra de dúvida daremos muita produção no Reino de Deus. Seja a colhedora na qual Jesus opera e assim, muitas vidas serão colhidas para o celeiro do Grande Deus.
Necessidade de abastecimento
Nenhuma colhedora pode produzir estando em falta de diesel. Os motores das colhedoras carecem de abastecimentos periódicos. A vitalidade das máquinas lhes é concedida mediante o abastecimento diário que elas recebem. Os comboios vão à lavoura, e lá depositam combustível que dará força e capacidade para que cada colhedora continue seu trabalho de produção. Se o abastecimento faltar, a colhedora obrigatoriamente para, não por opção, mas por incapacidade de continuar sua obra. Assim também ocorre com a vida dos missionários. Na Bíblia o Espírito Santo é comparado com o óleo, esse óleo ou unção é justamente o que dá vitalidade e capacidade aos obreiros para que continuem nos campos do mundo colhendo as vidas ameaçadas de perdição. Sem a presença, a unção, os dons e o poder do Espírito Santo, nós estaremos totalmente vazios, por isso não conseguiremos continuar colhendo. É esse maravilhoso Espírito quem nos abastece de força para continuarmos por mais árdua que seja a obra missionária.
É esse santo combustível que nos capacita a colher vidas em locais onde a maioria das pessoas em perfeito juízo não ousa colher. Assim como não pode haver obra missionária autentica sem Jesus, a mesma também não existe sem o Espírito de Deus. É possível vê obreiros, jovens, homens e mulheres cheios de desejo de ver o reino avançar, mas sem qualquer poder para trabalhar nesse propósito, é evidente que lhes falta o diesel celestial, a presença do Espírito Santo.
Jesus prometeu aos seus apóstolos que eles receberiam poder, quando o Espírito Santo viesse sobre eles e lhes disse também que eles fariam uma grande colheita de vidas em Jerusalém, na Judeia, em Samaria e até aos confins da terra. Se o Espírito Santo, o diesel de Deus, não tivesse abastecido aqueles homens, a igreja não existiria mais. Mas porque eles foram cheios, isto é, totalmente abastecidos, eles pregaram com ousadia e o Reino avançou por vinte séculos e prossegue avançando.
A colheita não terminou, ainda há muito que colher; por isso temos que manter o ritmo, devemos manter o processo acelerado. As engrenagens precisam continuar lubrificadas, prontas para se mover, para colher, para produzir, para avançar. Não podemos diminuir o ritmo de crescimento do Reino e para mantermos o Reino em crescimento e continua avanço uma coisa deve ser feita: devemos ser cheios do Espírito Santo em nossa geração.
Sendo transportada
Algumas vezes as máquinas de colheita são deslocadas de um local para outro a fim de continuar ali a colheita, mas dependendo de alguns fatores como distância e meios de transporte, ela passa muito tempo parada. Enquanto a máquina de colheita está sobre o caminhão que lhe transporta, ela não está produzindo nada. Existe algo que em muito se assemelha a uma colhedora estacionada sobre um caminhão em movimento: a inconstância de muitos obreiros.
São pessoa que apesar de estarem debaixo de uma ordem divina: ide. Eles são como uma montanha russa: hora estão em cima, hora estão em baixo. Essa instabilidade prejudica o ritmo do Reino, pois quebra processos importantes. É comum encontrarmos trabalhadores que começaram uma obra e quando a mesma começou a desenvolver-se, eles deixaram tudo sem qualquer ordem expressa de Deus e abandonaram as fileiras dos obreiros do Reino.
Na atualidade são muitos os que correm das fileiras dos que promovem o Reino de Deus para as fileiras dos que promovem o reino dos homens. São pastores e obreiros que deixam os rebanhos e os campos para exercer uma profissão secular. O reino tem urgência e a obra de Deus não pode ser feita apenas com as sobras de tempo que restam das tarefas seculares. Inconstância e desvios não são permitidos a uma máquina de colheita que quer continuar produzindo com abundancia para ver o Reino sendo cheio por uma tão grande quantidade de vidas salvas.
Somos desafiados pelas palavras de Josué: “escolhei hoje a quem sirvais” lembrando-nos do que Jesus afirmou: “não podeis servir a dois senhores” . O autor aos Hebreus nos afirma que devemos correr com perseverança a carreira que nos foi proposta e ele mesmo nos assegura que a carreira é possível de ser completada uma vez que temos a rodear-nos uma tão grande nuvem de testemunhas que correram e concluíram a missão ele ainda nos exorta a não retrocedermos, pois Deus não tem nenhum prazer nos que vivem oscilando na inconstância de seus corações.
Por isso devemos ser firmes e constantes e sempre abundantes na obra do Senhor ao invés de sermos fracos, inconstantes e oscilantes na Seara do Mestre.
Prezado leitor, termine tudo o que você começou, avance em toda obra que você já deu o pontapé inicial, vá adiante, seja dedicado, seja abundante, não seja mesquinho ou inconstante. Prossiga para o alvo, não desista da obra que Deus lhe confiou, não seja remisso, tardio ou preguiçoso. Seja o homem ou a mulher com quem Deus pode contar.
Manutenção preventiva
Mas quando estão no campo colhendo a todo vapor com perseverança e grande produtividade, ainda há uma necessidade de uma rápida parada programada. A essa parada necessária nós chamamos de: parada para manutenção preventiva. Essa parada planejada é necessária porque serve para fazermos um checkup completo da estrutura elétrica e mecânica. Nessa parada avaliamos como está a funcionalidade da máquina. Percebemos se ela está bem lubrificada, se está precisando trocar alguma peça desgastada que pode no futuro obrigar a máquina a parar.
A vida ministerial também requer que façamos paradas estratégicas programadas. Precisamos refletir sobre as motivações ministeriais que nutrimos, precisamos examinar se não estamos mais apegadas aos trabalhos do Reino do que ao Senhor do Reino. Precisamos avaliar também se não estamos sendo relaxados no exercício do ministério. Precisamos observar se não estamos mecanizando a missão ao invés de a vivermos com prazer e eficácia.
O salmista parece intencionar uma parada para manutenção preventiva ao dizer: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno”. Essa oração do salmista não é confissão por um pecado já cometido, não é uma oração pedindo forças para não cair em tentação ou uma suplica por vitória ou coisa assim, nestes versos o salmista pede para ser sondado, isto é, para ser avaliado quanto as suas motivações mais intimas.
Ele pede para Deus o auxiliar na execução de um checkup espiritual. Olhe a sua volta. Sonde o seu coração e veja se você se distanciou dos ideais de Deus para sua vida. Veja se você não se tornou num profissional do altar, um empregado do púlpito. Veja se sua motivação ministerial não é apenas financeira, materialista.
Observe se suas orações não são apenas palavras ditas de modo aleatório, vazias de sentimento e de fervor. Olhe se os seus sermões não são apenas palestras sem poder, erudição sem unção, discursos sem vida.
Sonde seu coração e se nele houver alguma caminho mau, é bom retomar os trilhos da santidade, da humildade e da perseverança. Mude o que tem que mudar enquanto ainda é possível. Busque perdão e graça e seja autentico na sua caminhada como cooperador de Deus.
Por Rosivaldo Silva Santos do site gospelprime.com.br em 05/01/2014