- Em Jo 20.28, Tomé se refere a Jesus (em grego) como ho kurios moi kai ho theos moi. Essa tradução é, literalmente, “o Senhor meu e o Deus meu”. Por que Jesus, em Jo 20.29, afirma Tomé ter chegado a essa compreensão (por que me viste, creste?)? Se Jesus, de fato, não fosse o Senhor e Deus de Tomé, porque ele não o corrigiu, por ter feito uma suposição falsa ou uma afirmação blasfema?
- Jeová diz, em Is 44.24: “Eu sou o Senhor que faço sozinho todas as coisas, que sozinho estendi os céus e sozinho espraiei a terra.” Como você concilia esse texto com o ensino de que Jeová criou primeiro a Cristo e, depois, Cristo criou todas as demais coisas?
- Se, como os Atalaias ensinam, o título do Senhor Jesus como o “primogênito” em Colossenses 1 refere-se ao “primeiro ser criado”, e não a um termo de preeminência, como você explica Jr 31.9, no qual Deus declara que Efraim é seu primogênito? É claro, nas Escrituras, que Manassés, e não Efraim, foi o primogênito no tempo. Não seria Jesus, portanto, como Criador, supremo sobre a criação, e não apenas o primeiro ser criado por Jeová?
- Se somente Deus pode salvar e se não há outro Salvador além do Senhor (Is 43.11), não estariam as referências neotestamentárias que falam de Jesus como Salvador apontando sua divindade? Se não, então como você pode conciliar a declaração de Jesus como Salvador com Is 43.11 e Oséias 13.4?
- Se Jesus se colocou em igualdade com o Pai como o próprio objeto da fé do homem (como ele fez em Jo 14.1), não teria sido isso uma blasfêmia, a menos que Jesus, de fato, fosse verdadeiramente Deus e Salvador? Similarmente, como pode ser a vontade do Pai “que todos honrem o Filho, como honram o Pai” (Jo 5.23), se Deus afirma em Isaías 48.11 que “Ele não dará sua glória a ninguém”? De igual forma, como você interpreta as palavras de Jesus em Jo 17.5, à luz de tudo o que foi acima considerado?
- Como você concilia o discurso de Jeová em Dt 32.39, “e mais nenhum Deus há além de mim” e o discurso em Is 45.5, “Eu sou o Senhor, e não há outro”, com o ensino dos Atalaias de que Jeová é Deus e Jesus é um Deus além dele (veja Jo 1.1 na Bíblia Tradução do Novo Mundo).
- Em Lc 20.38 nós lemos que “Deus não é Deus dos mortos e sim de vivos”. A palavragrega theos (Deus) é usada sem o artigo definido ho (o). Já que a divindade de Jeová não é diminuída pela construção grega em Lc 20.38, por que seria diminuída em Jo 1.1, se a mesma construção grega é utilizada?
- Se Jesus é apenas “um deus”, como ensina a versão Tradução do Novo Mundo, ele é um Deus bom ou mau?
- Considerando que todos os “Eu sou” de Jesus no evangelho segundo João (Eu sou o pão da vida, eu sou o bom pastor, etc.) estão claramente relacionados uns com os outros, por que a TNM traduz corretamente ego eimi como “Eu sou” em todo o evangelho segundo João, a não ser na passagem de Jo 8.58, na qual ego eimi é traduzido como “eu tenho sido”? Por que os judeus quiseram apedrejar Jesus em Jo 8, se tudo o que ele disse foi “Antes de Abraão, eu tenho sido”, e não usou o nome divino “Eu Sou”, de Ex 3.14?
- Considerando que Jeová é chamado de “Deus Forte” em Is 10.21, assim como Jesus é chamado de “Deus Forte” em Is 9.6, isso não significa que os Atalaias estão errados quando alegam que “Deus forte” é uma referência a uma divindade menor (Jr 32.18)?
- Considerando que Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8), como podem os Testemunhas de Jeová afirmar que ele foi um anjo, se tornou um homem, e voltou a ser um anjo novamente?
- Considerando que Miguel, o arcanjo, não pôde reprovar Satanás por sua própria autoridade (Jd 9), mas Jesus pôde e fez (Mt 4.10), isso não prova que Jesus e o arcanjo Miguel não podem ser a mesma pessoa?
- Jesus disse em Lc 24.39 que ele não era um espírito e provou isso ao mostrar que tinha um corpo de carne e osso. Como isso se relaciona com o ensino dos Atalaias de que Jesus ressuscitou como uma criatura espiritual, sem corpo físico?
