Quando eu falava sobre o futuro que Deus está planejando, um estudante da Universidade do Havaí perguntou:
– Isso não é uma forma de fuga?
– Em certo sentido, sim – respondi. – E antes que o diabo tenha terminado sua obra neste mundo, nós todos vamos estar à procura dos sinais que indicam a saída.
Em seu notável livro Christian Behavior (Conduta Cristã), C. S. Lewis afirma:
“A esperança é uma das virtudes teológicas. Isto quer dizer que uma atenção continuamente voltada para o mundo eterno não é, como pensam algumas pessoas de nosso tempo, uma forma de fuga ou de raciocínio afetivo, mas uma das coisas que o cristão deve fazer. Não quer dizer que devamos deixar o mundo atual como está. Quando lemos a história, descobrimos que os cristãos que mais fizeram pelo mundo atual foram exatamente aqueles que mais pensavam no mundo seguinte. Foi a partir do momento em que os cristãos, em grande parte, deixaram de pensar no mundo vindouro que se tomaram tão ineficazes neste. Basta visarmos o céu, e a terra será levada até lá. Visemos a terra, e não conseguiremos nem um, nem outro.”
Em meio ao pessimismo, tristeza e frustração da hora presente, há um brilhante farol de esperança, a promessa feita por Jesus Cristo: “E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei” (João 14:3).
No curso da Segunda Guerra Mundial, as palavras do General Douglas MacArthur ecoaram nos ouvidos dos habitantes das Filipinas, ocupadas pelos japoneses. Ele prometera – “Eu voltarei!” – e manteve sua promessa. Jesus Cristo também prometeu voltar, e manterá Sua promessa.
Toda a natureza da salvação individual está apoiada na pessoa e na obra de Jesus Cristo. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8, 9). “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo Sua misericórdia, Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que Ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tomemos Seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3:5-7).
Da mesma forma, a salvação da sociedade na reorganização das instituições sociais do homem, coerente com a abolição da injustiça social, guerra, pobreza e doença, será tirada das mãos do homem. Não será obtida pela educação, evolução, política, tecnologia, poderio militar ou ciência e tampouco por uma igreja universal que possa influenciar a legislação nos parlamentos e congressos das nações, de modo a produzir tais atos benevolentes dos homens que, com isso, todo o ódio, mal e pecado sejam abolidos.
A salvação da sociedade virá por meio dos poderes e forças liberados pelo regresso apocalíptico de Jesus Cristo, e será efetuada por intermédio do Reino de Deus em seus princípios de retidão. Será o cumprimento profetizado da redenção, aplicado a todas as fases da vida humana e da existência nacional. A segunda vinda de Cristo será tão revolucionária que modificará todos os aspectos da vida neste planeta. Cristo reinará na retidão, a doença será vencida, a morte modificada, a guerra abolida, a natureza transformada. O homem viverá como foi inicialmente planejado que devia viver.
Nada existe no horizonte de hoje, ou no pensamento contemporâneo, que ofereça outra esperança melhor do que essa. Alguém já disse: “Nada do que se fizer com ovos estragados pode dar uma boa omelete.” Essas civilizações sucessivas do passado foram arranjos diferentes de instituições humanas, mas jamais tivemos uma ordem social duradoura, satisfatória e pacífica. É impossível construir um mundo pacífico sobre os alicerces rachados da natureza humana.
JESUS CRISTO VOLTARÁ
A importância dessa esperança de regresso de Cristo é estabelecida pela freqüência, extensão e intensidade de sua menção na Bíblia. É mencionada em todos os livros do Novo Testamento, com exceção de apenas quatro. Cristo falava constantemente de Sua volta, não só a Seus discípulos como também aos demais, e disse ao sumo-sacerdote: “Vereis o Filho do homem assentado à direita do Todo-Poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu” (Mateus 26:64).
Em trinta versículos da Bíblia encontra-se um que fala nisso. Existem 318 referências nos 216 capítulos do Novo Testamento, e a vigésima parte de todo ele trata desse ponto.
