PR. NATANAEL: O que significa essa expressão citada na revista DEFESA DA FÉ “o exclusivismo da CCB”?
O exclusivismo manifestado por parte de determinadas igrejas ou organizações religiosas revela a tendência de julgarem que elas são as únicas que estão dentro do padrão de uma religião cristã. E, assim sendo, apregoam que a salvação está condicionada a pertencerem ao seu meio, só entre os que se tornam associados ou membros dessas entidades religiosas.
Quer dizer então que a CCB tem essa característica? Podia nos dizer o que a revista DEFESA DA FÉ aponta que justifique essa condição?
Sim. Vamos citar um ensino dessa igreja esclarecendo que a CCB apresenta seus artigos de fé na última contracapa do seu hinário com o título Louvores e Súplicas a Deus número 4. Entretanto, há uma publicação chamada LISTAS DE DOUTRINAS SECRETAS, que é do conhecimento apenas dos anciãos líderes, e que são citadas nos cultos como sendo ‘revelações’ dadas por Deus. Ora, pregadas suas doutrinas secretas como sendo uma ‘revelação’ de Deus, a irmandade aceita sem questionamento. Vamos revelar um desses pontos de doutrina: “O Senhor nos guiou a somente considerar nossos irmãos aqueles que se batizam entre nós. Na obra de Deus não temos parentes nem amigos, todos somos iguais e quem não está na doutrina não é considerado como irmão, nem tem liberdade nos cultos.” Isso é característica de seita e podemos então declarar que a CCB é “seitária”. Estou usando uma palavra tal qual é usada pela irmandade, referindo-se a qualquer crente em Jesus fora da sua igreja. A palavra correta seria sectária.
Que outro ponto de doutrina que também aparece nessas LISTAS DE DOUTRINAS SECRETAS?
“Os líderes da CCB ensinam aos membros a não se prenderem a um jugo desigual com os infiéis, apoiando sua exortação em 2 Coríntio 6.14: Mas, quem são os classificados como ‘infiéis” e estão em “trevas”, segundo eles? Naturalmente são os crentes evangélicos. Unir-se a um crente de outra igreja é considerado, pela CCB, jugo desigual. Isso constitui blasfêmia chamar um cristão de “infiel” e que está “em trevas”. Sem dúvida, é resultado do sectarismo reinante na CCB.
O que dizer da visitação a outras igrejas evangélicas por parte de alguém da irmandade? Como são vistos os que eventualmente fazem tais visitas?
Nem pensar. As LISTAS DE DOUTRINAS SECRETAS consideram que tal pessoa é cúmplice de pecado de morte. E citam I João 5:16 – “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.” Isso porque o ensino dos anciãos, mediante suas listas secretas, declara que as manifestações espirituais em igrejas diferentes da CCB são operadas por espíritos mundanos ou demoníacos. O que está atrás dessa proibição é o receio de que se inverta a situação e que a ‘irmandade’ observe que, nas igrejas evangélicas, se ensina a Bíblia e o medo de que os membros da CCB sejam expostos a ensinamentos bíblicos jamais pregados em seus cultos. Ademais, atribuir a manifestações demoníacas os cultos realizados nas igrejas evangélicas é algo parecido com o que fizeram os líderes judaicos nos dias de Jesus, atribuindo a Belzebu, príncipe dos demônios, os feitos milagrosos de Jesus ao expulsar demônios de pessoas possessas.
E´ verdade que a CCB reivindica ter restaurado a igreja primitiva através de Louis Francescon, quando, em 1910, fundou a Congregação Cristã no Brasil?
Sim e dão o título de Restauracionismo a esse ensino que coloca Louis Francescon como o restaurador daquela igreja primitiva fundada por Jesus. É uma característica das seitas, da mesma forma que ocorreu com Joseph Smith Jr que conta sua história no livro “A Pérola de Grande Valor”, relatando que, sem saber a qual igreja a se filiar, foi orar num bosque, quando lhe apareceram duas pessoas identificadas como o Pai Celestial e seu Filho Jesus Cristo. Dirigiu-se a eles para saber a verdadeira igreja. Informado que não havia igreja verdadeira nos seus dias, fundou sua igreja hoje conhecida como Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Se Louis Francescon tivesse lido a Bíblia com mais freqüência e, mormente os anciãos que presidem por mais de 100 anos, já deveriam ter lido que a igreja fundada por Jesus nunca apostatou.
Afinal, Jesus fez uma declaração nesse sentido: Mateus 16.18 – “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;” E que essa promessa de Jesus se cumpriu é testemunhada pelo apóstolo Paulo ao escrever em Efésios 3:21 –“A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” Ora, o texto é muito claro: Deus deve ser glorificado na igreja em todas as gerações e para todo o sempre. Logo, a apostasia apontada pela CCB nunca existiu. Se nunca existiu não poderia ter ocorrido a ‘restauração’ da Igreja em 1910 quando a CCB foi fundada.
Quanta falta faz às pessoas que se esquecem das qualificações indicadas por Paulo para alguém que pretende ser ancião: I Timóteo 3:1 – “ESTA é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 2 – Convém, pois, que 3 – “Não seja dado ao vinho e seja apto para ensinar;” Como atender a qualificação de Paulo se os anciãos e ensinam que a letra mata, referindo a leitura da Bíblia? Certamente, as LISTAS DE DOUTRINAS SECRETAS continuarão exercendo mais autoridade para a irmandade do que a mesma Bíblia. Isso, sim, é apostasia.