A Igreja Católica prega oficialmente que ela é a única Igreja de Cristo. Se o leitor duvida, vamos às provas:
a) “A única Igreja de Cristo… é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la… Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste… na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro (o Papa) e pelos bispos em comunhão com ele” (Catecismo da Igreja Católica, página 234, # 816, Editora Vozes, 1.993. O que está entre parênteses é nosso).
b) “A Igreja Católica … continua sendo a única igreja verdadeira” 5
c) O Frei Battistini disse: “Se você pertence à única e verdadeira Igreja de Jesus, a Igreja Católica, sinta-se feliz e agradeça a Deus…” (A Igreja do Deus Vivo, página 46, 33ª Edição, 2001, Editora Vozes).
d) Na obra intitulada Os Erros ou Males Principais dos Crentes ou Protestantes, 7ª edição, editado pela editora O Lutador, sob o imprimatur do Monsenhor Aristides Rocha, afirma-se à página 4 que antes dos protestantes “existiam apenas católicos romanos, os genuínos cristãos do único e verdadeiro Cristianismo” (Grifo nosso).
e) O já citado Padre D. Francisco Prada, asseverou: “Ora, o reino de Deus na terra é a sua Igreja Católica. Pedimos que ela seja reconhecida como única representante dele; que desapareçam aquelas que, usurpando tal nome, a perseguem; que os hereges cismáticos e infiéis se voltem para ela como meio de salvação” (PRADA, Francisco. Novenário. São Paulo: AM edições. 3 Ed., 1996, p. 11, grifo nosso).
f) Vociferou o Padre Leonel Franca: […] “Igreja Católica, […] único baluarte da força moral, única tábua de salvação” […]. (FRANCA, Leonel. Noções de História da Filosofia. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 21 ed., 1973, p. 298).
g) O autor destas linhas já teve a desdita de ouvir pessoalmente um padre católico dizer que “a Igreja Católica é a única igreja verdadeira, por ser a única fundada por Cristo’’, e acrescentou que as igrejas evangélicas são fundadas por homens.
Apresentar-se como a única Igreja de Cristo é uma das características das seitas; portanto, nenhuma igreja realmente cristã prega isso. O porquê disso é que sabemos que a única e verdadeira Igreja não está na rua tal, número tal, pois a mesma é o conjunto dos redimidos pelo sangue de Jesus, e não os adeptos de uma certa associação.
O ex-padre Aníbal confessou que após entregar-se a Cristo, permaneceu na Igreja Católica por mais de três anos, mostrando a todos os católicos (leigos e clérigos) que o Catolicismo não é bíblico. Logo, ele tornou-se membro da única e verdadeira Igreja de Cristo três anos antes de vincular-se fisicamente a uma igreja evangélica.
Essa vaidade dos papas de alegarem que o seu grupo é a única Igreja de Cristo, não encontra lugar entre os membros da igreja deste autor, os quais, apoiando-se em Rm 14 e outros trechos bíblicos correlatos, fazem “vista grossa’’ às falhas banais de outras igrejas e as consideram co-irmãs em Cristo. Sim, há união entre nós! Aleluia! Este respeito recíproco é importante, pois ninguém é dono da verdade.
Nunca ouvimos um pastor evangélico afirmar que a sua igreja é a única Igreja de Cristo, ou a única organização verdadeiramente cristã, mas a literatura dos católicos, das testemunhas-de-jeová, dos mórmons, dos adventistas do sétimo dia e outros grupos pseudo cristãos, tem a petulância de fazê-lo.
O Catecismo da Igreja Católica, embora diga textualmente que a Igreja Católica é a única Igreja de Cristo, como demonstramos na transcrição supra, se o leitor ler o contexto do texto copiado perceberá que a dubiedade salta aos olhos. O clero católico morde e assopra.
