Por que Deus não salva a todos? Analisando a Resposta de John Piper para o Problema
John Piper acredita que Deus quer que todos os homens sem exceção sejam salvos. Diferentemente de seus colegas calvinistas, ele não faz nenhum esforço para tentar minimizar a força de versículos como Ez 18.23, 1Tm 2.4 e 2Pe 3.9, que afirmam o desejo divino de salvação universal. Além disso, ele defende que a graça é irresistível, ou seja, que ela finalmente triunfará sobre a resistência daqueles que Deus quer salvar. Disso surge o problema: por que Deus não salva a todos? Piper conclui que Deus deve valorizar algo mais do que a salvação de todos. “A resposta dada pelos calvinistas é que o valor maior é a manifestação de toda a gama da glória de Deus em ira e misericórdia (Rm 9.22-23) e a humilhação do homem de forma que ele possa dar todo o crédito a Deus pela sua salvação (1Co 1.29).”
A resposta é engenhosa, mas ela não está livre de alguns problemas.
1 – Os versículos apresentados (Rm 9.22-23) por Piper não estão dizendo isso. Eles de fato afirmam que Deus tanto quis mostrar a sua ira sobre alguns quanto a sua misericórdia sobre outros, mas isso não como resultado de um suposto dilema que Deus teria enfrentado na eternidade de salvar a todos ou manifestar “toda a gama da glória de Deus em ira e misericórdia”.
2 – A ira e a misericórdia de Deus foram manifestadas, em seu grau máximo, na cruz de Cristo, de forma que escolher alguns para a perdição eterna não faria a glória de Deus brilhar mais intensamente do que ela já foi.
Se Deus alguma vez enfrentou esse dilema, ele poderia muito bem ter resolvido mostrando toda a gama de sua glória na cruz de Cristo e ainda assim decidido salvar a todos. Para o próximo problema ficar ainda mais claro, é interessante citar Jonathan Edwards, um dos teólogos mais admirados por John Piper: “Assim o mal é necessário para a glória de Deus ser perfeitamente e completamente demonstrada. É também necessário para a mais elevada felicidade da humanidade, porque nossa felicidade consiste no conhecimento de Deus e na percepção de seu amor. E se o conhecimento de Deus é imperfeito (por causa de uma demonstração desproporcional de seus atributos), a felicidade da criatura deve ser proporcionalmente imperfeita.”
3) O terceiro – e mais grave – problema na resposta de John Piper é que, se verdadeira, ela nos leva à conclusão que Deus precisa do pecado e do mal. Segundo Edwards e Piper, Deus precisa do pecado e do mal para mostrar-se glorioso perfeita e completamente e para a mais elevada felicidade da humanidade (com exceção daqueles que sofrerão eternamente, presumo). Há muitas afirmações não provadas nessa pequena citação de Edwards. São elas:
- – Um universo com pecado (e todas as desgraças resultantes) torna Deus mais glorioso do que um sem pecado.
- – Deus não conseguiria revelar-se como ele é a não ser que houvesse pecado.
- – É preciso haver uma demonstração de todos os atributos de Deus para o conhecimento, e consequentemente a felicidade, da humanidade ser perfeito.
Sobre todas essas afirmações, é de se questionar se antes do pecado ter invadido a criação, Deus era menos glorioso, impossível de ser conhecido e as criaturas eram menos felizes. Enquanto essas afirmações não forem provadas, não podemos ingenuamente aceitar uma resposta que carrega consigo a trágica conclusão que Deus precisa do pecado para revelar quem ele é e levar felicidade para as suas criaturas.
Paulo Cesar Antunes do site arminianismo.com em 23/08/2014
Se Deus precisasse do pecado para revelar-se, a resposta de S.Paulo seria diferente : “Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! …”
Rm 6:1-2. A “gama” do blá-blá do Edwards e Piper estão erradas, assim como todo o calvinismo.
É até uma blasfêmia dizer que Deus precisa do pecado para revelar-se, porque essa função pertence ao Espirito Santo Jo 16:13-14. Na Trindade um procura glorificar e revelar o outro.
Agora vem esses loucos acadêmicos falar tamanha bobagem dessa.
Não é que, antes do pecado Deus fosse menos glorioso, mas sim, seus atributos não eram todos manifestos. Com o pecado o perdão, misericórdia e vários outros atributos foram manifestos. Creio que Piper jamais quis, de certa forma, blasfemar ao nome d Eterno.
Ninguém disse “menos glorioso” antes ou depois. Você disse “COM O PECADO” – você deveria ter dito : “COM JESUS, o perdão, misericordia, e vários outros atributos foram manifestos”. Vocês não percebem a loucura que dizem? põem o pecado como sujeito e autor da fé?!
“Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do teu rosto.”Sl.89:14
essa palavra é desde a eternidade, e agora vem vocês falando que Deus precisa do pecado?
daqui a pouco vcs estão concordando que o diabo é bode azazel.
Eu tenho observado que em muitas das discordâncias entre calvinistas e arminianos existe a falta de temor de Deus e de falta de amor ao próximo, de ambos os lados. Talvez falta de verdadeira conversão, pois quem não ama a seu irmão permanece na morte (1Jo 3.14).
Humberto, você está apelando ao sentimentalismo para desviar do assunto, os argumentos precisam ser explanados, o calvinismo é uma doutrina errada, e está devidamente catalogado como heresia. amor/temor não significa concordar com a tese “calvi”. cujo erros são claros.
Tem gente quando argüido/repreendido na Palavra, tem a mania de dizer “-ah você está me julgando, não julgueis…” nhé-nhé.
É hilário os escapes e as contra-argumentações ambíguas do calvinistas tentando tapear o assunto apologético que é deveras desfavorável ao calvinismo.
Não posso crer num Deus que segue o provérbio: “faça o que eu digo e não faça o que eu faço”.
Que justiça haveria Naquele que nos ensina a não fazer acepção de pessoas, se Ele próprio o fizesse?
Parece ficar claro ao longo das Escrituras Sagradas que o critério da escolha, realizada por Deus, ainda antes da fundação do mundo, é a FÉ na Palavra de Deus, pois, pelo atributo da onisciência, Deus conheceu a todos os corações antes mesmo de dizer “haja luz”.
O que os irmãos, Piper e Edwards, estavam tentando dizer é que Deus será glorificado, pela sua grande obra, sob todos os prismas; Seja na salvação de um pequenino rebanho, ou na danação eterna da maioria.
e se você estiver contado entre a “maioria dos danados” ? então sua visão de prisma seria outra. a nova artimanha dos calvinistas, é dizer que não é calvinista. vai enganar outra sardinha.
Humberto Santos, muito profunda a tua perspectiva. Muito ainda vivem discutindo entre Paulo e Apolo, porém esquecem que o fundamento é Jesus Cristo (a pedra de tropeço) e que reflete vem a imagem e glória do Deus invisível que por meio deste tornou-se mais do que visível a humanidade.
Paulo ou Apolo? destacar “calvino” como um deles é hilário. É você que está se esquecendo que todo ser humano é imagem de Deus também, e Deus quer salvar a todos que quiserem 1 Tm 2:4 e Jo 3:16 e não venha com essa conversa piega “nem calvino e nem Armínio.” que não cola.
geralmente quem diz esse argumento nem X e nem Y é calvinista que não tem argumento aí vem com esse nhé nhé. nhé.
eu já assisti vários debates no youtube entre calvinistas e arminio onde o calvinismo é derrotado no contexto da discussão. uma doutrina arcaica e medieval.