Recentemente eu ouvi um pastor Calvinista bem conhecido, autor e palestrante, que, em um podcast, testificou que frequentemente entra no quarto do seu pequeno filho após ele ter adormecido e ora por ele para que esteja entre os eleitos.
Ao passo que eu certamente entendo o sentimento e o desejo do pastor, eu pergunto se isso é consistente com a teologia Calvinista?! Para aqueles que chegaram aqui e ainda não me conhecem, deixem-me lhes assegurar que eu li muita literatura Calvinista – de Calvino a John Piper e virtualmente todo Calvinista reconhecido entre eles (incluindo Jonathan Edwards, Charles Hodge, Lorraine Boettner, Charles Spurgeon e outros).
É logicamente consistente para um Calvinista crer que orar pode desempenhar algum papel (mesmo como um meio preordenado para um fim preordenado) que resulte na inclusão da pessoa que foi objeto da oração entre os eleitos?
Isso me parece muito diferente da comum afirmação Calvinista que orar pelo não salvo pode ser o “meio preordenado” para fazer com que a pessoa, se eleita, venha a se arrepender e crer. (Embora eu admita ter dúvidas sobre a essa lógica também!).
Segundo o Calvinismo, Deus elege indivíduos incondicionalmente. A própria Salvação não é incondicional, assim argumentou Calvino, porque ela depende do arrependimento e da fé. No entanto, segundo Calvino e a maioria dos Calvinistas, uma pessoa eleita virá à salvação. Deus assegurará isso pela graça irresistível. Deus usa meios que Ele preordenou para provocar que o eleito se arrependa e creia.
Mas é consistente com o Calvinismo crer que Deus usa meios humanos para decidir quem será eleito? Eu acho que não. Eu não me lembro de nenhum teólogo Calvinista dizendo isso.
Se Deus usou meios para decidir que está entre os eleitos (e.g., oração), então a eleição não seria estritamente incondicional. E isso levantaria questões tais como que tipo de oração, quão fervorosa, etc., pode impulsionar Deus a incluir alguém entre os eleitos. E isso levantaria questões sérias para o Calvinismo sobre a soberania de Deus (como definida pelos Calvinistas). Ela já não mais seria absoluta.
Eu acho que existem Calvinistas que simplesmente não conseguem digerir a implicação do Calvinismo de que um ente querido, especialmente um filho, pode não ser eleito, assim eles revertem à inconsistência. Charles Spurgeon, por exemplo, orou “Ó Deus, salva todos os eleitos e elege mais alguns.”
Se um Calvinista acha que sua oração por seu filho pode fazer com que Deus eleja o filho, porque não orar a oração de Spurgeon – por todos em geral, não somente por seu próprio filho?
Mas, quão consistente é a oração de Spurgeon com a teologia Calvinista da soberania de Deus? Eu não acho consistente, absolutamente.
Nem é a oração do pastor por seu filho.
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Autor: Roger E. Olson autor do livro “Contra o Calvinismo”
Tradução: Walson Sales do site deusamouomundo.com/ em 15/08/2014
Fonte: http://www.patheos.com/blogs/rogereolson/2013/11/can-a-calvinist-pray-for-his-child-to-be-elect/
Se um Calvinista acha que sua oração por seu filho pode fazer com que Deus eleja o filho – por que não orar por todos em geral, não somente por seu próprio filho?
Está é a pergunta que tenho feito aos calvinistas, mas parece que não chego no “nivel” academico deles.
o calvinismo é egoísta, e esse comportamento dos calvinistas é clássico “-ah, eu e minha familia sendo eleita, o resto que se dane.”
Orgulhosos por serem eleitos ou cristãos mais cheirosos, gostam de citar autores americanos : jackson, fergunson, carson rsrs.
(…) três pontinhos.
Trabalhei em uma empresa onde o meu gerente é presbiteriano(calvinista)”roxo”.Sempre o questionava neste aspectos,mas não obtinha respostas.A visão que sempre tem em relação a algumas questões é a mesma visão que os “testemunhas de Jeovah”,adventistas do 7 dia.Eles são convencidos