Fora da Igreja Católica não há salvação
A epígrafe acima é de autoria da cúpula da Igreja Católica, e de fato nos declara perdidos, por não seguirmos as suas doutrinas de perdição. Para que se saiba que de fato não estamos caluniando, veja os exemplos abaixo:
1º) No Catecismo da Igreja Católica já citado, há um texto incoerente, cheio de é mas não é (a saber, ora diz que só os católicos se salvarão, ora diz que os evangélicos e até os adeptos das religiões não cristãs [principalmente os muçulmanos] também serão salvos. O dito texto deixa claro que embora seja necessário ser católico para se salvar, Deus abrirá uma exceção para os religiosos sinceros que ignoram esta verdade). Sim, leitor, nas páginas 232-244, ## 811-848, há um comentário autodiscrepante, objetivando provar que a Igreja Católica é necessária para a salvação. O parágrafo 846 do referido comentário é arrematado assim: “…Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus, através de Jesus Cristo, como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou então perseverar” (Grifo nosso). Este texto consta também do Compêndio do Vaticano II, 29ª edição, Editora Vozes, página 55, # 38).
2º) Referindo-se a um documento católico intitulado Dominus Iesus (Senhor Jesus), que pelo Vaticano veio a lume em setembro do ano 2000, a revista Época, de 11/09/2000, noticiou: “Ao longo de 36 páginas, o documento afirma a supremacia do catolicismo. Defini-o como a verdadeira igreja de Cristo e o único caminho da salvação. A declaração foi aprovada pelo Papa João Paulo II e leva a assinatura do cardeal alemão Joseph Ratzinger”… (Hoje, Papa bento XVI).
Se realmente a Igreja Católica fosse necessária para a salvação, e se deveras houvesse uma exceção para os que ignoram isso, nós, os evangélicos, certamente não seríamos anistiáveis, visto não sermos inocentes. Veja que o Catecismo da Igreja Católica diz que “não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus, através de Jesus Cristo, como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou então perseverar”. Ora, se assim é, então nós somos incrédulos, não desinformados. E, conseqüentemente, a regra nos deve ser aplicada. Mas, como vimos, o Catecismo nos “anistia” também. Isso prova que o clero católico morde assopra.
3º) O padre John A. O’Brien afirmou em The Faith of Millions (A Fé de Milhões), página 46, Que “A Igreja Católica Romana é a verdadeira igreja, estabelecida por Jesus Cristo para a salvação de toda a humanidade”.
4º) Segundo a Época, o Padre Dom Estêvão Bittencourt, visto como um dos maiores teólogos do Catolicismo, asseverou: “… O Catolicismo é o único caminho para Cristo.” (revista Época, 11/09/2000).
5º) O Padre Leonel Franca vociferou: […] “Igreja Católica, […] único baluarte da força moral, única tábua de salvação” […]. E: […] “o catolicismo vive e só ele pode dar vida” […]. (FRANCA, Leonel. Noções de História da Filosofia. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 21 ed. 1973, pp. 298 e 326 respectivamente. Grifo nosso). Aqui o Padre Leonel Franca questiona não só o valor espiritual das igrejas evangélicas, mas também põe em xeque sua utilidade moral, ao afirmar que o catolicismo é o único baluarte da força moral. Logo, as igrejas evangélicas não prestam nem para soerguer o moral dos povos. Será que esse infeliz pensa que as igrejas evangélicas são imorais? Raciocine e tire suas próprias conclusões.
6º) Realmente a Igreja Católica não crê na salvação dos evangélicos, pois ela prega oficialmente que os que não somos devotos de Maria estamos nas trevas, e assegura que sofreremos as conseqüências dessa nossa atitude, nos impetrando um “ai”. veja: “perca uma alma a devoção para com Maria e que será senão trevas?… Ai daqueles… que desprezam a luz deste sol, isto é, a devoção a Maria…’’ (Glórias de Maria, de autoria de um bispo católico que virou “santo” e “Doutor” da “Igreja”, a saber, “Santo” Afonso de Ligório, Editora Santuário, 14ª edição de 1989, página 82, grifo nosso). À página 25 desse livro se vê que a Igreja Católica prega que Maria é o pescoço que liga o corpo – a Igreja -, à cabeça – Cristo. O Papa Leão XIII observou numa encíclica em 1892, que “Como ao Pai celeste só chegamos por meio do Filho, assim semelhantemente só por meio de Maria, chegamos ao Filho” (Ibidem, nota de rodapé). Ora, se isso fosse verdade, que seria de nós, os evangélicos, que não só consideramos a mediação de Maria como algo desnecessário, impossível e inexistente, porém, mais grave ainda, isto é, como um pecado para a morte, a saber, idolatria? E o livro Glórias de Maria é obra oficial da Igreja Católica? Sim, e provaremos isso no capítulo VI deste livro.