- Considerando que Jesus disse que reconstruiria o santuário (Jo 2.19) e, por “santuário”, ele se referia ao seu corpo, como Jo 2.21 nos mostra (“Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo”), não estaria Jesus ensinando a ressurreição do seu corpo, nessa passagem?
- Como Jeová pode ser o Senhor dos senhores (Sl 136.3, Dt 10.17) e dividir esse título com Jesus em Apocalipse 17.14?
- Como Jeová pode ser o primeiro e o último (Is 44.6), se Jesus recebeu esse título em Apocalipse 1.17?
- Como Jeová pode ser o único diante de quem todo joelho se dobrará (Is 45.22-23) e Jesus receber a mesma honra (Fl 2.10-11)?
- Se em Isaías 40.3 o caminho está sendo preparado para o Senhor, por que Marcos aplica essa passagem a Jesus? João Batista não estava preparando o caminho para Jesus? Como podemos então escapar da tese de que Jesus é o Senhor?
- Em Apocalipse 22.12-13, o único que está voltando é Jesus, identificado como o Alfa e o Ômega. Como, então, escapar da conclusão que Apocalipse 1.8 também se refere a Jesus (Alfa e Ômega) e o chama de “Todo-Poderoso”?
- Se em 1Co 8.6 existe um só Senhor, chamado Jesus Cristo, isso significa que o Pai não é Senhor? Como, então, os Atalaias podem dizer que o título de Jeová como único Deus exclui a possibilidade da divindade de Cristo?
- Se o nome de Jeová é o único nome para a salvação (Is 43.11), por que Atos 4.12 diz sobre Jesus: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”? Não é verdade que Jesus é a salvação de Jeová, “Deus conosco” (Mt 1.23) como nosso Salvador?
- Na tradução Novo Mundo, a palavra grega proskuneo usada em referência a Deus é sempre traduzida por adoração (Ex: Ap 5.14; 7.11; 11.16; 19.4; Jo 4.20, etc.). Todavia, toda vez que proskuneo é usada em referência a Jesus, é traduzida por obediência (Mt 14.33; 28.9,17; Lc 24.52, Hb 1.6; etc.), mesmo sendo a mesma expressão grega. Qual a razão para essa inconsistência?
- Colossenses 1.16, discorrendo sobre Jesus, ensina: “Tudo foi criado por meio dele e para ele”. Os Atalaias sustentam que Jesus foi o arcanjo Miguel, na criação. Pode um anjo criar todas as coisas para si mesmo? Como explicar isso, já que o Deus Todo-Poderoso criou todas as coisas para seu próprio prazer, conforme Apocalipse 4.11?
- Se os salvos que já estão mortos não têm consciência, como Apocalipse 14.13 os descreve como “abençoados” e como seres que estão “desfrutando o descanso”? Similarmente, como os ímpios mortos podem “não descansar de dia nem de noite… para sempre”, se eles foram aniquilados e não existem mais?
- Se o Espírito Santo é uma força impessoal, como Ananias pode ter mentido para Ele e como Ele pode ter sido chamado de Deus, em At 5.3,4? Como uma força impessoal pode ser blasfemada (Mt 12.31)? Como uma força impessoal pode ser entristecida (Ef 4.30)? Como uma força impessoal pode ter vontade (1Co 12.11)? Como uma força impessoal pode ter “mente”, já que ele sonda (a mesma palavra usada em Jo 5.39) as profundezas de Deus e conhece a mente de Deus? Como uma força impessoal pode ensinar (Jo 14.26), ordenar (At 8.29; 13.2) e orar (Rm 8.26)?
- A Bíblia usa coisas impessoais para descrever o Espírito, tais como água e fogo. Os Atalaias argumentam, por isso, que Ele não é uma pessoa. Devemos dizer, então, que Deus, chamado de “Fogo Consumidor”, é uma força impessoal?
- Considerando que Efésios 2.8-9 ensina que a salvação é pela graça, mediante a fé, e que a fé não é fruto de obras, mas é um dom de Deus (Tt 3.5; Rm 3.20; Gl 2.16), porque os Atalaias ensinam salvação pelas obras?
- Paulo afirma: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo. (Gl 6.14)” Em que você se gloria? Será que você pode verdadeiramente fazer a confissão de Paulo e sustentar a doutrina da salvação das Testemunhas de Jeová?
Por Martyn McGeown
Extraído do http://mcapologetico.blogspot.com em 03/09/2018