Não guardo o sábado por não ser judeu, pois o sábado é um velho concerto dado somente aos judeus, somente aos filhos de Israel: a) “Considerai que o SENHOR vos deu o sábado; por isso ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia. “Assim descansou o povo no sétimo dia”(Ex 16.29-30); b) “Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão… “Lembra-te do Dia de Sábado, para o santificar.” (Ex 20.2,8). c) “Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibas que eu sou o SENHOR quer vos santifica.”(Ex 31.13-17);
Não guardo o sábado, pois, dos Dez Mandamentos, é o único incluído entre as festas cerimoniais, solenes, que cessaram ao ter o seu cumprimento em Cristo: “Disse o SENHOR a Moisés: “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do SENHOR, que proclamareis, serão santas convocações: são estas as minhas festas. Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do SENHOR em todas as vossas moradas.” (Lv 23.1-3);
Não guardo o sábado, pois, dos Dez Mandamentos, é o único que é memorial dos quatrocentos anos de servidão dos israelitas no Egito: “Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o SENHOR teu Deus. “…porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão poderosa, e braço estendido: pelo que o SENHOR teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado.” (Dt 5.12,15)
Não guardo o sábado por ter sido um sinal somente entre Deus e o povo de Israel: “Tirei-os da terra do Egito e os levei para o deserto. “Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o SENHOR que os santifica.” (Ez 20 10, 12)
Não guardo o sábado por ser um estatuto perpétuo somente para os judeus, logo quem não é judeu está isento de guardá-lo: “Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua por suas gerações. “Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre…” (Êx 31.16,17)
Não guardo o sábado por não estar em Jerusalém. No sábado não se deve carregar carga, nem introduzi-las pelas portas de Jerusalém, mas os gentios em suas terras estão isentos disso: “Assim diz o Senhor: Guardai-vos por amor da vossa alma, não carregueis carga no dia de sábado, nem as introduzirás pelas portas de Jerusalém” (Jr 17.21; Ne 13.16, 19, 20)
Não guardo o sábado por ele ser parte da Torá que foi dada somente a Israel e a nenhuma outra nação: “Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!” (Sl 147.19, 20)
Não guardo o sábado, pois se o guardasse seria condenado à morte se nele trabalhasse: “Trabalhareis seis dias, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso solene ao SENHOR; quem nele trabalhar, morrerá.” (Êx 31.15; 35.1-2);
Não guardo o sábado, pois, por causa do culto hipócrita, os sábados já foram abomináveis ao Senhor: “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as luas novas, os sábados e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene.” (Is 1.13) Comp. Êx 31.13;
Não guardo o sábado, pois ainda na Antiga Aliança já havia sido predito o seu fim: “Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades” – Os 2.11 Comp. Ez 20.10-13;
Não guardo o sábado, pois Deus anteriormente o havia entregue ao esquecimento: “E arrancou a sua cabana com violência, como se fosse a de uma horta; destruiu o seu lugar de assembleia; o Senhor entregou ao esquecimento em Sião a assembleia solene e o sábado; e na indignação da sua ira rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote.” (Lm 2.6)
Não guardo o sábado, pois era uma sombra de Cristo e se cumpriu nEle: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, “porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haveriam de vir; porém o corpo é de Cristo”. Cl 2.16,17 Conf. Lv 23.2-4; Também Hb 10.1);
Não guardo o sábado, pois o Senhor Jesus disse que Ele e seu Pai trabalham nesse dia, logo devemos seguir o exemplo de Cristo se precisarmos trabalhar em qualquer dia sem corrermos o risco de sermos condenados: “E os judeus perseguiam a Jesus, porque fazia estas cousas no dia de sábado. “Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” (Jo 5.16,17);
Não guardo o sábado, pois o próprio Senhor Jesus o violou: “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” (Jo 5.18). João nos declara duas coisas pelas quais Jesus era perseguido: 1ª: se dizia filho de Deus, 2ª: violava o sábado.
Não guardo o sábado, pois Jesus é o Senhor até do sábado e não lhe está sujeito (e nem nós seus seguidores): “Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dia de sábado, as searas, e os discípulos, ao passarem, colhiam espigas. Advertiram-no os fariseus: Vê! Por que fazem o que não é lícito aos sábados? Mas ele lhes respondeu: Nunca lestes o que fez Davi, quando se viu em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros? Como entrou na Casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, os quais não é lícito comer, senão aos sacerdotes, e deu também aos que estavam com ele? E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é Senhor também do sábado.” (Mar.2:23-28). Conf.: Num. 28:9,10 / Ex.34:21;
Não guardo o sábado, pois quem o guarda, deve guardar TODA A LEI (TORÁ). Quando se diz: TODA, inclui a moral e cerimonial, e não somente os Dez Mandamentos: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça num só ponto, torna-se culpado de todos.” (Tg 2.10).