Como já informei, às vezes o Catecismo da Igreja Católica finge reconhecer a validade das igrejas evangélicas, bem como das religiões não-cristãs (como se pode ver às páginas 235 e 242, # # 818-819, 841. Veja também o Compêndio do Vaticano II, 29ª edição, Editora Vozes, páginas 56-57, # # 41-42). Mas esse malabarismo é um sofisma, cujo alvo é bem definido: fazer com que o dito fique pelo não dito, e, deste modo, confundir os incautos. Como o diabo sabe preparar suas arapucas!
Todos os que estudam a História Geral sabem que a Igreja Católica pregava que FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO, mas muitos pensam que esse radicalismo é coisa do passado. Porém, como o leitor acaba de ver, essa heresia ainda está de pé. Como bem o disse o ex-padre Aníbal, de saudosa memória, “O Concílio Vaticano II não trocou as velhas heresias por doutrinas novas, mas tão-somente pintou-as”.
Alegando a Igreja Católica que ela é necessária à salvação, está usurpando a função daquele que disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14.6).
Caro leitor, não se submeta à tirania desses usurpadores. Para se salvar, você não necessita de nenhuma igreja. Após entregar-se a Cristo e se salvar, se você não quiser se vincular a nenhuma das igrejas que já existem, funde a sua própria denominação. Portanto, siga a Cristo e liberte-se (João 8.12,32). Mas, se você não quiser fundar a sua denominação, sugerimos que você se dirija a uma das muitas igrejas realmente cristãs, para usufruir do companheirismo daqueles que, como você, também têm Cristo em seus corações (Hebreus 10.25). Ademais, se todos os católicos, leigos e clérigos, decidirem seguir a Bíblia, se salvarão dentro da própria instituição católica. Não cremos que eles tenham que vir para as igrejas evangélicas. Nós cremos que quem salva é Cristo.
Muitos católicos já nos perguntaram: “Por que vocês dizem que se não formos para suas igrejas não seremos salvos?’’ A nossa resposta tem sido: Nós não pregamos isso. Quem prega isso são os clérigos da sua igreja.
Segundo a Bíblia, a queda de Satanás consistiu no fato de que ele concebeu o seguinte pensamento: “…Subirei ao céu; acima das alturas das estrelas de Deus exaltarei o meu trono… subirei acima das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” Mas Deus disse-lhe “…Levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.’’ (Isaías 14. 13 a 15). Temos, na Igreja Romana, uma repetição dessa usurpação. Ela também disse no seu coração: Subirei ao trono do Império Romano, estabelecerei o meu trono no Vaticano, e serei semelhante ao único Salvador, tornando-me também a única salvadora. Mas Deus está dizendo a ela e aos que estão sob seu cetro: “Contudo, levados sereis ao inferno”.
A salvação não está na Igreja Católica, nem tampouco no protestantismo. Especialmente nos séculos 16 e 17, muitos protestantes eram tão assassinos quanto a pretensiosa “Igreja” Católica (Veremos isto no capítulo 12 [12.4.]). Às vezes pensamos que isso era coisa das idades Média e Moderna, mas Deus sempre condenou o homicídio e prometeu lançar no Inferno a todos os assassinos que não se converterem. Logo, no Inferno há padres, protestantes, papas, pastores evangélicos, etc. E, se você não quer se juntar aos infelizes que lá sofrem as conseqüências de suas imbecilidades, deixe de crer que a salvação está neste ou naqueloutro grupo, e refugie-se em Cristo já. Sim, refugie-se em Cristo, mas só em Cristo, e não, numa mistura de Cristo, ídolos e homens embusteiros.