A volta foi predita pela maioria dos escritores do Antigo Testamento, por Moisés (Deuteronômio 33:2), Jó (Jó 19:25), Davi (Salmos 102:15), Isaías (Isaías 19:20), Jeremias (Jeremias 23:5), Daniel (Daniel 7:13), Zacarias (Zacarias 14:4) e por muitos outros. Foi prometida pelo próprio Cristo: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (João 14:1-3).
O fato da volta de Cristo foi proclamado por todos os Apóstolos em sua pregação, por Pedro (Atos 3:20, 21; I Pedro 1:7, 13); Paulo (Romanos 8:23; I Tessalonicenses 4:15-17); João (I João 2:28; 3:2); Tiago (Tiago 5:7-9), e Judas (Judas 14-15).
A esperança de uma segunda vinda é encontrada nos grandes credos da igreja, tais como o Credo dos Apóstolos, Credo de Nicéia e Credo Atanasiano. Os Trinta e Nove Artigos da Igreja da Inglaterra dizem: “Cristo realmente ergueu-se da morte e retomou Seu corpo, com carne, ossos e todas as coisas pertencentes à perfeição da natureza do homem, com que Ele ascendeu ao Céu, e lá está sentado até que venha a julgar todos os homens no dia final” (Artigo 4). O Artigo 17 da Confissão de Augsburgo trata com detalhes do “regresso de Cristo para o julgamento”. O Credo dos Apóstolos, repetido em muitas igrejas todos os domingos, afirma: “De onde virá para julgar os vivos e os mortos.”
A Bíblia ensina isso, os Apóstolos o pregaram e os credos da igreja o afirmam. O maior testemunho de todos, e o mais revelador, no entanto, vem dos lábios do próprio Cristo: “Quando vier o Filho do homem” (Mateus 25:31); “verão o Filho do homem vindo” (Mateus 24:30); “vem o vosso Senhor” (Mateus 24:42); “. . . quando vier na glória de Seu Pai” (Marcos 8:38); “até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Lucas 13:35); “assina também agora vós tendes tristezas mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará” (João 16:22); “vereis o Filho do homem assentado à direita do Todo-Poderoso, e vindo sobre as nuvens do céu” (Mateus 26:64).
Decerto um acontecimento projetado, alvo de atenção tão geral e freqüente e cheio de tanta promessa, é digno da atenção do homem moderno.
Há três palavras gregas utilizadas no Novo Testamento a fim de descrever a volta de Cristo. A primeira é parousia, que traz em si a idéia da presença pessoal de Cristo. Em outras palavras, quando Crista voltar Ele virá em pessoa.
A segunda palavra grega é epiphaneia, que traz a idéia de aparecimento. É o aparecimento, saindo das trevas de uma estrela que esteve lá todo o dia, oculta à visão e surgindo repentinamente à noite.
A terceira palavra grega é apokalupsis, trazendo consigo a noção de desvelar, desencobrir. É o desvelar ou desencobrimento de quem esteve oculto. Hoje em dia, a pessoa de Cristo está oculta à vista, embora Sua presença por intermédio do Espírito Santo se ache em nossos corações. Hoje é o dia de fé. Naquele dia, Ele será revelado. Naquele dia de Sua vinda, não será mais fé, porém visão.
Seu primeiro aparecimento foi tranqüilo e discreto – os pastores, a estrela e a manjedoura. O segundo aparecimento será com Seus refulgentes guerreiros do céu, capazes de enfrentar qualquer situação e derrotar os inimigos de Deus até que Ele tenha subjugado toda a terra.
Assim é que cristão algum tem o direito de andar por aí torcendo as mãos, imaginando o que devamos fazer diante da atual situação do mundo. A Escritura diz que em meio à perseguição, confusão, guerras e boatos de guerras, devemos reconfortar-nos mutuamente com o conhecimento de que Jesus Cristo está voltando em triunfo, glória e majestade.