Não guardo o sábado, pois faz parte de uma lei caduca que está prestes a desaparecer: “E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá,não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.” (Hb 8.8-13)
Não guardo o sábado, pois faz parte do Antigo Testamento que foi abolido por Cristo: “Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido” (2Co 3.14 – Almeida Rev. e Corr.)
Não guardo o sábado, pois faz parte do ministério de morte que foi escrito em tábuas de pedra: “Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.” (2Co 3:3 ). “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, Como não será de maior glória o ministério do Espírito?” (2Co 3:7,8). Não guardo o sábado, pois ele era o 4º mandamento escrito na tábua de pedra. Na lei da Nova Aliança, que não está escrita em tábuas de pedra, mas nas tábuas da mente e do coração (Heb.8:8-10), não há um mandamento expresso, no sobre a guarda de um dia, pois todos os dias são iguais perante Deus (Rom.14:1-6): “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. “Quem distingue entre dia e dia, para o Senhor o faz…” (verso 5, 6a);
Não guardo o sábado, pois Jesus é o nosso Sábado (descanso), pelo qual o sábado da lei era somente uma sombra: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mt 11.28) Conf Co 2.16,17.
Não guardo o sábado, pois o apóstolo dos gentios se mostrou decepcionado e repreende quem guarda os dias, meses, tempos e anos da Antiga Aliança: “Mas agora conhecendo a Deus, ou antes sendo conhecidos por Deus, como estais voltando outra vez aos rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis ainda escravizar-vos? “Guardais dias, e meses, e tempos e anos. “Receio de vós que tenha eu trabalhado em vão para convosco.” (Gl 4.9-11);
Não guardo o sábado, pois Deus disse que ninguém mais entraria no seu descanso: “Porque em certo lugar assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. “E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso.” (Hb 4.4,5);
Não guardo o sábado, pois outro dia do Descanso, não legalista, já havia sido predito por Josué: “Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria posteriormente a respeito de um outro dia.” (Heb. 4:8)
Não guardo o sábado no sétimo dia, pois temos um outro Sábado superior, chamado em grego de ‘PRIMEIRO DOS SÁBADOS” (μιᾷ τῶν σαββάτων (MIA TÔN SABBATÔN) que é o dia em que nosso Senhor nos deu descanso ao ressuscitar.
“No findar dos sábados, ao amanhecer para o primeiro dos sábados (μιᾷ τῶν σαββάτων), Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.” (Mt 28.1 – tradução literal do grego. Também: Mc 16:2, Lc 24:1, At 20:7 e 1Co 16.2). “Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios.” (Mc 16.9)
Não guardo o sábado, pois o Senhor Jesus, após ressuscitar, nas primeiras semanas apareceu aos seus discípulos somente no primeiro dia da semana: a) Falou com Maria Madalena que depois foi a primeira a anunciar as Boas Novas (Jo 20.11-18); b) Apareceu a dois discípulos no caminho de Emaús (Mc 16.12,13; Lc 24.13,ss); c) Apareceu aos seus dez discípulos (Jo 20.19); d) Uma semana depois, aos onze (Jo 20.26);
Não guardo o sábado, pois a vinda do Espírito Santo, que se deu no dia de Pentecostes, foi no Domingo anunciando a nova era da Igreja (Atos 2:1-4, compare com Lev. 23:15,16), onde aconteceu o primeiro sermão evangelístico (cap. 2:14) com quase 3.000 conversos (verso 41) e o primeiro Batismo Cristão (versos 38 a 41);
Não guardo o sábado, pois o primeiro, pois o culto cristão com a Ceia do Senhor era celebrado na igreja primitiva no Domingo (Atos 20:7); confira na Epístola de Barnabé 15.8, 9 e Didaquê 14:1, escritos cristãos primitivos.
Não guardo o sábado, pois era costume apostólico se fazer a coleta cristã somente no Domingo (1Co 16.2) poucas horas antes do culto dominical;
Não guardo o sábado, pois o primeiro dia da semana foi chamado por João, o teólogo, de “Dia do Senhor” que em grego é Κυριακη‘ημερα (KYRIAKÊ HÊMERA = lat.: DOMINICUS DIE, port.: DIA DE DOMINGO) em Apocalipse 1.10. KYRIAKÊ foi o nome registrado pelos primitivos escritores eclesiásticos para o Domingo e continua sendo o nome do primeiro dia da semana na Grécia, desde o segundo século até o dia de hoje.
Enviado por Hélio de Menezes Silva