Infalíveis
Como já vimos, o Catolicismo sustenta que o Papa é infalível quando fala ex-cátedra, ou seja, de sua cadeira, isto é, com a autoridade de que é investido. Crê-se que Deus delegou aos papas o dom da inerrância quando dissertam sobre fé e costumes. Isto significa que os católicos não precisam se preocupar com a ortodoxia doutrinária. Eles podem fechar os olhos e seguir ao papa sem medo, pois é impossível que o papa erre.
Para que o leitor possa ver mais uma vez que realmente as coisas são assim, fazemos as quatro transcrições abaixo:
1ª) “Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, ele que é a verdade. Pelo ‘sentido sobrenatural da fé’, o povo de Deus ‘se atém indefectivelmente à fé,’ sob a guia do Magistério vivo da Igreja.
A missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e dos desfalecimentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar SEM ERRO a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores de carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício deste carisma pode assumir várias modalidades”(Catecismo da Igreja Católica, página 255, # 889 a 891 [grifo nosso]).
Bastaria a cópia acima, contudo, prometemos acima quatro cópias e, portanto, prossigamos:
2ª) “GOZA DESTA INFALIBILIDADE O PONTÍFICE ROMANO, chefe do Colégio dos Bispos, por força do seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e aos costumes…A INFALIBILIDADE prometida à Igreja RESIDE TAMBÉM no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo EM UNIÃO COM o sucessor de Pedro’ , sobretudo em um Concílio Ecumênico. Quando, pelo seu Magistério supremo, a Igreja propõe alguma coisa ‘a crer como sendo revelada por Deus’ e como ensinamento de Cristo, é preciso aderir na obediência da fé a tais definições’. Esta infalibilidade tem a MESMA EXTENSÃO que o próprio depósito da REVELAÇÃO DIVINA” (Catecismo da Igreja Católica, página 255, # 889 a 891, [grifo nosso]).
3ª) O Padre Luiz Cechinato disse que “…o papa, quando fala em lugar de Cristo sobre as verdades de nossa salvação, não pode errar, porque ele tem a assistência do Espírito Santo, e porque Jesus assume em seu próprio nome o que o papa decide. […]“ (Os Vinte Séculos de Caminhada da Igreja, Editora Vozes, 4ª edição de 2001, página 358).
O que o Papa pretende com essa pretensão de infalibilidade exclusiva? Resposta: Manipular os católicos a seu bel-prazer.
O Papa se declara tão inerrante quanto a Bíblia, quando afirma que a sua “infalibilidade tem a mesma extensão que o próprio depósito da revelação divina”, como vimos acima.
Uma prova material de que os papas não são infalíveis nas “decisões eclesiásticas” é o fato de eles se contradizerem. Vejamos alguns exemplos:
a). Em 1.229 o concílio de Toulouse proibiu a leitura da Bíblia ao povo. Hoje, não obstante adulterarem-na com a adição de livros apócrifos e “explicações” heréticas nas margens inferiores (rodapés), sua leitura é recomendada.
b). A Inquisição, cujas bases foram lançadas em 1183 no Concílio de Verona (veja a prova em 12.8. item “c”), voltou a ser louvada em 1229, no referido concílio de Toulouse, e ratificada em 1232 pelo Papa Gregório X. Segundo essa tal de santa Inquisição, todos os que pregassem alguma coisa que não harmonizasse com o Catolicismo, deveriam ser torturados até a morte. E muitos fiéis servos de Deus morreram nessa época, por não se submeterem aos abusos desses emissários de Satanás. Hoje, porém, embora mantenham por escrito que “os heréticos, além de serem excomungados, devem ser condenados á morte” (Enciclopédia Católica [em inglês], página 768, citado em O Movimento Ecumênico, editado pela Imprensa Batista Regular, página 17, da autoria do pastor Homero Duncan), já não nos matam mais a bel-prazer, como o fizeram durante séculos.