Muitas vezes, quando me vou deitar à noite, penso que antes de despertar, Cristo poderá ter vindo. Às vezes, ao me levantar e olhar a madrugada penso que talvez seja este o dia em que Ele virá.
VIRÁ INESPERADAMENTE
A Bíblia ensina que o regresso de Jesus Cristo será repentino, inesperado e dramático. Acontecerá como surpresa e tomará a maioria das pessoas de surpresa. “Pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o dia do Senhor vem como ladrão de noite” (I Tess. 5:2).
Quando o ex-presidente Eisenhower estava passando férias em Denver, há muitos anos sua atenção foi despertada para uma carta aberta publicada por um jornal local, onde se contava como o menino Paul Haley, de seis anos, morrendo de câncer incurável, exprimira o desejo de ver o Presidente dos Estados Unidos da América. Espontaneamente, num desses gestos graciosos que são relembrados muito tempo após terem sido esquecidos os discursos cuidadosamente preparados por um homem, o Presidente resolveu atender ao pedido do menino.
Assim foi que em certa manhã de domingo, em agosto, uma grande limusine chegou à casa dos Haley e dela saltou o Presidente, que se dirigiu até a porta, onde bateu.
O Sr. Donald Haley veio abrir, vestido em calça de zuarte, camisa velha e barba por fazer. Atrás dele estava o pequenino Paul, e o espanto dos dois, ao encontrarem o Presidente Eisenhower à porta bem pode ser imaginado.
– Paul – disse o Presidente ao menino – eu soube que você me queria ver. Estou satisfeito em vê-lo, também.
Dito isso, apertou a mão do menino e o levou para ver a limusine presidencial, apertou-lhe de novo a mão e partiu.
Os Haleys e seus vizinhos, bem como muita gente mais, provavelmente comentaram por muito tempo esse gesto bondoso e profundo, por parte de um Presidente atarefado. Apenas uma pessoa não se sentiu de todo feliz com o acontecimento: o Sr. Haley. Jamais poderá esquecer-se de como estava vestido quando abriu a porta.
– Aquela calça, a camisa velha, a barba crescida… Que maneira de receber o Presidente dos Estados Unidos!
Está claro que a visita não fora anunciada, e em tais circunstâncias não era de esperar que ele estivesse todo preparado e arrumado em suas melhores roupas, mas por toda a vida desejará que houvesse saído da cama e feito a barba um pouco mais cedo naquele dia, vestindo ao menos uma camisa limpa antes da chegada do Presidente. A prontidão e vigilância são indicadas com insistência aos cristãos, para que à vinda de Cristo, tomando-nos de surpresa, não nos vejamos despreparados.
A segunda vinda de Cristo será uma série de acontecimentos que têm transpirado já por período bastante longo. Haverá o êxtase, o arrebatamento dos crentes para encontrá-Lo no ar (I Tess. 4:16, 17). É esse o acontecimento próximo no calendário de Deus, e dirá respeito à primeira ressurreição, quando todos os crentes, de todas as épocas, serão levantados dos mortos e reunidos aos crentes vivos. Deverá haver a ceia das bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7), que é o momento da coroação de Jesus Cristo como Senhor dos senhores e Rei dos reis.
Haverá a grande tribulação a que Jesus se referiu em Mateus 24, 21 e 29. Deverá haver o aparecimento do Anticristo (II Tess. 3:8-10; Apocalipse 13; I João 2:18). Haverá muitos outros acontecimentos que não posso examinar aqui, por falta de espaço. Alguns deles já se acham claramente delineados nas Escrituras, e outros são de natureza misteriosa, e sobre os mesmos podemos apenas fazer especulações.
QUANDO VIER
Alguns dos resultados da vinda de Cristo, no entanto, acham-se claramente delineados na Bíblia:
PAZ
Em primeiro lugar, a paz será estabelecida na terra.