c). Em 670, o papa Vitélio, para manter o povo no obscurantismo, decidiu falar a missa em Latim, exatamente para que ninguém entendesse nada, por ser já o Latim uma língua morta. Essa idéia agradou tanto aos papas que o sucederam, que ampliaram a idéia, proibindo também a tradução da Bíblia para os idiomas dos povos. Naquela época, a Bíblia já havia sido traduzida para o Latim, e então se determinou que não se fizesse nenhuma outra tradução. Hoje, porém, as traduções são feitas com a aprovação dos papas. Estas contradições entre um papa e outro provam que de infalíveis eles não têm nada. Contudo, o Padre Miguel Maria Giambelli, em o livro de sua autoria intitulado A Igreja Católica e os Protestantes, à página 68, “interpreta” Mateus 16.19, como se Jesus tivesse dito o seguinte: “Nesta minha Igreja, que é o reino dos céus aqui na terra, eu te darei também a plenitude dos poderes executivos, legislativos e judiciários, de tal maneira que qualquer coisa que tu decretares, eu ratificarei lá no céu, porque tu agirás em meu nome e com a minha autoridade”. Mas esta conclusão não está respaldada pela Bíblia, a qual diz que o apóstolo Paulo não se silenciou diante do erro do apóstolo Pedro, como quem diz: “Está errado Pedro, mas, como Jesus disse que qualquer coisa que decretares, Ele ratificará lá no Céu, eu concordo”; mas o repreendeu prontamente (Gálatas 2.11-14). Leitor, se nestes versículos não aparece na sua Bíblia o substantivo Pedro, mas Cefas, saiba que Cefas é o mesmo que Pedro (João 1.42).
Mateus 16.19 está mal traduzido na maioria das Bíblias protestantes e católicas. Estas traduzem este versículo mais ou menos assim “… tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus”. Estas traduções equivocadas conferem a Pedro uma autoridade tal, que o põe acima de Deus. Já não é mais Pedro quem deve se orientar pelo Céu, mas o Céu é que se orientará por ele. Mas na ARA (Almeida Revista e Atualizada) este erro foi corrigido, razão pela qual podemos ler lá o que se segue: “… o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus”. Deste modo, Jesus não está dizendo que aprovaria tudo quanto Pedro fizesse; e sim que Pedro, ao fazer qualquer coisa, devia certificar se a mesma gozava ou não da sanção do Rei dos reis e Senhor dos senhores – Jesus Cristo – o Filho do Deus vivo.
O modo como Mateus 16.19 está no original, aceita tanto esta última tradução, quanto as outras. Nestes casos, a tradução fica a cargo do bom senso e, sobretudo, do contexto bíblico. Sabemos pela Bíblia que os cristãos primitivos não se submetiam cega e incondicionalmente às decisões do apóstolo Pedro, mas o questionavam e exigiam dele explicações, sob pena de excomunhão. Para vermos isto, basta lermos o que está registrado em Atos dos Apóstolos, capítulo 11, versículos 2 a 18, detendo-nos nos versículos 2, 3, e 18, meditando no fato de que, quando Pedro se explicou, os irmãos se apaziguaram (v. 18). Se os irmãos se apaziguaram, então o debate foi acirrado. E é assim que os cristãos primitivos tratavam todos os apóstolos. Eles tinham que provar que os seus sermões tinham a aprovação de Deus (Atos 17.10,11).
Para que se enxergue que os papas vêm errando através dos séculos, basta raciocinar. Logo, os que ainda pensam sabem que os papas também erram, por duas razões: 1ª): Os papas são seres humanos. 2ª): A História registra inúmeros erros cometidos por papas. Mas, como o fanatismo religioso priva do uso da razão, é possível que alguém diga que esta questão é relativa, alegando que o que nós, os evangélicos, chamamos de “erros dos papas”, pode não estar errado de fato. E, para que até os cegos vejam, apelamos para as incoerências papais. Talvez as contradições entre um papa e outro, ajudem os fanáticos a entenderem que a suposta infalibilidade papal é uma farsa. Deus não se contradiz!!!
Os papas se expõem ao ridículo quando se auto-proclamam infalíveis. E não menos ridículo é tentar provar que os papas são falíveis. Nós só nos expomos ao ridículo de refutar esse disparate, por amor aos católicos. Realmente há heresias que não merecem ser refutadas, e a chamada “infalibilidade papal” é uma delas.
Este autor não tentaria convencer pessoa alguma (seja lá quem for, inclusive Papa) de que ela está equivocada por se julgar infalível, pois custa-nos crer que haja alguém que não saiba disso. A menos que ela sofra de algum distúrbio mental. Ora, se todos já sabem que são falíveis, não há porquê, nem como, convencer alguém deste fato. Por outro lado, se houvesse alguém que se julgasse infalível, Deus não iria condená-lo por isso, visto não ser justo que os loucos respondam por seus atos. Não me expresso desta maneira ironicamente, e sim, porque deveras eu suspeito da sanidade mental de alguém que, com sinceridade, se proclama infalível.
A ironia é um recurso válido. Até o profeta Elias foi irônico para com os adoradores de Baal. Este autor também às vezes lança mão deste recurso, mas no presente tópico não estou sendo irônico, e sim, falando do que realmente penso.
Há um senhor catarinense, chamado Iuri Thais, cujo pseudônimo é Inri Cristo, que se diz Jesus Cristo. Ora, sem ironia alguma digo que a meu ver, ou esse senhor é demente, ou é charlatão. Ele e seus discípulos sem dúvida irão se melindrar se tomarem ciência deste meu parecer. Talvez digam que estou sendo irônico. Mas posso garantir que não é este o caso. Digo com toda a sinceridade, diante de Deus, que não estou sendo irônico. Estou falando do que realmente penso. Se estou ou não com a razão quanto a isso, é discutível (suponhamos que seja). Logo, o senhor Inri e seus seguidores têm o direito de concordar ou não comigo. Mas diante de Deus informo que a presente declaração não é irônica, nem tampouco se destina a afrontá-los. Repito: Estou apenas falando do que penso, sem retórica.
Talvez o leitor pense que o último parágrafo acima não tem nada que ver com o tema abordado neste tópico. Porém, sua existência destina-se a notificar que, a meu ver, dizer-se Jesus Cristo é tão absurdo quanto se proclamar infalível; e que quando digo que suspeito da sanidade mental de quem se julga inerrante, não estou sendo irônico, tampouco o faço a título de ofensa. Antes falo do que verdadeiramente penso.
Embora eu não seja psiquiatra, nem psicólogo, parece-me (corrijam-me os profissionais dessas áreas se estou errado) que se autoproclamar “Jesus”, é tão patológico quanto dizer-se infalível. Talvez você esteja pensando: “Como esse pastor ousa comparar esse tal de Inri com Sua Santidade?”. A resposta é que assim como para você o Papa é Sua Santidade, para os adeptos do senhor Inri, o Papa não é nada, enquanto Inri é tudo. Inri é Jesus. E aí temos apenas a sua opinião contra a deles. Se os papas podem se julgar infalíveis, por que o senhor Inri não pode se considerar Jesus? Os direitos são iguais, não?! Por que penso assim? Resposta: Quem se julga Jesus Cristo, não deve se considerar uma simples criatura, já que Jesus não o é. Semelhantemente, considerar-se infalível equivale a se auto-endeusar, visto que só Deus é inerrante. Assim sendo, pergunto reverentemente aos que estudam a psique: Será que os “infalíveis” e os “Jesus Cristos” não estão com algum problema mental?
Há notáveis diferenças, bem como algo em comum entre o senhor Inri e os papas. EI-las parcialmente:
O senhor Inri e os papas dizem, de per si, coisas igualmente inusitadas de si próprios, porém o senhor Inri é visto pela grande maioria como, ou charlatão ou psicopata, enquanto os papas são vistos como celebridades;
O senhor Inri possui poucos adeptos, mas o Papa tem mais de 1.000.000.000 de discípulos;
É difícil acreditar que homens tão ousados consigam adeptos, mas, para nossa surpresa, eles os possuem. E, pasme o leitor, ambos são seguidos por pessoas cultas. O senhor Inri tem, entre seus adeptos, até uma psicóloga. E ninguém ignora que entre os seguidores dos Papas, há as mais ilustres celebridades. Esse é um fenômeno que nem Freud explica.
Extraído do livro – Análise Bíblica do Catolicismo Romano, POR PASTOR JOEL SANTANA