Quando Karl Barth, o teólogo suíço, visitou as Nações Unidas, fez o seguinte pronunciamento: “A organização internacional poderia ser uma parábola terrestre do reino divino, mas a paz verdadeira não será feita aqui, embora possa parecer uma aproximação. A paz será feita pelo próprio Deus, ao final de todas as coisas.”
Louis Mumford disse: “A guerra é produto específico da civilização.” Parece ser uma das características que distinguem o homem da fera, pois ele ataca seu semelhante de um modo que não se encontra no animal.
Dispondo agora de poderes de destruição que o homem antigo só se atrevia a imputar a seus deuses, e com a prática de investir quantidades cada vez maiores de inteligência e energia na fabricação de armas absolutas cada vez mais perigosas, o homem criou as condições que preparam o regresso de Cristo. A única solução para esse problema da guerra é o regresso de Cristo e a abolição da guerra. Com todo o nosso poderio militar e alianças políticas e estruturas militares para preservar a paz, estamos finalmente chegando ao fim da estrada. Nossas esperanças modernas de paz não podem assentar na capacidade de provocar cada vez mais a guerra.
O pacifismo fracassará, pois o pacifista age como se todos os homens se tenham regenerado e sejam acessíveis pela persuasão e boa vontade. O pacifista também se recusa a reconhecer o papel da força na manutenção da justiça, ao lado do amor. Embora o desarmamento seja desejável, o desarmamento unilateral seria loucura em nosso mundo anual. Devemos, em primeiro lugar, desarmar as paixões humanas e mudar os corações dos homens. A guerra deve ser abolida dos corações humanos antes que possa ser afastada dos campos de batalha.
Isaías, o profeta, antevendo o dia da paz futura, disse: “E o Seu nome será… Príncipe da Paz; para que se aumente o Seu governo e venha paz sem fim” (Isaías 9:6-7). Cristo estabelecerá a paz mundial permanente.
JUSTIÇA SOCIAL
Em segundo lugar, nossas instituições sociais serão reconstruídas.
As instituições sociais presentes, que buscam o estabelecimento da justiça para todos, a abolição da pobreza, a redução do crime e a prosperidade de todos os homens, não poderão de modo adequado atingir tais resultados enquanto ignorarem o problema básico da natureza humana. Jamais conseguiremos obter a justiça social total somente pela lei. O reformador social cristão comete o erro de esperar que a ordem social existente corresponda à ética cristã. O homem não tem a capacidade de corresponder à ética cristã. O cristianismo não pode esperar que o mundo corresponda às verdades do Evangelho enquanto não tenha a vida que o Evangelho proporciona em Cristo. Nós, os cristãos, deveríamos ser a luz e o sal da sociedade em que vivemos. Os cristãos transformaram a sociedade para melhor, mas as soluções finais e totais continuam fora de nosso alcance, devido à natureza pecaminosa do homem.
Os comunistas ensinam que, por intermédio da revolução e da violência, a sociedade perfeita será estabelecida aqui na terra e, daí em diante, todos os homens serão inteiramente felizes. O comunismo oferece sua panacéia mediante a coação e a obrigatoriedade, e com a redistribuição forçada da propriedade. Todos esses planos, no entanto, estão condenados ao fracasso e a criar outras condições que somente o regresso de Cristo poderá resolver.
Em Isaías 2:19 o Senhor diz que Ele “abalará a terra”, Eu acredito que isso inclua todas as instituições sociais.
RESTAURAÇÃO DA NATUREZA
Em terceiro lugar, Cristo restaurará a natureza, levando-a a seu estado original.
Hoje em dia, a natureza está em tom menor, e vive da presa e da garra. Quem já tiver visto um fume de Walt Disney, mostrando o que ocorre em seu próprio quintal, sabe que quase toda a natureza está empenhada na sobrevivência do mais capaz. Tudo isso se modificará, e os profetas previram uma época na qual o lobo morará com o cordeiro e o deserto florirá como uma rosa, onde a doença e a morte serão inexistentes, quando o conhecimento de Deus “cobrirá a terra, como us águas cobrem o mar” e o pecado, com o seu cortejo de mares, será limitado e restrito. Isso constituiu o sonho profético de uma idade dourada, um sonho que se tornou a promessa do Reino de Deus na terra, saída dos lábios do próprio Cristo. Até a natureza deverá ser transformada, e os espinhos e cardos, retirados. O veneno será extraído das bocas das serpentes, e toda a natureza cantará e exaltará a glória de Deus.
JUSTIÇA INTERNACIONAL
Em quarto lugar, Cristo tornará internacional a justiça.
“Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (II Pedro 3:13). A natureza humana será total e completamente modificada, a justiça despontará dos corações humanos. O bem moral jamais advém da coação, e podemos proteger nossos semelhantes quando restringimos o criminoso, mas este não é melhorado com isso. O homem só melhora de dentro para fora.
Muitas vezes o Presidente Eisenhower se manifestou sobre a paz e a justiça, mas apenas sob a direção de Jesus Cristo teremos um período em que ambas vigorem permanentemente no mundo. A justiça e a retidão perfeitas não estão presentes em nosso mundo, e de vez em quando, por períodos breves, nas épocas de maior realização social, em especial sob o impacto dos ideais cristãos, nós nos aproximamos de uma era assim, mas somente para uma região limitada, por tempo limitado e de modo também limitado. A totalidade do mal e da depravação existente nos homens está colhendo sua safra normal numa ordem social tão complicada, confusa e corrupta que apenas a volta de Cristo a pode salvar.
A VONTADE DE DEUS FEITA NA TERRA
Em quinto lugar, Cristo reafirmará na terra a vontade de Deus.
Isso ocorrerá quando Sua oração for respondida: “Venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.” O céu é o céu porque a vontade de Deus é sua ordem, e a terra se tornará celestial quando a vontade de Deus for sua ordem também.
O Apóstolo João previu uma época na qual um novo céu e uma nova terra passarão a existir. A característica principal desse novo céu e terra será a justiça. A característica principal de nossa terra atual é o pecado, daí suas desordens, males, desastres, injustiças, doença e morte. Quando vigorar a nova ordem da justiça, vigorará também uma nova ordem de vida.
Quando Cristo veio pela primeira vez, encarou o mal como algo individual e hereditário. Quando voltar, Cristo julgará o mal em todas as suas manifestações. Transformará os homens e a natureza, e instituirá uma era de tamanha benevolência que o mar não poderá reinar, e não mais existirão a crueldade, opressão e escravidão. Tudo isso acontecerá em conseqüência do reinado pessoal de Cristo, em seguida a Seu retorno.
Marguerite Higgins, correspondente de guerra, recebeu o cobiçado Prêmio Pulitzer de reportagens internacionais, devido à cobertura que fez da luta na Coréia. Escreveu um relato sobre a Quinta Companhia de Fuzileiros, que de início contava com dezoito mil homens, em seu combate com cem mil comunistas chineses, dizendo:
“Fazia muito frio e o termômetro registrava muitos graus abaixo de zero naquela manhã, quando os jornalistas se reuniram aos soldados em descanso ao ar livre. Cansados, semicongelados, estes encostavam-se nos caminhões enlameados, comendo em latas. Um fuzileiro enorme comia feijão frio com a faca, e suas roupas estavam endurecidas como se fossem de madeira. O rosto, coberto de barba grossa, estava cheio de lama. Um correspondente lhe perguntou: ‘Se eu fosse Deus e lhe pudesse dar o que você quisesse, o que pediria?’ O homem se manteve imóvel por um instante, depois ergueu a cabeça e respondeu: ‘Queria que me desse o dia de amanhã’.”
Para o verdadeiro crente em Jesus Cristo, o futuro está assegurado. Esperamos a trombeta distante, anunciando a chegada de Cristo. O cristão tem o amanhã, o Reino de Deus sobre a terra.
Extraído do livro “MUNDO EM CHAMAS”, BILLY GRAHAM